24 - Fumikage soa tão bem.

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(AN: Me desculpem pela demora. Peguei terçol e foi foda pra escrever).

O clima se encontrava desconfortável. Sua mãe estava em silêncio absoluto, apenas olhando para as antigas fotos de seu ex marido. Você se sentia culpada.

Culpada de a fazer voltar aqui. Reviver essas memórias. Claro, você sabe que pelo estado da caixa – já aberta — que possivelmente ainda vinha para o sótão, mas a culpa ainda lhe preenchia e te fazia sentir como se fosse vomitar toda sua vergonha.

Sua mãe delicadamente passava a ponta dos dedos nas fotografias, acareciando-a como se fosse de vidro e com o menor dos toques, se romperia. Você assistia a cena, embriagada em culpa, silenciosamente engolindo qualquer coisa que gostaria de perguntar.

Segundos pareciam minutos, minutos pareciam horas. Vocês ficaram assim por um tempo, e por todo esse tempo você sentia seu coração apertar-se com a visão de sua mãe tão atraída pelo homem das fotos. Se você apenas pudesse ajudar.

– Ele era tão gentil. – sua mãe começa. Seu toque gentil nunca deixando as fotos. – Sabe, achei que estava em um sonho. Um conto de fadas. – ela sorria, seus olhos preenchidos com lágrimas. Você não conseguia fazer nada, paralisada em seu lugar. — Ah, [Y]... Se você pudesse ter o conhecido. Eu tenho certeza de que vocês teriam uma ótima relação.

"Fui eu que comecei com toda essa loucura de ver quem era meu pai – e agora que sei quem é e onde está, eu não vou deixar essa informação guardada em uma caixa no sótão".

– Eu o vi... – você esforçou-se para dizer, sua voz fraca e trêmula. Os olhos de sua mãe arregalam-se, seu pequeno corpo virando rapidamente em sua direção, as lágrimas caindo no antigo retrato. – Em Hosu, mãe. Ele estava usando um traje de herói, lutando contra aquelas criaturas que a senhora deve ter visto na televisão.

– O que... Você tem certeza? Era realmente ele? – a matriarca levanta do chão, indo em sua direção. Você respira fundo.

— Certeza absoluta. Eu... Eu não sei o que você vai fazer com essa informação. Não sei o que fazer com essa informação também. Eu só não quero que você fique brava comigo. Eu sei que deveria ter conversado com você como uma pessoa normal, ao invés de ter vindo aqui enquanto você dormia.

— Ah, [YYY]... Eu não estou brava com você. Você tem todo o direito de saber quem é seu pai. Eu não deveria ter mantido essa informação guardada por tanto tempo, suas ações foram somente uma consequência das minhas. — estendendo seus braços, sua mãe sorriu. Quando foi envolvida em um quente abraço, você pôde sentir que tudo que sua mãe falava era realmente verdade. E você nunca se sentiu tão aliviada.

(...)

Encarando seu prato de comida completamente entediada, seus amigos ao seu redor pareciam preocupados com você. Pensando nas coisas que haviam acontecido de madrugada, você nem percebia seus arredores, envolta em seus pensamentos.

– [XXX]? Uh... [XXX]? – você ouve uma voz te chamando. Olhando para cima, você vê Yaoyorozu, com um sorriso fraco. – Perdão. É que você parece um pouco... Preocupada.

– Ah, me desculpe Yaoyorozu, eu não percebi que estava te preocupando. Eu só estava pensando em algumas coisas, porém está tudo bem! – sorrindo, você sinceramente disse a mais alta.

– Sei como se sente. São os testes, não é? Estão preocupando Dark Shadow. – Tokoyami entra na conversa, esforçada mente tentando beber água. Você até riria da cena, porém o que ele disse finalmente foi entendido por seus neurônios.

– ....Teste?... TOKOYAMI COMO ASSIM TESTE??????????? – você levemente bate suas mãos na mesa, chamando a atenção de todos que estavam sentados.

𝑰𝑵𝑺𝑶𝑵𝑰𝑪𝑶 | Shinso HitoshiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora