42 - Precisamos conversar.

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(nota: gente sabe aquela carninha esponjosa que fica no canto dos dedos da mão?
NÃO cortem
é muito doloroso escrever meu deus)

No dia seguinte, Aizawa explicava para a classe como funcionariam os trabalhos de herói-estudante, deixando claro que os professores concordaram em não participar desta vez: você murcha em sua cadeira, resmungando baixinho que não teria mais Midnight como uma opção.

"Eu não acho que iria escolhê-la de qualquer forma, mas mesmo assim... Era como se fosse um triunfo."

Você olhou para Hitoshi, esperando que o colega tivesse uma reação similiar, mas ele não parecia incomodado. Estava indiferente como sempre, passando a borracha da ponta de seu lápis na carteira já limpa. As madeixas lavanda sobrevoando levemente sua testa.

— O motivo pelo qual muitos de vocês não conseguirão serem contratados pelos antigos escolhidos de vocês é simples: apenas heróis conhecidos por feitos grandes podem aceitar alunos. — mais alguns alunos murcharam em suas cadeiras, e você começou a desenhar na própria mão com uma caneta. — Porém, existem vários como esses, então não acho que tão problemas em encontrarem algum herói com quem se encaixem.

"É fácil falar. Porém todos os heróis que eu pesquisei são mais vigilantes do que qualquer coisa..." você suspira.

Talvez o All Might tenha alguma recomendação. Ele conhece vários heróis, certamente algum se encaixaria com o seu estilo de luta e individualidade. O dia passou mais rápido do que o esperado, e você seguiu para os dormitórios, já querendo procrastinar a repescagem de heróis bons que iria fazer no computador.

Seus colegas reclamavam atrás de você sobre como não conseguiram mesmo contato com os antigos heróis que estagiaram junto. Você nem resolveu tentar contatar Midnight, sabendo bem da resposta que levara.

Subindo as escadas dos dormitórios, você fecha a porta de seu quarto quando passa por ela, soltando um suspiro preso. Tirando o uniforme e colocando roupas mais confortáveis, tenta ignorar o sentimento de preguiça que estava sentindo e senta-se na frente do computador, querendo já começar as buscas.

"Aaaah, mas eu acabei de chegar..., não [YYY], você precisa procurar pelos heróis, ninguém vai fazer isso por você- mas eu acabei de chegar..." era um debate interno que seria infinito, se a sua preguiça não te vencesse.

"Vou só checar esse e-mail novo. Sim, e-mails..., eu com certeza ligo muito para eles e não estou somente fazendo isso para passar o tempo." você mentiu para si.

Você franziu o cenho ao ver o nome do e-mail: precisamos conversar. Huh. Esses spams que as empresas te mandam estão ficando cada vez mais irresistíveis de serem abertos. Se bem que..., esse registro de e-mail parece pessoal. Sentindo a barriga doer de antecipação e medo, você abriu a mensagem:

Precisamos conversar.

Remetente: precisamosconversar[yyy]@gmail.com

Em toda a sinceridade, eu não sei como começar este e-mail. Sabe, me imaginei fazendo isso tantas vezes, de tantas formas e momentos diferentes da sua vida, mas sendo sincero eu nunca achei que fosse ter a coragem de apertar o botão de enviar.

Eu nem sei se você vai abrir isso. Não sei se lê seus e-mails; não sei nada sobre você.

Eu fiquei sabendo por amigos que os alunos da sua escola estão precisando de heróis para estágios, então foi aí que vi minha oportunidade de finalmente te mandar essa mensagem. No entanto, tenho plena noção de que você deve estar lendo isso e achando que sou algum vilão orquestrando algum sequestro, então, não estou com muita confiança de que virá me ver.

𝑰𝑵𝑺𝑶𝑵𝑰𝑪𝑶 | Shinso HitoshiWhere stories live. Discover now