Bilhete da sorte... ou melhor, do azar

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Hey, hey... Antes que perguntem, isso não é um retorno, infelizmente ainda tenho alguns problemas pessoais que precisam ser resolvidos, por esse motivo dei uma pausa nas fanfics.

Mas hoje é um dia especial, é o aniversário da Nayeon e como não posso agradecer diretamente à ela, decidi surpreender os meus leitores com uma att pouco elaborada.

Enfim, não desisti da fic e espero não chegar a esse ponto, pois eu gosto muito de ver a empolgação de vocês com cada capítulo e quero trazer mais adaptações e quem sabe, um dia, eu traga uma fic autoral minha, né? Bom, espero que gostem da surpresa.

Que nossa querida Nayeon tenha um dia incrivelmente maravilhoso, ela merece todas as coisas boas do mundo e dêem views na playlist que criaram com as músicas que ela compôs/fez cover. Até a próxima 🤙💕

Playlist 👇 https://www.youtube.com/playlist?list=PLdmvmTkjQsPa5vKInFqNGZtgqQPSifnMA

Boa leitura!

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Era uma maldita manhã de segunda-feira e Sana e Dubu não paravam de debater sobre o fato de não terem se encontrado no final de semana, enquanto isso, tudo em que eu conseguia pensar era no pequeno filhote com carinha de dó que eu havia deixado chorando ao sair de casa. Nem "Drop the Game" do Flume com participação do Chet Faker, que tocava em volume alto nos meus fones de ouvido, era capaz de abafar as vozes das duas meninas, o que já estava me fazendo perder a paciência.

- Será que vocês podem ir pra um motel logo e gozar até amanhã pra ver se calam a porcaria da boca?! - Explodi, de repente, removendo um lado dos fones. - Eu, hein, já começam a semana discutindo... - Reclamei baixinho, enquanto as meninas me encaravam, estáticas.

Dubu piscou duas vezes.

- Eu não tenho idade pra ir no motel. - Respondeu com aquele jeito bobo de sempre. - E sou virgem. - Completou, fazendo com que eu rolasse os olhos.

- Só parem de brigar, pelo amor de Deus! - Pedi. - Vocês estão atrapalhando minha música. - Apontei na direção do fone.

- Você por acaso faz a linha introspectiva agora? - Sana ironizou. - Não pausa mais a música pra dar ideia nas meninas do ônibus? - Fez referência ao modo como nos conhecemos. - Tem algumas bonitinhas ali na frente. - Apontou.

- Valeu, mas não tenho interesse. - Sorri forçadamente. - E vocês estão mesmo precisando se pegar um pouco, eu dou cobertura se quiserem. - Pisquei sugestivamente, voltando a colocar o fone de ouvido.

Voltei a música do começo, agora, finalmente, podendo escutá-la em paz. Foi no no ritmo daquele som que me levantei do assento, assim que o ônibus parou, e entrei na escola calmamente, sentido que era dona do meu próprio mundo. Aquele dia era, para mim, um recomeço, algo havia mudado, mas eu não sabia ao certo o quê. Eu já não via as coisas como antes, não tinha a mesma visão do início do ano, não olhava para as outras meninas com cobiça, não estava interessada em fazer nenhum tipo de joguinho sem graça, não sentia que precisava sair por cima, nem provar nada a ninguém, saber quantas pessoas ali eu peguei ou quantas conseguiria conquistar já não tinha a menor importância. Eu também não tinha o mesmo olhar de algumas semanas atrás, Mina não me causava ansiedade, não era o motivo de eu querer estar ali. A vida me parecia bem mais realista, não mais um palco onde eu era a protagonista.

Entrei na sala e encontrei Mina, minha ex melhor amiga e ex paixão enlouquecedora, sentada na segunda carteira encostada na parede, o mesmo lugar onde costumava sentar antes da nossa briga. Eu ainda não havia parado para pensar em como seria a nossa relação na escola depois de tudo o que aconteceu, mas, analisando os fatos, era de se estranhar que ela não escolhesse uma nova carteira.

Girl Meet Girl • TwiceWhere stories live. Discover now