Foda-se

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Boa leitura! 💕

Cheguei em casa precisando desabafar, mas não encontrei minha melhor amiga. Eu tinha andado todo o caminho da casa de Dahyun até a minha tentando organizar meus pensamentos, mesmo assim não obtive nenhum resultado. Onde está a porra da Mina quando preciso?

Me joguei na cama e apertei os olhos. Sana, de repente, parecia não ser suspeita em quesito nenhum, por que fui falar com ela daquele jeito? Merda!

Pensei em ligar para Mina, mas lembrei que seus pais haviam quebrado seu celular, parece que tudo estava indo de mal a pior. Pelo menos não fui assaltada no caminho de casa, aquele bairro é um breu e a distância entre as duas casas parecia MUITO menor de dentro do ônibus.

Eu não fazia mais a menor ideia de quem poderia ter soltado aquele vídeo da festa, real oficial. Alguém, por favor, me dá uma luz?! Quem pode ter sido? Será que ao menos eu posso ter esperanças no esquema de Dahyun? Por que parece que ela é a única tentando ajudar?

Peguei no sono por um tempo que não sei determinar, já era madrugada quando Mina entrou pela porta fazendo mais barulho que uma manada de elefantes.

- Quem colocou essa merda aqui? - Falou pegando alguma coisa que derrubou ao esbarrar na escrivaninha. Ela estava bêbada, novidade.

- Em que porra de lugar você se meteu, cara? - Mina ergueu a cabeça notando minha presença, ela ainda não havia acendido a luz.

- Chae, tá acordada! - Ela parecia animada de verdade pela primeira vez depois do que aconteceu.

- É claro, você quase quebrou meu quarto inteiro. - Reclamei irritada por não ter dormido até me formar.

- Ai, exagerada... - Mina correu para o meu lado, após acender o abajur da escrivaninha. Será que era isso que tinha caído? - Eu estava numa festa. Nem lembro quantas meninas eu peguei. - Riu. Ela cheirava a maconha e álcool, mas não estava tão bêbada quanto imaginei. - Você deveria ter ido comigo... - Ela continuaria falando sem parar se não me conhecesse tão bem. - Por que tá triste? - Balancei a cabeça sentindo o nó em minha garganta crescer. - Te trataram mal? - Questionou colocando sua mão sobre a minha, me fazendo lembrar o toque delicado de Sana em minha perna.

- Queria que estivesse aqui quando cheguei. - Foi a única coisa que consegui falar. Mina inclinou a cabeça para o lado parecendo preocupada. Senti o calor de uma lagrima percorrer o caminho dos meus olhos até o canto da boca, apertei os lábios, mas não foi o bastante para me impedir de cair no choro. - Isso tá sendo uma tortura!

- Eu sei, você nem imagina pra mim... - Senti a animação da garota se dissipar.

Fazia muito tempo que eu não chorava, eu detesto quando isso acontece. Contei à minha melhor amiga tudo que estava acontecendo, até então ela não sabia do meu empenho em tentar encontrar o culpado pela postagem do vídeo. Passei um bom tempo falando enquanto soluçava, repeti várias partes da história e Mina ouviu calmamente. Por isso a amo tanto.

- Chae, eu agradeço pelo que tá fazendo, mas, sinceramente, não é pra se torturar por isso. - Nesse momento eu já estava deitada em seu colo, enquanto a garota passava as mãos carinhosamente em meu cabelo. - Eu já te falei, e é sério, seria bom se encontrássemos quem fez isso, mas não mudaria o que meus pais viram. Você não me deu atenção a semana toda, eu só precisava de você do meu lado. - Senti uma pontada no peito, ela estava certa. Estive tão obcecada pela "investigação" que nem dei importância para o que ela sentia. - Eu não sei se foi a Sana ou sei lá quem, mas sei que a verdade uma hora aparece. É só deixar rolar, entende? - Concordei com a cabeça. - Deixa ser, Chae...

Senti minha vontade de chorar cessar, a mão macia de Mina em meus cabelos me fazia querer ficar ali para sempre. Encarei seus olhos com profundidade e sorri sem mostrar os dentes, eu sabia que ela entenderia meu agradecimento silencioso, ela sempre entendia. A garota sorriu de volta, um sorriso meio que brincalhão.

- Quer saber, foda-se! - Ela tirou a mão de meus cabelos, voltando a se animar. Parecia ter descoberto o mundo. - Foda-se meus pais. Foda-se esse vídeo. A Sana e a Dahyun que se fodam também. - Ela se desprendeu de mim dando uma cutucada em minha barriga que fez cócegas. - Foda-se a escola toda e tudo isso!

- Então foda-se você também. - Ri, me divertindo com o jeito dela. Adoro quando ela diz essas coisas. Passei a me sentar na cama, quando Mina pegou o travesseiro. Aquilo viraria uma guerra, claramente.

- Foda-se você, Son Chaeyooung! - Sua frase foi seguida de um golpe certeiro do travesseiro em meu ombro. É claro que aquilo não ficaria assim, revidei com o travesseiro que estava ao meu lado. - Não é justo, pegou o mais pesado.

- Foda-se. - Ri aplicando o meu segundo golpe no rosto de Mina.

Foram mais umas boas travesseiradas até que minha amiga roubasse a minha "arma" e me desse um "golpe fatal". Joguei-me na cama, um tanto ofegante pela brincadeira. Continuo sedentária, mesmo depois da caminhada até em casa. Mina se jogou sobre mim, também sedentária.

- Você é rídicula! - Falei rindo e fazendo com que a menina levantasse a cabeça, que estava em cima do meu peito.

- VOCÊ é ridícula. - E seu rosto também estava ridiculamente próximo ao meu, podia sentir seu coração acelerado em contato com meu corpo e sua respiração ofegante me fazia ter vontade de acabar com o fôlego que restava ali. Seus olhos desceram para a minha boca.

- Eu duvido você me beijar agora. - Soltei.

- Tá louca?! - Segurei Mina com força pela cintura para que ela não escapasse, precisei de menos esforço do que esperava. Seu olhar voltou para a minha boca ao sentir que eu a puxava.

- Não sei você, mas eu tô. - Levantei um pouco o pescoço e o restante do caminho foi percorrido pela própria Mina, tudo bem que dei uma leve incentivada ao segurar em seu cabelo...

A boca da garota estava com um gosto amargo dessa vez, mas não menos gostosa. Eu a apertava contra meu corpo cada vez mais forte e ela correspondia aumentando a intensidade do beijo. Percorri suas costas com as unhas, fazendo com que ela soltasse um gemido abafado contra minha boca. Assim eu não me controlo. Virei-a com apenas um empurrão, mudando a posição para ficar por cima da garota, então pude explorar seu pescoço com minha boca calmamente. Mina erguia cada vez mais o queixo, me dando mais espaço para trabalhar. Senti seu corpo amolecendo aos poucos e ficando totalmente entregue.

Voltei aos lábios da garota e mordi com cuidado, puxando até que ele mesmo se soltasse.

- Até que eu tava com saudade da sua boca. - Cochichou evidenciando o tesão em sua voz. - Agora é minha vez de brincar. - O sorriso malicioso da menina foi seguido de mais um empurrão. Ela queria ficar por cima.

As mãos de Mina correram por debaixo de minha blusa, parando em meus seios, onde ela se apoiou com delicadeza para começar a rebolar, segurei seu quadril com as duas mãos incentivando seus movimentos. Puta tesão do caralho! Ela se solta ainda mais do que quando dança nas festas. Minhas mão deslizaram para as pernas da garota, onde apertei com força. Ela sabia perfeitamente o que estava fazendo. Uma de suas mãos foi parar no meu pescoço, a outra ela passou pelo seu próprio cabelo bem devagar e fazendo sua melhor cara de safada.

Levantei-me sem pensar duas vezes e arranquei a blusa que a garota usava, me permitindo beijar seu peito. Fui descendo para o vale entre seus seios, enquanto passava minha mão na parte de trás de seu sutiã, enrolando um pouco para soltá-lo, a menina arqueava as costas, seu corpo implorando para que eu continuasse.

Mina agarrou meu cabelo com certa brutalidade quando finalmente se viu livre do sutiã. Ela mesma me direcionou até seus seios, os quais tratei com um pouco mais de delicadeza, dando apenas algumas mordiscadinhas às vezes. Eles estavam bem rígidos, o que fazia meu nível de excitação sair do controle, nada é melhor do que peitos.

Deslizei devagar os beijos pela barriga da garota enquanto ela tentava controlar seus gemidos, parei naquele ossinho sexy e saltado em seu quadril, procurando permissão para retirar o restante de sua roupa.

- Filha da puta! Me fode logo.

E quem sou eu para recusar um pedido desses?

Girl Meet Girl • TwiceWhere stories live. Discover now