pequenos GRANDES detalhes

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Eu poderia passar horas descrevendo o final de semana incrível que tive com Mina, mas acho que quem não está tão apaixonado quanto eu, acabaria vomitando. Sinceramente não sei como demorei tanto tempo para enxergar que ela é a garota perfeita para mim! Eu estava tão feliz, tão maravilhada, que nem parecia a conhecer a tantos anos.

Eu sentia algo similar a uma falta de ar, mas ao mesmo tempo é como se eu estivesse respirando pela primeira vez... Sei que isso deve parecer não fazer sentido algum, mas não consigo encontrar nenhuma outra descrição para os meus sentimentos. Agora é como se todas aquelas músicas românticas que eu nunca entendi, finalmente fizessem sentido!

Eu estava ansiosa para um caralho para voltar a encontrar Mina naquela segunda feira, mesmo tendo ficado com ela até as 22h do domingo. Eu sentia aquele arrepio na barriga, meu estômago se revirava e minhas mãos suavam frio. Minha perna balançava involuntariamente, fazendo Sana soltar alguns risinhos ao longo do caminho que o ônibus fazia... Até que o ponto de Dubu chegou.

A menina, como sempre, passou pela roleta sem a menor pressa, mas, nesse dia, não andou até o fundo do ônibus, nem sequer olhou em nossa direção. Ela simplesmente se sentou no primeiro banco, perto da janela, e colocou a mochila no assento ao lado para que ninguém mais sentasse. Olhei para Sana sem saber o que estava acontecendo, será que era alguma coisa com as duas?

Pelo jeito a morena também não havia entendido, deu de ombros, esperando alguns instantes para se levantar.

S A N A

Chae não me pediria desculpas pelo chilique da semana passada, mas eu sabia que ela estava arrependida pela maneira como tinha me tratando. Já Dahyun, para mim, era uma caixinha de surpresas... Depois do dia do banheiro não nos beijamos mais, no entanto, nos falamos muito! Nos aproximamos bem mais do que eu esperava durante aquela semana, tanto que eu comecei a perceber características nela que, até então, eu desconhecia.

Dahyun não respondera minhas últimas mensagens, mas eu não havia dado importância para isso até o momento em que ela entrou naquele ônibus na segunda-feira.

Levantei de meu lugar para ir até ela.

- Não quer vir com a gente hoje? - Perguntei objetivamente, fazendo-a tirar o olhar da janela.

- É, acho que hoje não... - Falou com uma dose de incerteza na voz. Seu olhos estavam igualmente incertos e levavam sentimentos que eu ainda não saberia decifrar, estavam mais... Apagados.

- E se eu me sentar com você, tudo bem?

Dubu passou a olhar para a mochila que ocupava o espaço ao seu lado, parecendo relutante, mas, por fim, desocupou o banco para que eu pudesse me sentar.

- Então, como foi o fim de semana? - Tentei puxar assunto.

- Ótimo. - Respondeu sem me olhar nos olhos, fazendo com que eu soltasse um longo suspiro.

- Aconteceu alguma coisa? - Dahyun apenas balançou a cabeça negativamente. - Não quer me dizer o motivo de você estar assim? - Ela novamente apenas negou com a cabeça, olhando em direção à janela de forma que eu não pudesse visualizar seu rosto. Suspirei novamente, tentando decidir se eu deveria deixá-la sozinha ou permanecer ali. Se eu ficasse, seria um incomodo ou uma forma de apoio?

- Posso fazer uma pergunta? - Virou-se repentinamente, seus olhos por um segundo pareceram estar marejados. Acenei positivamente com a cabeça. - Você acredita em Deus? - Fui pega de surpresa.

- Bem... - Inclinei a cabeça de um lado para o outro. - Eu não sei. - Respondi com sinceridade, tentando adivinhar onde Dahyun pretendia chegar com aquilo. - Eu costumava frequentar a mesma religião dos meus pais, mas hoje em dia me questiono muito sobre a existência de um Deus... - Eu teria continuado, mas a menina me interrompeu.

Girl Meet Girl • TwiceWhere stories live. Discover now