Olimpíada

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Enquanto isso, SaiDa continua juntinhas para a alegria de quem não pode ter MiChaeng

Boa leitura!

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S A N A

Aqui estou eu para invadir a história de novo, sinceramente, eu não conseguiria guardar meus sentimentos só para mim dessa vez, precisava compartilhar com alguém. O restante do final de semana passou de uma forma inexplicável, eu até ponderei a ideia de ainda estar na festa, ter ingerido alguma substância alucinógena e tudo aquilo não ser nada além de uma brisa muito louca.

Minha mãe e minha irmã não paravam de falar sobre Dahyun e o arroz que ela prometeu fazer, o que não me ajudava nem um pouco com minha tarefa de PARAR DE PENSAR NELA. Eu estava enlouquecendo, absolutamente TUDO me lembrava aquela menina! Muito mais do que antes, minha mente estava travada nela. Sequer consegui ir à casa de Momo, eu não me sentiria confortável o bastante para vê-la enquanto meus pensamentos estivessem tão distantes. Eu, cada dia mais, percebia o quanto não me encaixava naquela coisa de relação aberta.

Dahyunnie não havia me dado apenas um beijo, mas, sim, inúmeros, ao longo do pouco tempo que esteve em minha casa. Pela primeira vez, ela estava agindo de modo natural quanto a isso. O mais surpreendente foi ela ter trocado mensagens comigo sem pausa durante o fim de semana, e ainda ter tocado no assunto de forma aberta. Foi com extrema ansiedade para vê-la que apaguei meu baseado e entrei no ônibus naquela segunda-feira.

Sentei logo na frente, Dahyun preferia sentar ali, então era ali que eu a esperaria. Decidi colocar os fones para tentar fazer com que o caminho passasse mais rápido. Dei play no modo aleatório do Spotify, fazendo com que "Wild Irish Roses" do Smino começasse a tocar num volume alto. Recostei a cabeça no encosto do banco, fechei os olhos e permiti que minha mente viajasse ao ritmo da música.

Perdi a noção do tempo em meio às minhas fantasias, foi apenas com alguém tirando um dos fones de minha orelha e sussurrando um "bom dia" que arrepiou cada centímetro de meu corpo, que voltei à realidade.

Ao meu lado, no banco do corredor, encontrei uma Dahyun toda sorridente me encarando. Ela piscava repetidamente, de forma meiga e delicada, parecia mais arrumada do que o normal, maquiada e com cabelos perfeitamente arrumados. Sorri analisando cada um de seus traços e imaginando se teria alguma probabilidade dela ter tão vaidosa por minha causa.

- Estava dormindo? - Quebrou o silêncio, já que eu não conseguia dizer nada.

- Não, só pensando.

- Em quê? - Quis saber.

- Acho que o termo correto seria "em quem?". - Corrigi, olhando-a de forma sugestiva para garantir que ela entendesse o efeito que estava causando em mim.

As bochechas de Dahyun coraram violentamente. Mensagem entregue com sucesso! Eu amava esse jeito tímido dela.

- Seja lá quem for, deve ser sortuda. - Disse em tom descontraído e não menos sugestivo que o meu.

Apenas concordei com a cabeça, meu olhos voaram para a mão da menina, que se encontrava sobre seu colo, eu travei uma luta interna para decidir se deveria agir de acordo com minhas vontades ou minha racionalidade. Era óbvio qual lado venceria.

Sutilmente toquei sua mão, uma corrente elétrica pareceu percorrer meu corpo, começando pela ponta do dedo que sentia a textura de sua pele macia, e terminando em cada um dos meus fios de cabelo. Hyun não recuou, mas notei que se preocupou em olhar em volta. Entendendo suas inseguranças, puxei sua mão para o pequeno espaço de banco que nos dividia, tornando o gesto mais escondido. Apliquei, então, um carinho em sua pele com um pouco mais de autoconfiança, fazendo com que os músculos da menina parecessem relaxar.

Girl Meet Girl • TwiceWhere stories live. Discover now