MASOQ?

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Boa leitura!

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- O que tá fazendo? - Dei um pulo ao ouvir a voz de Dahyun, que entrou no quarto a tempo de me ver deixando o seu celular sobre a escrivaninha.

- Ia tirar umas fotos minhas pra você ficar apreciando. - Ri daquele jeito convencido de sempre. Fala sério, eu minto muito bem!

Não acredito que a Dubu estava pesquisando aquilo. "Como saber se sou lésbica?". Pô, era só me pedir uma ajuda, eu ia adorar contribuir com a descoberta dela.

- Que idiota! - Ela riu enquanto pegava o celular e se sentava ao meu lado na cama. - Ainda bem que cheguei a tempo, vai que abro as fotos a noite, ia ter pesadelos.

- Ia ter outras coisas, Dahyunnie... - Dei um sorriso malicioso e me permiti encarar a garota de cima a baixo. Não gostei daquela roupa engomadinha, ela bem que podia tirar.

- Que coisas? - Dubu franziu o cenho, isso era sério? Tadinha, tão inocente... Acho que vou mesmo ter que ajudá-la com as descobertas de qualquer forma. Que pena, hein?

- Logo você descobre. - Falei colocando uma das pernas sobre o colchão para me virar para ela.

- Não tô te entendendo, Chae. - Ri. Cara, que menina complicada.

- Deixa pra lá, vai.

- Tudo bem. - Dubu deu de ombros. - Bom, eu ia te mostrar... Achei uns caras que fazem esse rastreamento de ID, só não sei quanto cobram, nem quanto demora.

- Eu consigo dinheiro pra pagar, nem que eu tenha que pedir no sinal!

- Vende o corpo que é mais rápido. - Riu.

Nossa, Dahyun fazendo piadas desse tipo? É isso mesmo produção? Eu já estava achando que ela nem sabia o significado de "vender o corpo".

- Boa ideia, quer comprar? - Dei novamente aquele sorrisinho de canto e ela chacoalhou a cabeça. - Nem precisa mesmo, pra você é de graça. - Eu sei que essas brincadeira não vão levar a lugar nenhum, mas se vocês vissem a carinha fofa que ela faz, me entenderiam. - Relaxa, vai. - Cutuquei sua barriga. - Não é pra me levar tão a sério. - Ia completar com um "É pra me levar pra cama.", mas iria deixar ela mais sem graça.

- Eu sei, tô me acostumando com esse seu jeito. - Dubu sorriu. - Tô feliz por ter vindo também, é minha melhor amiga aqui, apesar de nos conhecermos a pouco tempo. - Awn, que fofinha! - Meus pais são meio caretas, não liga não, tá?

- Tranquilo... Os pais da Minari também são religiosos e... - Fui interrompida pela mãe de Dahyun.

- Vamos descer, meninas? - Ela é uma mulher muito bonita, loira com olhos claros, parecia mais nova do que realmente era. Suas sobrancelhas eram definidas e passavam um ar de seriedade, mesmo com o sorriso branco e bem alinhado da mulher. Se eu visse aquela senhora (devo chamar assim?) na rua, pensaria que é mulher de algum político, não sei porque. Parece ser bem daquelas "bela, recatada e do lar".

- Muito prazer, sou a Chaeyoung. - Levantei antes mesmo de Dubu e estendi a mão para sua mãe. - Obrigada pelo convite, sua casa é muito linda. - Sou puxa-saco mesmo, tem que agradar a sogrinha.

- Jiwoo. A Hyun fala muito de você! - Ela falou com um tom extremamente simpático. Hyun? Esse era o apelido de Dubu? Sou muito mais criativa.

- Espero que coisas boas. - Ri e Jiwoo me respondeu com um "com certeza" antes de descermos até a sala de jantar.

O pai de Dahyun, vulgo sogrão, se chamava In-Sul e, por incrível que pareça, não achei ele tão chato quanto Dubu descrevia, apenas um pouco machista. Mesmo com os duzentos mil livros religiosos espalhados pela casa, eles não falaram nada em relação a Deus ou qualquer coisa do tipo e, apesar das roupas que vi no quarto da garota, eles se vestiam normalmente, apenas de maneira um pouco mais formal do que estou acostumada. Confesso que fiquei curiosa em saber qual era a religião da família, mas achei um tanto inconveniente perguntar.

Girl Meet Girl • TwiceWhere stories live. Discover now