Lei da população

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Justin tinha voltado para casa, precisavam resolver tudo sobre o fim da guerra. Isso já fazia pouco mais de uma semana. Eu me sentia cada dia maior, parecia que tinha chegado o tempo de aumentar de tamanho, algumas roupas já não cabiam mais em mim, menos estando apenas com 15 semanas.

Por incrível que parecia tudo estava tranquilo. Apesar da falta de notícias de Justin desde que conversamos no corredor.

Coloquei a cólera em Grace e fui dar uma volta com ela pela vizinhança. Eu não estava no palácio, porém ainda cercada de seguranças. A cidade estava fria e eu usava um largo moletom que cobria muito bem minha barriga para toda a população.

Após percorrer alguns metros parei em café local, muito bem localizado e bem fofo. Entrei no mesmo deixando um dos seguranças com a Grace e pedi um café, então corrigi o pedido trocando por um chá, olhei a vitrine procurando algo para comer e escolhendo o que parecia ser mais saudável.

Depois de comprar sai novamente andando pela a cidade. Eu começava a me acostumar a andar cercada de seguranças e isso parecia estranho para mim, mesmo com o costume.

Seguimos pelas as ruas ate ela mudar de configuração, para pedras, sorri com isso. Mas meu sorriso se foi quando um carro parou ao nosso lado, os seguranças pararam e eu observei Justin sair dali.

—Está difícil te encontrar. — ele falou tirando os óculos escuros, os seguranças se afastaram, observei o loiro que estava com um terno preto aberto, mostrando sua blusa social, a calça preta também social e um sapato no mesmo estilo.

—Esse era o objetivo. — falei voltando a andar, os seguranças ficaram divididos sobre o que fazer e quem proteger, por isso apenas dois vieram comigo.

—Podemos conversar? — Justin pediu e eu não parei de andar.

—Pode dizer. — falei dando um gole no chá. Continuei a andar na direção que eu seguia, o carro nos acompanhou. Justin conseguiu me alcançar e ficou andando ao meu lado.

Parei apenas quando cheguei no terreno, os seguranças nossos cercaram.

—Alteza. — o arquiteto falou vindo falar comigo, sorri para ele o cumprimentando.

—Antônio, é bom te ver.

—Acredito que esse é o Justin. É um prazer conhece-lo, Alteza. — ele estendeu a mão para o Justin que apertou.

—O que é isso? — Justin perguntou me olhando.

—Pode nos deixar a sós? — pedi ao Antônio que saiu. — Nossa casa ou minha. — dei de ombros. — Depende de você. — Cruzei os braços o encarando. — Então, o que você veio fazer aqui? Terminar ou ... — não continuei a falar o observando atentamente.

—Eu não vim terminar. — Justin falou sério. — Não gostei de você ter escolhido nosso lugar. — dei de ombros.

—Você foi embora, Justin. Eu preciso ter algo para fazer e não estava com saco para ir atrás de magias antigas. Então, me concentrei na casa, achei um local, um arquiteto e aqui está sendo construída.

—Kylie, eu... tenho todo o apoiou para fazer isso. — arquei as sobrancelhas confusa.

—Apoio para o que? — perguntei sem entender.

—Para ser o rei. — dei um passo para trás surpresa. — Você sabe o quanto nossa vida vai mudar?

—Não. Eu não sei. Eu... Não esperava que você fosse aceitar. — fechei meus olhos me sentindo tonta.

Justin segurou meus braços me puxando para me segurar. Ele falava algo, mas eu não escutava, minha cabeça latejava.

—Eu estou bem. — falei abrindo os olhos. — Melhor voltar pra casa. — disse olhando para os lados.

Choices of the heart 3 - A princesa perdidaحيث تعيش القصص. اكتشف الآن