Precisa salva-lo

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Eu me sentia perdendo a cabeça a cada minuto presa naquele quarto, eu já não sabia a quanto tempo estava ali. Meu braço estava arranhado por conta das minhas tentativas de tirar aquela pulseira do braço, mas era inquebrável.

A porta foi aberta e um soldado colocou a bandeja ali na mesa ao lado da porta saindo em seguida.

Soltei um longo suspiro indo até lá pegar a bandeja. Me sentei na cama com as pernas cruzadas e observei aquela comida com uma aparência deprimente. Meus olhos ficaram marejados, nada parecia fazer sentindo. Eu me sentia traída por pessoas que eu não conhecia. Me sentia sufocada por não saber quem eu era de verdade.

Queria saber sobre minha vida, minha família...

Empurrei a bandeja fazendo a comida cair no chão e abracei o travesseiro chorando.

[...]

A porta foi aberta e o coronel estava ali zangado, não lhe dei atenção, fitando a parede a minha frente com tinham feito por vários minutos.

—Preciso que venha comigo! — ele ordenou, continuei ali parada. — Sofia!

—Vai a merda! — pronunciei com a maior vontade, uma grande satisfação inundou meu corpo, sorri e o olhei, ele não mexia um único musculo, nem mesmo respirava. — Perdeu a voz? — questionei entortando a cabeça.

—Você precisa de um padre. — O coronel falou amedrontado e eu ri, ele fechou a porta e eu gargalhei, voltando a me sentar na cama, já que eu levitava no ar como se fosse algo simples.

Respirei fundo soltando o ar lentamente, tinha sido divertido ver a cara dele. Descobri o corpo deitado na cama e suspirei. Como eu iria nós tirar daqui?

Alguma coisa tinha que me dar uma luz para saber como sair!

Atravessei a parede vendo o lado de fora do prédio, sorri ao ver que chovia, o céu estava cinza e trovoava bastante. Me deixei invisível e sai atravessando parede até a sala do coronel, ela estava vazia, procurei algo ali que pudesse me ajudar.

Acabei achando inúmeras cartas com letras sem sentido, joguei fora aquilo e procurei minha ficha.

Encontrei no meio de várias outras fichas e a tirei dali, abri a paste vendo uma foto minha com um cabelo roxo, isso não era eu. Nome completo; Sofia Collins; Idade: 19 anos. Olha meu aniversario estava próximo, ri disso e suspirei, não tinha nada ali que pudesse me ajudar. Guardei a ficha novamente e voltei para o quarto, essa não poderia ser minha vida.

[...]

Despertei em um carro, eu tinha dormido após chorar e isso me fez acordar com a cabeça latejando.

—Para onde estão me levando? — perguntei olhando para os lados, vendo que estava com soldados ao meu lado. Eles não responderam. Minhas mãos estavam algemadas.

Me ajeitei naquele banco e fiquei observando o caminho. Um longo caminho!

O carro parou e eu abri os olhos, estava sonolenta, devido ao tempo no carro. Os soldados abriram a porta e desceram do mesmo, um deles me puxou para fora. Ele segurava meu braço com força me guiando para dentro do prédio, eu não sabia onde estava, mas o cheiro era familiar.

Um hospital!

O que eu estaria fazendo em um hospital de verdade? Quem estaria morrendo? Caminhei ao lado dos soldados que ainda apertavam meus braços, isso me deixaria com um roxo.

—Ninguém pode entrar! — um outro soldado falou, não conheci a cor em seu uniforme.

—O rei nos mandou aqui. — o soldado a minha direita falou, o soldado me olhou e então deu um passo para o lado.

Choices of the heart 3 - A princesa perdidaWhere stories live. Discover now