Capítulo 41 - You saved my life.

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''E você deixará seus medos de lado, e sabe que pode sobreviverE quando sentir que sua esperança se foiOlhe dentro de si e seja forteE finalmente verá a verdade, que existe um herói em vocêQue um herói vive dentro de vocêQue um herói vive dentro d...

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''E você deixará seus medos de lado, e sabe que pode sobreviver
E quando sentir que sua esperança se foi
Olhe dentro de si e seja forte
E finalmente verá a verdade, que existe um herói em você
Que um herói vive dentro de você
Que um herói vive dentro de você
Que um herói vive dentro de você.'' ― Mariah Carey (Hero)

Point Of View Beatrice Martinelli.

Texas, Dallas - Estados Unidos - 20 de maio de 2018.

Já fazem seis meses, mas eu lembro de tudo exatamente como se fosse hoje. Do dia em que a Pattie chegou em meu apê, completamente abalada, chorando pelo Justin ter passado mal e ter ficado internado. Recordo-me perfeitamente de sua aflição ao ver o seu único filho no estado a qual se encontrava. Eu também entrei em um estado de desespero ao ter ouvido tudo o que ela me disse. Fiquei tão apavorada que quando a London acordou, eu a levei até a casa de meus pais, pedindo a minha mãe que estava em casa, para olhá-la porque eu precisava muito ir ver o Justin no hospital, eu queria saber como ele estava, ansiava mais que tudo saber notícias suas para assim ter calma.

Naquele dia, eu não pude vê-lo, no dia seguinte, também não, mas sempre ia ao hospital para saber algo sobre ele. Quando o próprio foi se recuperando da infecção que acabou contraindo, nós fomos podendo vê-lo. O  próprio permaneceu internado para seguir com o tratamento que acabou sendo mais intenso porque os médicos acreditavam que ele por mais que estivesse em estágio avançado, por mais que tivesse rejeitado o tratamento que iniciou, poderia obter a cura. Terminando a quimioterapia, eles correram com tudo o que puderam e fizeram o melhor para ele. Lembro-me também de todas as doação de plaquetas que ele recebeu, de todas as pessoas que fizeram isso por ele, porque doar sangue é doar vida. É um ato de amor que é capaz de salvar muitas e muitas vidas espalhadas pelo o mundo. Ao recebê-las, ele foi passando a ficar forte, a reagir bem, mas eu notava que ele ficava triste por estar ali internando a meses para seguir com a sua recuperação.

Ele sentia tantas saudades da London, assim como ela sentia dele, ela perguntava pelo o pai na maior parte do tempo, questionando se ele havia ido embora de novo. Contudo, eu fazia ligações, gravava vídeos dela para ele e virse-versa. E Isso, de certa forma, o deixava mais feliz e mais forte ao sempre ouvir através dos vídeos: ''eu acredito em você, papai'', ''eu estou torcendo por você'' ''a mamãe me ensinou a orar por você'' ou um ''eu te amo''. Ela também fazia questão de passar a maior parte do tempo desenhando e sempre dizia que os desenhos era para eu levar no hospital e o Justin acabou montando um parede lá com todos os seus desenhos.

Nas noites em que não dormia no hospital, eu a ensinava a orar, pedindo ao papai do céu que deixasse o seu papai curado. E ela sempre juntava as mãozinhas, dobrava o joelho dela de frente a cama e fazia como eu a ensinava.

Recordo-me do mesmo modo que o Justin precisava de uma doação de médula óssea, porém não achamos ninguém compatível, ninguém na fila de espera, nem  amigos, nem os seus pais e nenhum outro familiar. Isso foi algo que fez a gente ficar arrasado, porque esse era o meio para ele obter a cura definitiva... Nisso, Pattie teve mais uma vez em meu apartamento, chorando por não ter achado ninguém que pudesse salvá-lo. Foi aí que ela olhou nos meus olhos e perguntou-me, se eu não queria fazer o teste para saber se era compatível com ele ou não. Na hora, eu praticamente parei no tempo, pensando na possibilidade de ser compatível, mas ainda não tinha esperanças, se nem seus pais foram compatíveis. Contudo, mesmo assim, eu olhei para a London que estava brincando no carpete da sala com uma de suas bonecas. Respirei fundo e disse a ela que iria fazer o teste sim. Fomos no dia seguinte, fizemos tudo o que era preciso e quando os resultados saíram, a gente viu que eu era 100% compatível com ele e isso nos ver rir e chorar de alegria, ao mesmo tempo que nos abraçávamos e pulávamos na sala do doutor. Ficamos tão felizes que não conseguimos conter a nossa euforia.  As minhas mãos tremiam sem controle algum naquela tarde, por ver de que todos: eu era a única pessoa compatível capaz de doar a medula óssea ao Justin.   

O Preço do Arrependimento | ConcluídaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora