Capítulo 24

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XXIV

Mairon estava de olhos fechados, deitado na cama em sua forma feminina. Melkor fazia nele o que sabia fazer de melhor: sexo oral com perícia e vontade. Achava que ele andava precisado disso, pois ultimamente andava tenso por causa do Anel. Mas nem assim ele parecia relaxar.

- Hun...

O maia segurou a cabeça de Melkor com uma das mãos. Era bom... era muito bom. Ele trabalhava muito bem em seu órgão do prazer, e o fazia querer mais... mas havia aquela preocupação que o fazia se sentir mal. Que o fazia não aproveitar direito.

O Anel estava com Olórin... Olórin ia querer o Anel para si. Por que ainda não o tomara? Ele tinha poder para o tomar. Por que não o fizera? Ou será que aquela elda idiota, a tal de Galadriel, estava a barganhar com ele para o conseguir? Qual seria a verdade?

Melkor colocou um dedo dentro "dela", por sentir que estava próxima do orgasmo. Adorava senti-la gozar em seus dedos quando lhe chupava.

- Ah...

- Geme pra mim, Mairon...!

Melkor, como numa "tortura", lambeu-lhe as coxas, a virilha, como que para adiar aquele momento... mas logo voltou para o meio de suas pernas e chupou com intensidade.

- Aaaahhhh...!

Mairon não se conteve mais. Gozou enfim, contraindo-se várias vezes em torno do dedo do companheiro. Mas em sua mente a única coisa que restava era... uma roda de fogo¹. Uma enorme e brilhante roda de fogo, que não saía mais de sua cabeça.

Melkor sentiu que ele estava preocupado e o tomou em seus braços. Beijou-lhe a boca, a fim de lhe transmitir seu próprio gosto dessa forma. O maia correspondeu ao beijo, mas mesmo assim estava distante. Pensando em distrai-lo, Melkor disse a si:

- Meu bem, vem por cima hoje...

- Você quer...?

- Quero. Vem por cima, adoro te sentir rebolando no meu pau.

O maia sorriu e em seguida subiu em cima do consorte, encaixando o membro dele em seu órgão então feminino. Não tardou pra começar a se mover por cima dele, tendo controle de quase toda a situação assim. O vala o tomou pelas coxas e bateu em sua bunda, mas Mairon mal sentia. A roda de fogo tomava conta de seus pensamentos mais uma vez.

Acima e abaixo, para frente e para trás, o clitóris roçando na pélvis do companheiro. A roda de fogo, insistente, impertinente.

- Senta na minha rola, vagabunda!

Mairon sentava, tentando concentrar todos os seus esforços nesse ato. O prazer sexual irradiando do meio das pernas e passando a todo o resto. A roda de fogo. Olórin ia entregar seu anel a Galadriel. Ou a Aragorn ou, ainda, a Denethor, o qual não ia querer entregar a regência. O membro duro de Melkor a lhe devassar por dentro.

- Ah...!

- Senta mais, puta!

O maia sentou, sentindo o próprio prazer aumentar. Olórin ia tomar o seu Anel. Ia destroná-lo. Por que? Só porque ele era talentoso? Só porque soubera dirigir bem a seus reinados e povos? Só por isso? Se continuasse a ser um pobre artífice sem maiores posses ninguém lhe faria mal?

- Hun... Melkor... Huuuunn...!

Moveu-se mais algumas vezes em cima do amante², até gozar afinal. Melkor o sentiu gozando em seu pau, não aguentou e gozou dentro "dela" logo em seguida. Ambos os ainur se deitaram cansados na cama após o ato, o vala acariciando os longos e fulvos cabelos de Mairon.

- Gostou, meu bem?

- Claro que sim...

Beijaram-se, mas na mente de Mairon só sobrava a roda de fogo. Um inferno. Quando aquilo acabaria? Melkor percebeu.

- Meu amor, você está com o pensamento longe.

- Preciso achar meu anel. Preciso. Só depois disso terei alguma paz.

Sendo assim, tomaram banho juntos e em seguida Mairon chamou a seus generais, Moriel entre eles, a fim de começar a ordenar os exércitos.

Mas junto com isso precisava impressionar a seus inimigos. Sim, sabia de mais um palantír que se encontrava em Gondor. Mais uma vez, utilizaria da fraqueza mental dos edain para seus propósitos.

OoOoOoOoOoOoO

A partir desse dia, Mairon passou a se reunir com seus generais todos os dias, e Melkor sentiu vontade de participar daquilo tudo também. Mas Mairon o estava deixando pro final. Sim, mais uma vez seria paciente e não se apressaria. Preparou enormes exércitos de edain para atacar Gondor e seus aliados, como Rohan. Contou com Curumo para lhe auxiliar nesse ataque, e ele assim o fez. O que Mairon não sabia era que Curumo tinha seus próprios planos, e não estava sendo tão fiel assim, como ele previra. Curumo queria o domínio para si, mas fingia ajudar a Mairon - e efetivamente ajudava, mas só no que lhe convinha - e ao mesmo tempo fortalecia seus próprios exércitos.

Quando começou a falar com Denethor, o regente de Gondor, foi um golpe muito bem dado. No começo o velho se demonstrou altivo como sempre, mas depois acabou por ver como eram as coisas em Mordor. Mairon mostrou a si todos os exércitos que estavam sendo preparados, e o regente ficou com medo. Não havia poderio suficiente em sua cidadela para contê-lo.

- Podes unir-te a mim e tornar-te rei, em vez de regente, assim como tua família depois de ti poderá reinar e não somente reger - declarou Mairon a ele - ou... esperar fenecer sob meu poder. Ou ainda, entregar a regência para o rei, o qual não tarda a aparecer.

Denethor não respondeu. Era orgulhoso em demasia. Preferia morrer a ceder, quebrar a vergar e fazer alianças com inimigos. Mairon somente sobrevivera por tanto tempo porque fazia alianças acima de seu orgulho, e depois vencia a sua maneira. Mas esses senhores só perdiam agindo dessa forma.

Apesar de tudo, estava satisfeito. O velho sofria um grande abalo ao falar consigo no palantír. E assim ele se entregava com mais ardor, mais tesão a Melkor. Nesses dias, ia de homem. Gostava de ser subjugado também como homem, pois gostava também de gozar nas mãos dele, na boca dele, no corpo dele. Uma delícia.

Mas Mairon também sofreria um golpe. Um dia, ao ser chamado no palantír, daquele palantír que era de Curumo, ele viu um homem. Aliás, não exatamente um dos edain. Mas um pequeno.

Falou com ele. E riu. Riu, achando que Curumo, em sua avidez, havia pegado ao Pequeno que tinha o Anel.

"Como ele subjugou a Olórin e tirou o Pequeno dele, não sei. Mas conseguiu. E isso só me ajudou. Esse regalo não é para ele! Vou tomá-lo para mim."

Enviou, em sua pressa e considerando o jogo já ganho, um dos Nazgûl para tomar ao pequeno em Orthanc. Errou pela pressa, defeito esse que só ultimamente se fazia presente em seu espírito. Pois se tivesse interrogado ao Pequeno com mais calma, pelo palantír mesmo, teria sabido que aquele não era o portador do Anel. E que seu Anel agora estava indo para Mordor, para dentro de suas terras; e portanto Mairon deveria vigiar a Orodruin, e não atacar a Gondor ou quaisquer terras exteriores.

Mas ele não fez isso, e por isso não soube da verdade. Pensou que o Pequeno com o Anel em breve seria seu, e por isso naquela noite se entregou de forma tão intensa a Melkor, que o vala não lembrava de vê-lo tão ardente, tão insaciável, pedindo tão mais. Ao menos não nos últimos tempos, com todas aquelas intempéries do Anel.

To be continued

OoOoOoOoOoOoO

¹Frodo também reclama, no final, de ver somente a uma roda de fogo em sua mente.

²"Amante" no sentido de parceiros no amor. Nessa fic, eles são casados desde a primeira era. Embora a palavra "amante" seja muito usada para denominar relações ilegítimas, em textos antigos servia também para as legítimas.

Tenho que aproveitar a inspiração e terminar logo essa fic, rsssssss!

Beijos a todos e todas!

O filho da escuridãoWhere stories live. Discover now