Capítulo 10

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X

Mairon adentrou os aposentos com Melkor e ali eles se fecharam. O maia sabia o que ia acontecer. Eles já haviam posto em dia as conversas sobre tudo o que ocorrera na Terra Média durante a ausência de Melkor; já haviam falado com Moriel no palantír; já haviam feito rituais juntos no templo; já haviam até mesmo confirmado os votos de casamento na frente dos edain.

Só faltava mesmo era aquilo.

Mairon se viu "nervosa" e não sabia porque. Gostava dele, adorava-o mesmo, a ponto de ter investido todo aquele esforço em sua volta. Não tinha nada que desejasse mais que estar ao lado dele. Mas de repente, após tantos anos em celibato, a ideia do sexo a assustou.

Não sabia por que. No passado, adorava fazer sexo com ele. Mesmo na primeira vez entregara-se com tanta espontaneidade e sem maiores dificuldades. Após a volta da primeira prisão dos Valar, ele também recebera Melkor com entusiasmo em sua cama. O que era aquilo então?

Resolveu deixar pra lá. Certamente era apenas uma coisa de momento, por ter ficado tanto tempo sozinho.

Melkor sentou-se ao lado dela no leito, acariciou seus cabelos e a beijou com paixão. Depois, lentamente, foi deitando-a sobre a cama e se deitou por cima dela. "Era esperado", Mairon pensava. "Era esperado, eu sabia que ele ia querer". Em seguida, uma das mãos do vala passou para dentro do vestido que ela usava e tomou seu seio com naturalidade, acariciando-o devagar. Mairon arfou de prazer. Parecia começar a "lembrar" como era afinal, mas mesmo assim as lembranças ainda não estavam muito nítidas.

As mãos de Melkor não tardaram em explorar o resto do corpo "da" maia, pegando tudo, acariciando tudo, não deixando nenhum pedaço sem seu toque.

- Hun, meu bem - sussurrava ele, a voz já demonstrando seu desejo - Faz tanto tempo que eu quero isso...

O vala, ao contrário de Mairon, sentia-se como se nunca houvesse ficado muito tempo sem fazer aquilo. Ainda mais agora, que tinha novamente um fána e energia ilimitada.

Logo, Mairon estava "nua", despida pelas mãos do companheiro. Ele reparou que o maia ainda estava um pouco constrangido, travado, como se na verdade se sentisse ainda mal adaptado àquela realidade, e Melkor quis portanto deixá-lo um pouco mais solto.

Beijou a seu pescoço e acariciou primeiro o interior de suas coxas, e depois enfim chegou ao meio das pernas dela. Era exatamente como se lembrava: quente, úmida, acolhedora.

- Oh, Mairon... que saudades eu tive de você.

Ainda proferindo esta frase, Melkor começou a estimular o ponto de prazer dela, chupando o pescoço dela ao mesmo tempo e com a outra mão lhe acariciando os seios. Mairon sentiu o prazer afluir por seu corpo, fechando os olhos e gemendo de prazer.

- Hun...

- Geme pra eu ouvir, meu bem...

- Oh, Melkor...

- Geme...

O vala a beijou na boca, sua língua invadindo a boca dela enquanto a garganta dela ainda emitia gemidos que ele sentia direto em sua boca. Não parou a estimulação por um segundo sequer, já se sentindo completamente duro no meio das pernas.

Mas não a sentia ficar mais úmida com a excitação. Ainda estava tensa, e ele resolveu fazê-la gozar uma vez antes de iniciar a penetração de fato. Continuou estimulando-a, beijando-a ao mesmo tempo em que o fazia, e o prazer inevitavelmente foi aumentando.

- Mairon...!

- Oh, Melkor... isso está...

- Está bom?

O filho da escuridãoWhere stories live. Discover now