Capítulo 35 - Chemotherapy.

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Será que vou estar aqui para acompanhar a London em cada passo que ela for dar?

Como será o meu futuro de hoje em diante?

Será que vou reagir bem aos tratamentos?

Quanto tempo de vida ainda terei?

Seria bem mais fácil encontrar as respostas para essas perguntas, se eu não tivesse enfrentando uma doença tão assustadora como esta. Por mais que tento manter os pensamentos positivos, o lado negativo, puxa-me mostrando a realidade do que estou vivenciando. Eu ouço todos os dias pessoas de minha família dizendo que caso eu queria falar, eles vão estar aqui para me ouvir. A Beatrice mesmo está dando-me uma ajuda incrível e fala o tempo todo que quer me ver bem, manda-me algumas mensagens para saber como estou, como tenho passado os meus dias e perguntando como ela pode ajudar mais. Contudo, só de ela deixar a London cada vez mais próxima a mim, já está sendo de grande ajuda nesta caminhada.

Eu encontro uma força incrível nela e a vontade de continuar lutando cresce a cada dia ao saber que ela precisa de mim. Aquela tarde na casa de Aubrey, me fez ver tanto isso, me fez ver como eu falhei como ser humano.

Pisco os meus olhos.

A Beatrice queria até mesmo, acompanhar-me em uma das consultas, mas eu não quis, fui na companhia de minha mãe que insistiu muito. O médico também falou que eu deveria ir sempre acompanhando nas realizações dos exames. Que tenho que evitar o máximo que posso andar sozinho por aí.

No meu trabalho, eu também dei um tempo porque eu não quero fazer tanto esforço e realmente quero focar na minha saúde. Eu vou ficar longe do consultório durante todo o tempo em que iniciar o tratamento. Anos atrás, eu me via vivendo o sonho que vivi até poucos dias antes de descobrir a doença. Eu fazia planos de como seria o meu futuro, exercendo a profissão que eu sempre sonhei, por causa disso, eu abri mão de pessoas importantes na minha vida, arrependi-me o bastante e hoje estou abrindo mão de meu trabalho para cuidar de minha saúde.

E isso é uma coisa que eu nunca iria imaginar.

Uma das coisas que a vida tem me ensinando é que a gente colhe exatamente aquilo o que plantamos. Se plantarmos coisas boas, teremos bons frutos, se plantarmos coisas ruins, colheremos também os maus frutos. Ninguém há de plantar uma coisa e colher outra, porque a lei do retorno é séria e não falha.

Ela vem para todos.

Ouço o meu celular vibrar e rapidamente, pego-o em minhas mãos, vendo que é uma mensagem da Beatrice.

''Estamos chegando.'' ― Beatrice.

Sorri largo, porque como hoje é sexta-feira, ela ficou de trazer a London para passar o dia comigo.

Levanto-me.

Caminho para frente do espelho e arrumo o meu cabelo, vendo a expressão de meu rosto completamente cansado, ultimamente tem sido assim.

Respiro fundo e ouço a campainha tocar.

― Oi, Justin.

Abro um sorriso ao vê-la com a London em seus braços. A pequena logo, joga-se para mim que pego-a em meu colo. Sentindo os seus braços envolverem o meu pescoço, seguido de alguns beijos molhados em minhas bochechas.

― A London estava com saudades! ― diz, após distribuir os beijos por minha face e o meu coração se enche de alegria ao ouvir isso.

― Eu também estava com saudades da London ― beijo a sua testa.

― Entre ― dou espaço, falando com a Bea e logo estamos em minha sala.

― Eu tenho um presente para você, tio Jus! ― London fala animada, e eu coloco-a sentada no sofá ao meu lado, vendo que a Beatrice, senta-se no outro. Desde o último almoço na casa de Aubrey e Harry, elas tem vindo muito aqui e isso está sendo bom. A minha convivência com a Beatrice melhorou bastante, fazendo-me até mesmo cogitar que ela possa estar assim, por apenas pena ou por medo que eu venha a morrer a qualquer minuto.

O Preço do Arrependimento | ConcluídaDove le storie prendono vita. Scoprilo ora