Capítulo 48

111 22 40
                                    

- Você vai esquecer a roupa delas Brayan. - Reclamo pela vigésima vez enquanto o loiro insistia em arrumar a bolsa da maternidade.

Felizmente eu já havia chegado ao mês que iria ganhar e infelizmente eu estava nervosa por não saber exatamente a que momento iria ser. Olho mais uma vez para o loiro em cima da cama e solto uma risada. Fazia um mês que havíamos nos mudado para nosso apartamento em uma zona nobre da cidade. Estava tudo maravilhoso e perfeito como eu imaginei. Minha barriga estava enorme e deixava claro para qualquer pessoa que havia mais de um bebê dentro dela.

Reviro os olhos e caminho até o garoto lentamente. Me sento ao seu lado e lhe encaro por cerca de alguns segundos.

- Deixa que eu cuido disso. - Resmungo. - Há que horas você vai buscar a Lola? - Pergunto.

Eu já havia sido apresentada a sua irmã e por sorte ela me amava muito. O Brayan trazia ela para cá todos os finais de semana. Dormíamos com ela e fazíamos a noite do pijama. Ela era uma fofura e sempre deixava claro o amor que tinha pelo irmão.

- Eu vou buscar mais tarde, morena. - Ele responde com sua voz rouca que sempre me deixava arrepiada. - Você sabe que eu não gosto de te deixar sozinha em casa.

Reviro os olhos ao ouvir sua resposta e lhe encaro mais uma vez com o braços cruzados.

- Brayan, eu estou grávida, não doente. - Reclamo. Ele sorri e logo me abraça de lado.

- Eu sei, mas ainda assim não gosto. - Ele suspira. - Vai que você começa a parir e não tem ninguém em casa. Dou um beliscão em seu braço e ele me encara seriamente. - Porra Eduarda.

- Parir o teu cu, não sou um animal. - Reclamo novamente.

Termino de arrumar a bolsa e guardo ela dentro do meu clost. Sim, eu tinha um peça enorme apenas para minhas roupas e sapatos. Vou em direção ao Brayan me arrastando e me jogo ao seu lado novamente.

- Bem que você poderia me trazer algo para comer, não acha? - Pergunto enquanto lhe encaro com uma das sobrancelhas arqueadas.

Ele sorri, beija minha testa e desce em direção a cozinha. Provavelmente ele iria me trazer algo gorduroso ou algum pedaço de chocolate, já que eram as únicas besteiras que eu comia ultimamente. Fico atirada na cama esperando o loiro voltar e logo sinto uma vontade enorme de fazer xixi. Geralmente era uma das coisas que eu mais fazia, ou seja, mijar. Levanto e começo a caminhar em direção ao banheiro, mas logo sinto o líquido escorrendo entre as minhas pernas. Não é possível que eu tenha me mijado, ou é?

- BRAYAN! - Grito. - BRAYAN!

Espero por alguns segundos e logo o loiro surge na porta todo apressado. Ele me analisa de cima a baixa e se afoba ao perceber que a bolsa havia estourado.

- Caralho, o que eu faço? - Ele pergunta enquanto começa a andar apressadamente de um lado para o outro.

Dou um puxão em seu braço logo quando sinto a primeira contração vir contra minha barriga. Eu aperto seu braço com força ja não sabendo por quanto tempo eu iria aguentar.

- Pega a bolsa e me leva para o hospital. - Ele me olha confuso e em seguida pega a bolsa e com muita dificuldade me leva até o carro.

O loiro rapidamente entra no mesmo e acelera em direção ao hospital. A dor que eu sentia era tão forte que eu acabei rasgando o banco do carro de tanto apertar ele com as unhas. Em poucos minutos chegamos e o mesmo já entra no hospital anunciando a todos que eu iria parir, dito as palavras dele.

- ELA PRECISA IR PARA A SALA DE PARTO. - Uma mulher anuncia enquanto me ajuda a sentar em uma cadeira de rodas.

Ela me leva até a sala e a todo momento o loiro não saia do meu lado. Ele mal conseguia ficar calmo ou parar em pé. A mulher avisa que já estava na hora e me coloca na cama do hospital. Em poucos segundos o Brayan entra na sala com luvas e máscaras e a equipe de médicos também.

Amar ou odiar ? | Edição única |Onde as histórias ganham vida. Descobre agora