Capítulo 45

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Escuto meu celular despertar e coloco a mão em cima do criado mudo na intenção de desligá-lo. Bufo irritada quando vejo que falhei e ele ainda tocava. Abro meus olhos devagar e mal consigo manter eles abertos por conta da forte claridade. Pego meu celular e finalmente desligo o despertador. Desbloqueio o mesmo e mando uma mensagem no grupo que eu tinha com as meninas. Eu estava afim de fazer algo depois que elas saíssem da faculdade.

Maria Eduarda: Vocês sabem de alguma festa para hoje?

Stella: Pra você nenhuma, não esqueça que está de repouso mocinha!

Nanda: Verdade! Mas nós poderíamos ir em um barzinho que vai estrear hoje..

Anna: Acho uma ótima idéia, assim você bebe o seu suco enquanto eu e as meninas bebemos uma vodka haha

Maria Eduarda: Vai achando, Anna Lívia! Combinado então, passem na minha casa quando saírem da facul, bjs!

Termino de marcar a saída com as meninas hoje e jogo meu celular em cima da cama. O Brayan não estava no quarto, provavelmente já havia saído para o trabalho. Eu infelizmente ainda não podia trabalhar por conta do meu repouso, então digamos que eu esteja em um tipo de férias, mas assim que me sentir melhor irei voltar ao trabalho. Sim, eu irei trabalhar mesmo grávida, pois gravidez não é doença e na minha área de trabalho não se exige esforço físico.

Levanto e vou em direção a minhas malas e a várias caixas com meus pertences que estavam no chão. Anastácia tinha deixado elas mais cedo em meu quarto. Eu havia pedido para que a Nanda separasse tudo que fosse meu e trouxesse para cá. Eu não estou pensando em me mudar, eu ainda vou voltar lá para o apartamento, mas agora durante a gravidez eu vou preferir ficar aqui. Ficar com as meninas em um período tão delicado como esse iria ser muito ruim, tanto para mim, quanto para elas. Pego uma física preta, uma calça de cintura alta preta que era rasgada no joelho e minha bota de cano alto de camurça preta. Me visto e por último coloco uma jaqueta jeans por cima, deixando meus ombros a vista. Passo meu perfume, arrumo meu cabelo o deixando solto, pego meu celular e desço até a sala. Avisto minha mãe assistindo algum programa fútil enquanto bebia seu vinho e vou até ela.

- Arnaldo já foi para o trabalho? - Pergunto enquanto me sento ao seu lado. Ela me olha por alguns segundos de cima a baixo.

- Onde vai toda arrumada assim, minha filha? - Reviro os olhos ao ouvir sua pergunta.

-  Mãe! Eu perguntei primeiro. - Falo enquanto olho para a mesma.

- Sim, seu pai já foi e talvez não volte hoje, agora me responda, Maria Eduarda. - Ela responde enquanto toma um gole da sua bebida.

- Vou até a faculdade, preciso resolver como vou recuperar as aulas perdidas e como vou estudar a partir de agora, estando em repouso e grávida. - Respondo. - Mas antes disso vou comer algo. A senhora sabe em qual carro o Brayan saiu? - Ela me olha e ri em seguida. Eu já sabia que coisa boa eu não iria ouvir.

- Pegou o seu. - Reviro os olhos ao ouvi-la e vou em direção a cozinha.

Eu sabia o quanto ele era louco por aquela carro. Mesmo que fosse meu e não dele, ele sempre aproveita os momentos importunos para pegar ele sem me avisar. Não que eu não curta o Porsche maravilhoso que o Brayan tinha, mas já estava acostumada a dirigir minha BMW. Reviro os olhos e começo a fazer meu sanduíche e meu café. Me sento em volta da mesa e fico ali até terminar de comer. Em seguida vou até o banheiro, faço minhas necessidades, tomo meus remédios e saio em seguida. Após alguns minutos chego na mesma, estaciono o carro e vou em direção a secretária.

Amar ou odiar ? | Edição única |Onde as histórias ganham vida. Descobre agora