Amar ou odiar ? | Edição única |

Capítulo 01

Acordo no momento em que escuto o som irritante e que tanto odeio do meu despertador. Ódio. Sinto a claridade ao abrir meus olhos, o que anunciava que já havia amanhecido. Com dificuldade pego em meu celular e vejo que são seis horas da manhã. Levanto e vou em passos lentos em direção ao banheiro. Odeio acordar cedo.

Tomo um banho demorado e aproveito parar lavar meu cabelo. Desligo o chuveiro, me seco e visto uma roupa em seguida. Hoje a Nanda e eu iremos nos mudar para a cidade vizinha e estudar em bexford, uma das melhores faculdades em que já ouvi falar. Confesso que estou bem ansiosa e nervosa com toda questão de conhecer pessoas novas e ainda tem o fato de que vamos dividir o apartamento da faculdade com mais alguma garota que eu estou rezando para que não seja mimada ou cheia de sí.

Escolho vestir algo simples, mas que chame atenção ao meu estilo. Me aproximo da grande janela que havia no meu quarto e sinto a brisa gelada tocar minhas bochecas, por conta disso resolvo vestir uma jaqueta de couro.

Termino de me arrumar com uma leve camada de maquiagem, mas sem deixar de lado o meu batom vermelho destacável. Eu confesso que gosto de chamar atenção por onde passo e não há nada de errado nisso.

Dou uma última olhada no espelho e percebo que já estou pronta. Pego minhas malas e desço para a cozinha. Avisto minha mãe com uma taça de café em suas mãos enquanto mantém seus olhos na televisão.

- Ora, ao que vejo não poderei lhe xingar por estar atrasada hoje. - Ela leva seu olhar até mim e eu lhe dou um pequeno sorriso.

Caminho em sua direção e me junto à mesa com a minha mãe para tomar café. Seria um crime eu não confessar que estou faminta.

- Bom dia dona Hellena! Sabe a que horas o Arnaldo chega para me levar até Bexford? - Pergunto. Arnaldo é meu padrasto desde que eu tinha dois anos e para confessar ele esta mais como um pai para mim.

- Assim que chegar de viagem ele irá levar você para o aéroporto e eu espero que já esteja pronta mocinha. - Faço uma careta ao ouvir suas palavras e ela solta uma risada. Minha mãe é a pessoa que eu mais amo na minha vida e talvez venha a ser a única.

Levo meu olhar para a tela do celular quando escuto o som de notificação. O nome da Fernanda aparece na tela de bloqueio anunciando que a mesma tinha mandado mensagem. Desbloqueio o celular e abro a mensagem para responder.

Nanda: Estou terminando de amarrar meu tênis e irei passar na sua casa. Meu pai resolveu nos levar de carro. (6:48 AM)

Maria Eduarda: Ok, assim eu não preciso esperar meu padrasto. Estou terminando de tomar meu café, quando chegar entra aqui, beijos. (6;49 AM)

Coloco meu celular em cima da mesa novamente e termino de tomar meu café. Levanto e organizo minhas malas na porta enquanto aproveito para avisar a minha mãe que iria pegar carona com o pai da Nanda.

- Mãe, o pai da Nanda vai nos levar até a faculdade. Diz para o Arnaldo que eu deixei um beijo para ele. - Digo e minha mãe me olha atentamente em cada palavra que eu falo, segurando sua xicará de café entre as mãos.

- Essa carona veio em boa hora filha, assim ele não precisa ter pressa para chegar até aqui. - Ela responde. Dou um sorriso sem mostrar os dentes e encosto meu corpo no batente da porta enquanto espero a Nanda chegar.

Após alguns minutos a Nanda chega junto do seu pai. Me despeço da minha mãe e levo minhas malas para o carro, colocando todas no porta malas. Comprimento o pai da Nanda e sento no banco traseiro do carro. Troco algumas palavras com a Nanda durante o caminho, mas o sono acaba tomando conta do meu ser e eu acabo adormecendo durante o resto da viagem.