- Vocês não cansam de vir aqui? - Falo enquanto me jogo no sofá.

- Eu sei que você ama a gente Maria Eduarda. - Escuto Arthur falar e lhe aponto o dedo do meio.

- Então.. - Mexo em meu cabelo. - Vocês sabem para onde o Brayan foi? - Falo rapidamente.

- Por que Maria? Já está com saudade? - Reviro os olhos ao ver o Edu debochar.

- Não. - Dou de ombros. - Apenas fiquei curiosa.

- Vocês não me enganam mais, Maria. - O moreno de cachos responde e pisca para mim logo em seguida.

Eu estava tentando enganar a ele? Talvez, eu tento enganar até a mim mesma quando minto sobre não existir nada entre eu e o Brayan. Dou de ombros e vou até a cozinha, tentando fugir desta conversa.

Fico na cozinha durante o tempo em que Anna fazia o almoço. Ela não parava de tagarelar sobre estar super ansiosa para o baile.

- Você sabe que vai ser de máscaras não é? - Escuto a pergunta da loira e sinto meu corpo congelar ao saber que assim seria mais fácil de não reconhecer o Eithan.

- É obrigatório? - Pergunto e a garota apenas confirma com a cabeça. - Merda!

- O que foi? Qual o problema? Amo baile de máscaras.

- Não Anna Lívia, o Eithan vai estar lá, não tem nada de legal nisso. - Suspiro. - Eu não vou conseguir reconhecê-lo.

A garota começa falar sobre o quanto seria perigoso e também que eu deveria denúnciâ-lo, o que não vai adiantar em nada. Dou graças a Deus quando ela avisa que o almoço estava pronto e finalmente para de falar nesse assunto. Me sirvo e almoço na mesa, junto dos quatro. Assim que termino, subo para o meu quarto e começo a me arrumar.

Visto meu uniforme, solto meu cabelo e o aliso. Coloco minha bota de cano alto e faço uma maquiagem leve. Pego minha mochila e coloco as coisas que mais preciso dentro dela. Pego meu celular e a chave do carro e desço.

- To saindo! - Grito da sala.

Vou até o estacionamento e destranco o carro com o controle. Entro no mesmo e jogo minha mochila no banco do passageiro. Conecto meu celular no som e coloco na minha playlist Indie. Giro a chave do carro e dou partida para o escritório. Eu já morava aqui a algum tempo, mas ainda assim não sabia chegar nos lugares, portato me guiava pelo GPS.

Ao chegar estaciono o carro em uma vaga livre, pego minha mochila, meu celular e saio do mesmo. Tranco o carro e vou em direção ao escritório.

- Bom dia, Ste! - Falo ao ver a morena radiante. - Pode mandar a boa de hoje. - Falo me apoiando no balcão.

- Senhor Carlos quer que você viaje a trabalho! - Reviro os olhos ao ouvi-la.

- Como assim? - A morena abre um sorriso ao ouvir minha pergunta.

- Você terá que viajar com o Brayan.

- Mas ele me mandou mensagem mais cedo avisando que iria viajar a negócios, por que eu tenho que ir agora?

- Pergunte a ele. - A morena responde e rapidamente viro para trás. Tenho a visão maravilhosa do loiro me encarando.

- Vocês podem me explicar o que está acontecendo? - Falo enquanto arqueio minha sobrancelha.

- Preciso que você vá comigo! Ordens do meu pai. - O garoto falou dando de ombros em seguida.

- Mas e a faculdade?

- Já cuidei disso. - O loiro completou.

- Tudo bem então! - Respondo ainda estranhando. Por que o Carlos não havia me avisado nada?

- Eu te levo em casa e você arruma suas malas, ficaremos fora por dois dias apenas. - o garoto falou já caminhando em direção á saida. Dou risada.

- Nós vamos no meu carro, gatinho. - Falo passando em sua frente e sorrindo em seguida. Ao chegarmos na rua, eu destranco o carro e vejo os olhos do loiro brilharem. Eu sabia que ele amava carros.

- Caralho mina, vai deixar eu dirigir, não é? - Dei risada ao ver sua empolgação. - Ganhou de quem?

- Primeiro, não! Você nunca me deixou dirigir seu Porsche, pois falava que eu iria bate-lo. Segundo, ganhei dos meus pais. - Falo e em seguida entro no carro. O loiro faz o mesmo e senta no banco do passageiro. - Para onde nós vamos? - Falo já ligando o carro.

- Um lugar aí no exterior. - O loiro responde sem ao menos me olhar no rosto. Por que eu sinto que tem algo de estranho nessa história?

Dou de ombros e acelero em direção ao meu apartamento. Vou o caminho inteiro conversando com o loiro. Ele não parava de me perguntar sobre o carro e isso era bem engraçado. Ao chegar deixo o carro no estacionamento e subimos indo direto em meu quarto.

- Que tipo de roupa eu preciso levar? - Falo enquanto pego uma mala pequena em cima do meu quarto. No caso, tento né.

- Quando vai entender que você é baixinha? - O loiro fala e se levanta pegando a mala em seguida.

- Babaca! - O garoto da risada e volta a falar em seguida.

- Leva as roupas que você gosta de usar, peças íntimas, biquíni e um vestido. - Escuto o garoto falar e arqueio minha sobrancelha.

- Nós vamos viajar a negócios ou vamos viajar de férias? - O garoto me olha e vem até mim, colocando suas mãos em volta da minha cintura.

- Só faz o que digo e confia em mim. - Ouvir essas palavras me causou um certo medo. O que esse garoto estava aprontando? Só arriscando para saber.

- Tudo bem. - Falo e dou de ombros.

Começo a por minhas coisas na mala e depois de pouco tempo eu já havia terminado. Desço e aviso as meninas que voltaria daqui alguns dias. Estranhei o fato da Anna não parar de rir o tempo inteiro. Nem disfarçar que tem algo de errado ela sabe. Me despeço delas e vou até o estacionamento. O loiro pede um Uber e logo vamos rumo ao aeroporto.

Amar ou odiar ? | Edição única |Where stories live. Discover now