My Idol ๑ Jeon Jungkook. {BTS}

43 • Enjôos e declarações

- Já é a terceira vez que descemos nessa montanha russa, parem, por favor! - J-Hope implora junto com Jimin.

Admito que lá em cima, eu gritava com tamanha força que chegava a rasgar minha garganta, mas ao descer, eu não conseguia parar de rir e comentar das caretas e dos gritos afeminados dos meninos. Mas Jimin não, Jimin estava verde, mancando como se alguém tivesse dado um soco no seu estômago, apoiado em Namjoon e implorando para que Jungkook não entrasse novamente na fila da montanha russa.

- Ah, tenham piedade do Park, garotos! - eu fiz um biquinho e segurei o rosto do Jimin com minhas mãos, levantando-o na minha direção e o fazendo sorrir, mesmo que estivesse prestes a chutar o balde. - Ele tem estômago fraco.

- ... Cale a boca, Madison. - Jimin murmurou, me fazendo rir.

- Eu quero ir mais uma vez. - disse Taehyung, se colocando na fila e ignorando Jimin.

- Ou duas, ou três. - Jungkook completou rindo.

- Por mim, já está legal, vamos em outro brinquedo. - disse Yoongi, observando J-Hope acenar positivamente, e então ele se virou para um brinquedo alto e próximo. - Vamos na roda gigante?

- Eu vou na cabine com... - Jimin começou a dizer algo, infelizmente sua afirmação foi interrompida e ninguém nunca saberá qual era, apesar de se ter uma ideia.

- Eu vou com a Mad. - Jungkook disse e se pôs a me empurrar pelos ombros para a fila da roda gigante, que estava pequena, pois a roda gigante era realmente enorme e havia muitas cabines.

Entregamos os ingressos e um cara de chapéu engraçado abriu a porta de ferro da cabine, e assim que nós dois entramos, ela foi fechada e a cabine começou a subir lentamente. Me sentei de frente para Jungkook, mas olhava para os lados onde se podia ver a paisagem de todo o parque, e aos poucos, podíamos ver um pouco mais de Seul. O vento estava um pouco forte, esvoaçando meus fios de cabelo e me dando trabalho para prendê-los.

Ouvi a risada melódica do cara a minha frente e o encarei, apreciando especialmente uma pequena covinha formanda em sua bochecha direita, seus dentinhos de coelho e seus cabelos bagunçados. Respirei fundo. Como era possível um cara daqueles estar numa cabine de uma roda gigante com uma "impegável" como eu? Fala sério, ninguém nunca teve de certo uma atração por Madison Harrison.

- Mad - Jungkook chamou e eu ergui as sobrancelhas. Ele olhou para os lados, parecendo que procurava palavras, e então se levantou na cabine, sentando-se do meu lado, próximo demais. - Eu sinto que a letra de DNA não foi suficiente para você entender o que eu sinto por você. - eu fiz uma careta, olhando para os lados e tentando fugir da situação. Eu costumava fugir das coisas caindo em algum lugar, mas se eu resolvesse me jogar da roda gigante, não terá um membro do meu grupo favorito para me segurar lá embaixo. - Não me olhe assim, olha só, eu estou procurando palavras para não parecer um bobo e você está fazendo caretas!

Eu soltei uma risada, descontraindo o clima.

- O que você quer dizer com isso?

- Olha, não sei, mas desde que nos beijamos, nós só fazemos isso mesmo, não é como fosse capaz de expressar uma reação, de admitir o que está acontecendo. - Jungkook deu de ombros e olhou em volta, franzindo a testa. - Você não gosta de mim da mesma forma, é isso? Quer que eu pare de...

- Eu gosto! Eu... Gosto... - fiz outra careta e respirei fundo. Não conseguia falar aquilo.

Jeon aproximou sua mão do meu rosto e me puxou na direção do seu, aproximando sua boca da minha na inclinação perfeita para que nos beijássemos.

- Então diga... Fale o que eu quero ouvir, Mad.

Gaguejei. Pronto, tinha que ser justamente agora. Minha língua enrolou como um caracol e meu coração batia tão rápido que poderia cair fora do meu peito, me explodir por dentro. Tão louca, por que eu tinha que ser tão louca? Mas de repente...

Comecei a ouvir uma música familiar meio abafada, até que Namjoon começou a cantar sua parte e eu me toquei que meu celular estava dando sinal de vida. Me afastei de Jungkook com delicadeza, sustentando seu olhar de desapontamento porque eu era incapaz de dizer duas palavras, ou três, ou quatro, depende de como você gosta de dizer isso. Tirei meu celular do bolso e atendi.

- Pai, você deu sinal de vida! - esbravejei - ... Ou você quer falar com algum dos garotos de novo?

- Oi filha. - meu pai soltou uma risada no telefone. - Na verdade, dessa vez é com você.

- Diga.

- Hum, será que tem como você pegar um avião daqui a alguns dias e vir para cá? Para Nova York?