Capítulo 01

Depuis le début
                                    

Sinto alguém me empurrar fortemente e acordo de forma assustada. Viro meu rosto e vejo a Nanda gargalhando ao meu lado.

- Ficou louca Nanda? Quase me matou de susto. - Digo enquanto reviro os olhos e aponto meu dedo do meio para ela, que faz o mesmo para mim em seguida.

- O que foi? A bela adormecida não queria ser acordada? Se tivesse ao menos me avisado eu tinha te deixado no carro e iria embora sem você. - Encaro ela com cara de espânto. Conhecendo ela eu sei o quanto ela seria capaz de me deixar aqui mesmo.

- Você acordou muito graciosa hoje, não gosto disso. - Falo em um tom de irônia e deboche fazendo a Nanda bufar e virar as costas para mim.

- Ah, fica quieta Maria e pega as malas pois eu não vou levar nada para você. - Ela responde e sai em direção ao porta malas.

- Não me chama de Maria. - Ordeno e dou um tapa no braço dela fingindo estar brava. Eu odeio que me chamem apenas pelo primeiro nome.

Ela pega suas malas e começa a caminhar em direção aos portões do campus. Faço o mesmo e começo a seguí-la. Pego meu celular e começamos a tentar localizar o nosso apartamento no meio de muitos.

A faculdade oferece alojamento para quem estuda aqui sem custo algum e como todos tem a mesma aparência fica mais díficil de achar o nosso.

- É provável que tenhamos que procurar de porta em porta até achar o apartamento com o número vinte e cinco. - A Nanda fala enquanto mantém os olhos na tela do seu celular.

- Assim iremos passar o dia procurando Nanda. Já viu a quantidade de apartamentos que tem aqui ? - Resmungo e vejo a mesma me olhar fixamente. - O que foi?

- Só cala essa boca e me ajuda a procurar. - Dou de ombros ao ouvir sua fala e começo a procurar junto com ela.

O dia está ensolarada e faz muito calor. Eu havia cansado e já não aguentava mais procurar o nosso apartamento. Fazia quase uma hora que estávamos andando de porta em porta e e preciso descansar um pouco.

- Espera, vamos sentar um pouco. - Digo e a Nanda me olha e concorda com a cabeça. Sento em um banco que estáva bem próximo de nós. Tiro minha jaqueta e coloco ela dentro da minha mala. Parece que eu errei em achar que a temperatura não iria subir.

- Eu estou morrendo de calor. Não achei que isso fosse ser tão difícil e nós já andamos uns 3 quarteirões. - Termino de ouvir ela falar e dou risada quando percebo a situação em que nos encontrávamos.

Começo a olhar a paisagem em volta e percebo o quanto esse lugar é lindo. É um campus com vários apartamentos e existem várias áreas de lazer por perto. A faculdade fica a alguns quarteirões o que faz o caminho ser curto.

Fico alguns minutos analisando ao meu redor e avisto um grupo de pessoas um pouco distânte. Me ajeito no banco e empurro a Nanda.

- Qual é o teu problema? - Ela fala e bufa em seguida. Reviro os olhos ao perceber que ela já estáva irritada.

- Não está vendo aquelas pessoas alí? É a nossa chance de achar nosso apartamento. - Digo entusiasmada e ela me encara.

- Ao menos alguém conseguiu usar o cérebro nesse sol. - Ela fala enquanto bate palmas ironicamente, algo que me faz rir.

Levanto e caminho em direção as pessoas que se encontram sentados na grama. Quando chego próximo deles noto que era uma garota e três meninos. Um garoto loiro, com sardinhas e olhos azuis começa a me encarar discaradamente.

- Vai falar algo ou vai ficar igual uma estranha olhando para a gente? - O mesmo fala e eu consigo sentir uma careta se formar em meu rosto. Que grosseiro.

- Não estou olhando para vocês, só quero receber uma informação. - Respondo com os braços cruzados na altura do meu peito.

- De mim é que não vai receber. - Escuto ele falar e resolvo o ignorar. Babaca demais. Olho em direção aos demais e uma garota loira de cabelos compridos e ondulados levanta e caminha até mim.

- Perdoa a grosseria do meu irmão, ele não tem jeito sabe. - Dou uma risada e concordo com a cabeça. Eu já conhecia bem esse tipo de caras e não me deixava intimidar. - Então, em que quer ajuda?

- Eu e minha amiga estámos a séculos procurando o nosso apartamento e eu confesso que isso é mais grande do que eu imaginava. - A loira me olha atentamente balançando a cabeça. Ela parece ser o oposto do irmão.

- Qual o numero do apartamento? Aquí tudo é dividido por setores. - Ela responde e eu procuro no meu celular o numéro.

- Número 25. - Digo e a garota começa a dar risada, o que me fez rir junto e estranhar. O resto do grupo só olha e o menino loiro revira os olhos e balança a cabeça em negação.

- Ela só está feliz por que esse é o numero do apartamento dela, o que significa que vamos voltar a nos ver. - Quando o irmão dela termina de falar ele pisca para mim. Reviro os olhos ao ver seu ato e volto a conversar com a garota.

Após algum tempo jogando conversa fora com ela eu descubro que seu nome é Anna Lívia. Apresento a Nanda para ela e logo a mesma faz questão de nos apresentar para os meninos. Seguimos conversando durante o resto da tarde e o garoto loiro ficou a todo momento implicando comigo. Descobri que Brayan é o nome dele. Com B de babaca, é claro.

Quando o rélógio marcou cinco horas eu e as meninas fomos para o nosso apartamento. Quando chegamos pude ver que o apartamento era um dos melhores e óbvio que eu fiz questão de pegar o maior quarto. Começo a organizar meu closet e decido postar um foto no instagram com a seguinte legenda " Bem vinda faculdade! ".

Amar ou odiar ? | Edição única |Où les histoires vivent. Découvrez maintenant