Distópica

Capítulo 42

Antes que leiam esse capítulo...

Transtorno de Personalidade Narcisista

Bem diferente da história mitológica de Narciso, normalmente este transtorno pode ser hereditário, ou por conta de traumas, falta de afeto e atenção durante a infância. Sendo estas pessoas, egocêntricas ou apáticas, nutrem sentimentos de autoridade, esperam tratamento especial, e são muito sensíveis a mágoas ou derrotas.
Por vezes essas vivências geram um afastamento social e os levam a ter problemas existenciais ou ataques de fúria. Frequentemente sentem inveja de outras pessoas ou acredita ser alvo da inveja alheia, passam muito tempo pensando em alcançar poder (e podem fazer qualquer coisa para tal) sucesso ou sobre sua aparência, tendo enorme vaidade, e por isso aparentam ser futeis e superficiais. Eles, muitas vezes, se aproveitam das pessoas a seu redor e sentem prazer em quedas alheias. Sendo mais frequente em homens, o comportamento normalmente começa na idade adulta. Normalmente com maior comprometimento, ocasiona ansiedade, depressão e consumo de álcool e drogas. Em casos mais agressivos, quando o indivíduo se torna nocivo e cruel pode estar vinculado a algum transtorno anti-social (psicopatia ou sociopatia).
Estes quando se envolvem sentimentalmente com outras pessoas, é porque consideram esta, semelhante a sua condição. Pais narcisistas podem ser distantes, ou manipuladores.

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CAPÍTULO NARRADO EM TERCEIRA PESSOA

O carro luxuoso parou em frente a um prédio comum no subúrbio, atrás de sí, dois carros contendo seguranças altamente armados.

Carmo Vicentinni vestido de forma pomposa, esperou que o motorista abrisse a porta, para sair junto a pequena Lilith, bastante ansiosa, e logo o fizeram.

O magnata caminhou com a menina até a entrada do prédio e se encaminhou até o elevador antigo, eles subiram até o apartamento 202, e usando uma chave reserva ele abriu o local, notando uma verdadeira bagunça no ambiente, junto a um leve cheiro de álcool.

Este suspirou, passando sobre um casaco que estava no chão e o recolheu, o lugar estava um tanto caótico. Carmo revirou os olhos, pensando em como o sobrinho precisava de uma faxineira.

- Papai? PAAAAAAAI! - A menina chamou entrando no apartamento, olhando a sua volta, sua voz ecoou e não houve resposta. - Cadê ele vovô Carmo? - Perguntou se virado para o homem.

- Deve estar brincando de fantasminha pelo vilarejo. Não avisei que viriamos. - Disse o homem, sorrindo ao ver a menina se sentar no sofá e chutar as sapatilhas de lacinho dos próprios pezinhos.

- Ele ta bincando de Batman. - Disse Lilith rindo enquanto liga a TV.

- Sem o heroísmo e o Batmóvel. - Soltou Carmo se sentando em uma poltrona de couro, olhando com reprovação pras inúmeras garrafas de whisky vazias no canto da sala. Não foram anos fáceis pra este também.

Há anos atrás Carmo estava New York, Morty ligou, quando Nicholas havia acabado de cair. Tiveram que agir em uma operação rápida demais. Tendo a ambulância com Nicholas saído sozinha da pista, Morty e os outros capangas a pararam, e então se foram milhões pra comprar uma equipe médica inteira, enquanto Nicholas tinha realmente voltado de uma parada cardiorrespiratória, sequer sabiam se ele realmente viveria. Este então, como o combinado, segundo os médicos já comprados, chegou ao hospital morto. Carmo então já havia comprado os legistas, que tinham que manter Nicholas vivo, sem que a administração do hospital ou qualquer outra não involvido desconfiasse.

Quando Nicholas saiu do hospital, foi encaminhando em uma ambulância, ao invés de um necrotério, para ser operado as pressas por outros médicos em um centro cirúrgico improvisado, onde eram extraído os órgãos do trafico de James Portwell, o Ceifador... Enquanto seu velório já era preparado. Um dia apos a cirurgia felizmente bem sucedida, Nicholas foi induzido a um coma e o processo de o tirar do país de forma clandestina, começou imediatamente. Usando um jatinho de carga da Hiusen onde uma UTI foi montada as pressas... Ele poderia não sobreviver a viagem até Portugal, sua primeira parada. Mas sobreviveu. E também sobreviveu ao coma induzido, depois da cirurgia precaria, que por algum tipo de jogo do destino não deixou sequelas... Nicholas acordou, três meses depois. Ele era um homem jovem e recuperando sua saúde, tinha dinheiro e tudo para se reerguer mesmo que escondido em algum canto do mundo.