Capítulo 20

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Como Collins e Dra. Turner estavam em Virginia, West teria que acompanhar Dr. Irvine até a Universidade de Michigan, pois havia acontecido um assassinato de uma professora.

Estávamos Charlie, Nicholas e eu dentro de um carro, rumo a casa de Gustin Nollan. Mandados por nosso superior.

O clima estava... Terrível.

Nicholas, no volante, não falava comigo, no banco de trás, e não quero conversa com ele, mas ele também não tem bom convívio com Charlie, que estava no carona. Este estava calado. Pois bem, silêncio.

Quando chegamos, saímos todos do carro, escuro e especial do FBI. A casa havia sido isolada, pela polícia.

Charlie foi até o porta-malas e tirou dali uma mochila. Fui até ele.

— O que tem na mochila? — Perguntei, olhando de esguelha,  Nicholas ir em direção a casa.

Ele ainda não tinha vindo aqui, e sequer tem inteiração sobre o caso de Nollan. Este, que está preso.

Mas pelo que tudo indica, ele tinha ajuda, ou mais alguém fazia parte de tudo.

— Só lanternas, e coisas que podemos precisar. A luz da casa foi cortada. — Disse, e sorriu pra mim, fechando o porta-malas.

Sorri de volta.

Mas o que tinha acontecido mais cedo, desde que saí do apartamento dele, ainda estava afetando meus nervos.

Maldito domingo.

Nicholas abriu a porta, com a chave que nós tínhamos, e adentrou a casa, Charlie e eu seguimos seu encalço.

Tudo, mesmo durante o dia, estava muito escuro. Talvez por ser inteiramente de madeira.

Charlie tirou lanternas da mochila, e me estendeu uma, ao adentrarmos a casa.

A liguei clareando a minha frente, a escadaria.

— Cuidado com onde pisa, tem algumas madeiras soltas. Pode torcer o pé. — Charlie disse, todo cauteloso. Ri soprado.

— Quanto cuidado. — Brinquei, passado a lanterna a minha volta. Nada além do que já tínhamos visto.

— Gosto de cuidar das pessoas. — Disse, simples.

— Esqueci que também é médico. — Murmurei.

— Pode ser por isso. — Fez uma pausa. — Mas não posso negar... Meu interesse pessoal, em te ver bem. — Disse tão baixo, só pra que eu ouvisse. Ele se envolveu rápido. Como eu disse, homens, se bem estimulados, na cama, se tornam suscetíveis.

Pois bem, encantado estava.

E o engraçado, era que estávamos na casa que era de um psicopata que estupra homens e os esquarteja, e a preocupação dele, é com meu bem estar.

— Acha que tem mais alguma coisa aqui? — Perguntei a ele que estava bem ao meu lado.

— Creio que não. — Fez uma pausa — Mas para finalizar as diligências, temos que tirar todas as conclusões. — Disse, enquanto íamos em direção a cozinha, então Nicholas surgiu pela porta, de volta. Usando a lanterna de seu celular.

— Tem... Uma coisa lá embaixo. — Falou, a Charlie, com o tom de voz cauteloso.

Ele estava me ignorando. O desgraçado era bom nisso.

— Tem um alçapão, do lugar onde os corpos ficavam, eles foram removidos, mas devem ter deixado alguma coisa. — Charlie disse a ele.

— Eu não vi nada. O alçapão está fechado. Eu ouvi. Um barulho estranho vindo do alçapão na despensa. Parecem gemidos de dor. — Concluiu.

DistópicaWhere stories live. Discover now