Capítulo 34

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Alexis | Sweet but psycho - Ava Max

Oh, ela é doce, mas é meio louca, meio psicopata, de noite ela fica gritando
Eu perdi a cabeça
Oh, ela é gostosa, mas é uma psicopata
Então saia, de noite ela fica gritando
Eu perdi a cabeça.
(...)
Eu sei que é estranho, nós dois somos loucos
Você está me dizendo que sou insana?

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>>> Meses depois.

De volta a New York, onde cometi a maior parte meus crimes. Algemas apertadas em meus pulsos. Segundo dia de julgamento. Sentada em uma cadeira de rodas qualquer. Três meses mofando, se deteriorando, carregando fantasmas de uma tarde, com sonhos terríveis, em uma enfermaria penitenciária. Uma barriga mediana, proeminente, com um bebê adepto da tortura do chute pela madrugada.

E agora, ao meu lado um famoso advogado criminalista, ganhando uma fortuna, mas que simplesmente não conseguiria me defender. Muitos falaram... Charlie Edwards, havia acabado de dar seu testemunho. Foi verdadeiro em cada palavra, como esperado. Ele não olhou em meus olhos, evitou qualquer contato. Como se minha presença o incomodasse, o deixasse em conflito. Ele ainda alegou uma maldita legítima defesa para o que fez com Nicholas. Com um tiro na perna... Obviamente nada cairia sobre ele. O príncipe justo e bom. Patético.

E então, enquanto ele passava pelo corredor, ele fitou minha barriga. Culpa passou pelos seus olhos. Ele matou o pai dessa criança.

E eu olhei de volta, demonstrando todo o ódio que eu sentia, por ele ter destruído a única coisa que ainda valia a pena em minha vida.

E ele seguiu seu caminho, indo embora.

Todos os agentes também deporam. E se foram.

Olivia Collins, infelizmente viva, ainda não pode vir por estar em recuperação. Que pena.

Nas cadeiras atrás de mim, estava Alison. Ela estava presente. Decepcionada e envergonhada. E também, Carmo Vicentinni, este, o novo presidente da Hiusen, que de alguma forma decidiu olhar por mim, por conta da criança. Vittorio Vicentinni, acabou tendo um suposto ataque cardíaco ao saber sobre a morte do meu Nicholas.

Pois bem, Nicholas ter mandado matar o primo, veio a calhar.

Nossa criança, nossa menina, seria herdeira de um império.

E isso, me fazia avançar, essa criança. Apenas ela.

Mas infelizmente, naquela corte, o promotor, e o juiz, estavam prontos para decidir, por mim, o meu destino. E eu sabia, que seis meses após o nascimento, seriamos separadas. E isso, mexe mais comigo do que deveria. Dói.

O juiz voltou a atenção de todos para si, após uma reunião com o juri.

Ele já tinha seu veredicto.

Tensionei na cadeira, mesmo resignada. Preparei-me para isso, não havia como se acostumar, mas simplesmente aceitar.

Ele então, começou a dizer uma centena de protocolos, citando meus crimes, notei que minha gravidez foi uma forma de amenização. Sendo então designada para um presídio feminino estadual de New York, tendo em vista minha dosimetria de pena, aquela seria minha casa para o resto de meus dias. Me restava revirar os olhos. 100... 200...300 anos, se assemelhando a julgamentos de casos de assassinos famosos.

Como Nicholas e eu nos tornamos. Era irônico, e ele não estava aqui pra rir dessa ironia comigo.

A mídia adorava nos citar, tínhamos admiradores que me mandavam cartas na cadeia, apaixonados pela ideia de um amor criminoso, romantizaram-nos como fizeram com Bonnie e Clyde. Quando é que virariamos filme?

Nada disso, no final das contas, fazia diferença.

Não o traria de volta.
Não aliviaria o vazio que eu sinto, a maldita saudade que só piora com o passar dos dias.
Não me traria a liberdade.
Não me aliviaria da culpa, e do peso ao pensar que havia outras formas de ter feito tudo, ao pensar que se não fosse aquela ligação, estaríamos nós três juntos em algum lugar da Europa.

Mas eu não me arrependo das vezes que atirei, das adagas e do veneno. Disso não.

E eu tenho certeza que ele também, não se arrependeu de nada.

Nós somos assim, afinal. Nos apaixonamos, por sermos quem somos.

Mas já não adiantava mais, lamentar. Nicholas havia sido cremado, sem velório ou grandes despedidas. Carmo me disse que cuidou de tudo, pois sabemos como Nicholas odiaria que o vissem daquela forma. Machucado, a pele rasgada, sua beleza arruinada por seu ego, e agora ele estava dentro de uma urna cara em algum cemitério da cidade. E era isso.

A morte nos separou.

E esse julgamento, me separaria de nossa filha.

Saí de meus devaneios, podendo ouvir a voz do velho caquético, digo, o excelentíssimo meritíssimo...

- (...) tendo em vista, a soma dos crimes cometidos por Alexis Osboury, este juri, condena a réu, a prisão perpétua.

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O capítulo foi curto por necessidade da própria história, eu to atualizando os capítulos ja escritos, porque eu entro em semana de simulados da OAB (😴), ou seja, n vou poder chegar perto do wattpad kkkkk, então decidi postar boa parte, e na próxima semana, volto com os capítulos finais...

~ é uma garota (balões rosa rs)

~ perpétua carai

~ sera que charlie e alexis terao seu embate ????

então, eu não fiz uma grande pesquisa sobre legislação americana, eu sei que eles usam commum law, e que em NY, já n se usa mais a pena de morte (como usam no Alabama, onde a Alexis nasceu, (tem umas histórias bizarras lá, eu tava lendo aqui, o sistema penitenciário é tao ruim/pior q o br, quem viu "a espera de um milagre" pode ter uma ideia, mas tbm se vamos falar de EUA, so o que eles fazem com os imigrantes ilegais na fronteira do texas, da pra sacar que as coisas nao sao muito dignas, humanas) VOLTADO se n eu vou começar militar kkkk... MAS como ela reside em NY, resolvi a deixar por lá) o resto foi ficcao pura mesmo e é isto

Obrigado desde já.

Bjs

- cris

DistópicaWhere stories live. Discover now