Capítulo 18

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Peguei um vinho tinto e doce qualquer da adega, (para ser sincera, eu não era muito boa em identifica-los) duas taças, pratos e talheres. Caminhei de volta a sala, eu ainda estava nua, mas embrulhada na manta.

Avistei Nicholas na porta, vestindo apenas sua calça, pagando o entregador. Este era magro, usava óculos, cheio de espinhas, e gaguejava, extremamente desajeitado. Não tinha mais que dezoito anos. Parecia bem virgem.

Coloquei os utensílios e o vinho sobre a mesinha de centro. E sorri pretensiosa, comigo mesma. Passando a mão no nó que fiz na manta, casualmente, e ela simplesmente foi ao chão, deixando meu corpo completamente exposto.

Vi o garoto abrir a boca, e arregalar os olhos ao me ver, para em seguida engolir em seco. Vidrado, focando demoradamente nos meus seios e em minhas partes íntimas. Sem sequer piscar.

Puxei a manta do chão, da forma mais sensual que pude, fingindo estar envergonhada. Notando Nicholas olhando a situação com o cenho franzido, enquanto eu me cobria.

Quando terminei, me sentei no sofá. E pisquei pro garoto.

— E-eu agr-r — Ele tentou, mas Nicholas simplesmente bateu a porta na cara dele. — Fique com o troco. — Disse por fim.

Nicholas veio pra perto de mim colocou os pacotes sobre a mesinha, e cruzou os braços, me encarando, enquanto eu gargalhava.

— Você viu a cara dele? — Perguntei rindo alto, encostando a cabeça no sofá, sem me conter.

— Acaba de dar material pra um mês de masturbação. — Ralhou.

— Fiz a felicidade de um jovem. — Debochei ficando de pé, ainda rindo. E Nicholas deu um mínimo sorriso, contrariado, antes de vir para cima de mim, esperei que ele fosse me beijar, mas para minha surpresa, ele me pegou, me tirando do chão e me jogou de volta, deitada, em cima do sofá.

Mordi o lábio em expectativa, quando o senti vir pra cima de mim, e me prender com seu corpo, colocando suas pernas entre as minhas. Ergui meus braços pronta pra arranha-lo, mas ele segurou meus pulsos e os levou pra trás, os segurando rente a minha cabeça.

Eu sentia seu peso, e seu corpo contra o meu, mas não me incomodava. A pressão parecia fazer tudo ficar mais excitante.

— Alexis, você é o demônio. — Sussurrou, com a boca perto da minha. E eu sorri.

— Você gosta? — Instiguei, olhando em seus olhos. A intensidade entre nós, era quase palpável.

— Gosto. — Sorriu cafajeste. Daquele jeito que me faz querer mata-lo.

Tentei capturar sua boca, mas ele se afastou levemente. Tentei soltar meus pulsos, mas ele os segurou mais firme contra o sofá. Então movi meu corpo em direção ao dele.

Eu iria tentar esse homem até leva-lo pro inferno comigo.

— Vamos comer. — Sibilou, saindo de cima de mim. Ergui meu corpo com os cotovelos. Frustrada.

E ele piscou pra mim.

Esse jogo eu também sei jogar.

Senti meu estômago reclamar, e suspirei, saindo do sofá e me sentando no tapete, em frente a mesinha.

Nicholas observou minha ação, e resolveu me imitar.

— Parece que tenho dezessete anos de novo. — Murmurou.

— Sentar no chão é tão alheio a sua realidade assim? — Perguntei, simples.

— Só faz muito tempo. — Disse olhando a garrafa de vinho. — Boa escolha. — Falou, e eu ergui o nariz, altiva. Como se realmente entendesse alguma coisa de vinhos.

DistópicaOnde histórias criam vida. Descubra agora