O homem olhou de mim para Nicholas e sibilou "desgraçados" entre-dentes.
— Fique calado. — Nicholas proferiu, em clara ameaça, com a arma apontada para ele. — Já que pode andar, ande. — Disse indo até ele.
Peguei a faca no bolso, e a segurei em mãos.
O velho nos encarava com toda a ira possível.
— Anda! — Nicholas mandou, e o homem se pôs a caminhar. — Tem um bunker aqui, não é? Vamos!
E nisso nos guiamos, por um corredor estreito, que seguia ao lado da grande escadaria principal e viramos a direita, descendo alguns degraus forrados em carpete verde enquanto Nicholas tinha a arma apontada para a cabeça do tio. A entrada era aberta apenas por impressão digital.
— Abre a porta. — Mandei.
O homem, vacilante, a abriu, colocando o dedo ali, e então adentramos.
Nicholas passou primeiro, apontando a arma para ele, e eu acendi o interruptor. Mantendo a porta aberta.
Ali tinha inúmeras coisas, algumas poltronas velhas, tapeçarias, baús. Tranqueira.
— Eu não vou perguntar por que o matou. Não me importa. — Nicholas disse, rondando.
— Nicholas, pense bem no que vai fazer... Você pode nunca mais ver esse dinheiro. — O homem disse em tom de ameaça.
— Eu vou ver esse dinheiro... Por que você vai me dar a senha dos bancos onde você colocou a minha herança seu velho maldito! — Vociferou.
— E se eu não disser? — Perguntou nos olhando. Ele estava tentando jogar.
— Você sabe que vai morrer. Mas pode escolher como. Tem alguma idéia pra essa noite, Agente Osbourn? — Nicholas perguntou sorrindo. O sadismo era excitante.
— Membros. Podemos nos desfazer do mais precioso deles. — Murmurei, sorrindo, levantando a faca e a girando.
— Vocês não ousariam. — Disse nos olhando com um animal assustado.
O ponto fraco.
— Ah! Eu ousaria. — Exclamei dando um passo a frente. — Vamos começar?
— Não, não, não. — Disse dando passos pra trás.
— A SENHA! — Nicholas vociferou, segurando a arma com uma mão, e com a outra, retirando o celular do bolso. Ele me entregou o revólver, e pegou a faca, e eu prontamente a apontei para o homem.
Nicholas abriu o app da agência bancária, com faca em mãos e caminhou até Alexander.
— Nem pense em fazer gracinha. — Murmurei, e ele, com as mãos trêmulas, por ter Nicholas com a faca apontada para ele, digitou as informações exigidas.
— Reconhecimento de retina. — Nicholas murmurou, e Alexander pareceu contrariado em o fazer. — Se não quer perder o olho, é melhor ser rápido. — Nicholas sibilou, e puxou o celular o colocando na frente do rosto do outro, enquanto com a outra mão, encostava a faca contra seu pescoço.
Quando feito, Nicholas sorriu grandiosamente, e caminhou até um estofado velho e empoeirado e se sentou ali. E eu mantive em minha posição.
Alexander olhava de mim para Nicholas, enquanto este fazia a transferência, demorou alguns minutos para ser efetuada e eu estava me cansando em ficar ali apontando a arma, sem nenhuma ação já que o velho só sabia rosnar, mas me mantive firme, obviamente.
— Vocês vão me pagar caro. Não sabem com quem estão mexendo. — Grasnou.
Era tanto ódio e tanto medo que era quase palpável.
YOU ARE READING
Distópica
Mystery / ThrillerAlexis Osboury é agente de uma organização de assassinos de aluguel, e agora, tem uma nova missão, diferente de tudo o que já fez: Se infiltrar no FBI para destruir arquivos confidenciais. Ela estava confiante, até que um certo agente do FBI entra e...