Questão De Fé Ou Realidade?

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Dos seis anos até a adolescência, eu adorava visitar minha avó,a quem chamava de Meemo. Quando pequeno, jogávamos paciência e conversávamos sobre Deus e, quando eu baixava aguarda, ela ainda me dava algumas aulas de costura e tricô.

Com o passar dos anos, eu via Meemo atravessar crises queteriam sido devastadoras para a maioria das pessoas. Quando seumarido morreu num acidente de avião, quando seus filhos, umpor um, beberam até morrer, ou quando ela ficava doente, sempre tratava de tudo da mesma maneira. Já aconteceu de encontrá-la arrasada e, quando eu voltava, uma semana depois, percebia que ela estava muitíssimo melhor. Eu sempre dizia:

--Mesmo, você está indo muito bem!

e ela sempre respondia:

-- Entreguei a Deus...

Minha avó nunca explicou o que ela queria dizer com isso,nem me aconselhou a usar essa abordagem em relação a qualquer problema que tivesse, mas eu a vi fazer isso tantas vezes e durante tantos anos que comecei a perceber como aquele método era simples e forte.

Talvez essa particular capacidade mental não seja mais amplamente usada porque muitas pessoas acham que é uma questão defé religiosa. Como não têm fé ou talvez nem queiram essa fé, acreditam que "entregar a Deus" é algo que não está à sua disposição.

A certeza de que existe algo — uma força, um poder, uma realidade, uma inteligência, uma presença — que entende as nossasquestões, o nosso turbilhão interior, e sabe como nos conduzirpara fora dele, faz com que o ato de relaxar e esvaziar a preocupação de nossas mentes seja bem mais simples do que enfrentartodo o problema sozinhos. Não é uma questão de fé, e sim umarealidade.

A história seguinte é sobre um homem que não tinha nenhumafé religiosa, mas usou sua própria consciência para salvar sua vida.


Não Leve a Vida Tão a sérioWhere stories live. Discover now