Cinco: Aceitando A Vida Como Ela É

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O dia começou bem. Até agora não xinguei nenhum
motorista, não comi doces nem coisas gordurosas, ne-
nhum membro da família discordou de mim e não aconteceu
nada desagradável no trabalho. Está tudo indo muito bem, a
não ser por pequeno detalhe: ainda não me levantei, o que sig-
nifica que ainda não enfrentei a avalanche de interferências
que surgem a todo momento sobre como "assumir o controle
de sua vida".
Nós somos o primeiro fator com que teremos de lidar nessa
primeira decisão do dia. Será que você decide o momento exato
em que levanta, a posição exata de suas pernas, as sensações nas
juntas e nos músculos, o pé que pisará no chão primeiro, sua dis-
posição geral quando finalmente consegue levantar? Será que
você controla o que estará pensando?
Considere a hipótese de seu parceiro ou parceira ter um pen-
samento de luxúria e agarrá-lo para uma sessãozinha matinal, ou
ainda de você ser abatido por uma súbita cãibra ou por um filho
pulando em cima. Sejamos honestos: será que alguém controla o
mais básico de todos os atos: começar o dia? Não, é claro que
não. Na verdade, não controlamos nada. É por isso que ser solteiro não nos dá independência, ter saúde não nos dá proteção e assim
por diante.
Fomos criados para acreditar que a essência do controle é
confiarmos em nós mesmos, antes de mais nada. No entanto,
quando pensamos em nós mesmos em primeiro lugar, em que
estamos pensando?

Não Leve a Vida Tão a sérioWhere stories live. Discover now