Capítulo 25: O Conto de Bexley

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Grandes Eventos

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Grandes Eventos.

Eles vem, eles sempre acabam vindo,

E aí, eles acontecem.

Acontecem cada um com sua cor, com seu sabor doce ou amargo, com sua duração longa ou excruciante, com seu teor tóxico ou sua áurea boa.

Como uma diversidade de possíveis acontecimentos em uma vastidão de espaço, escolhas e universos paralelos, a tarefa de descrever um grande evento é nada menos que díficil.

Mas o vazio característico que assola a humanidade constantemente entediada torna fácil a tarefa de saber quando um grande evento chega ao seu fim.

E por isso, no instante em que um grupo de jovens sujos por fuligem emergiram do bueiro vizinho à larga, e enigmática, ex-mansão da família Pang, rodeados pelas centenas de pessoas curiosas que esperavam aquele desfecho tanto quanto qualquer um de nós, ficou claro para a não tão pacata população de Bexley, que aquela história tinha vivido seu climax e agora desfazia-se em seu próprio final.

Leon Lockhead usou da vida que ainda sobrava em seu âmago para carregar a desanimada Galatia Gray até a superfície, sendo imediatamente aparado por Gisele, Gunther e a porção de paramédicos que tinha sido enviado ali caso o pior acontecesse.

Charles Carlile na outra porção da calçada infestada por observadores e Vigilantes, empurrou quem estivesse em sua frente para correr em direção ao filho mais novo. Fora Bay Bachmann quem o tirou da superfície, mas diferente de Galatia Gray, Colt tinha a pele pálida e os lábios arroxeados se contastrando com a camisa encharcada pelo próprio sangue.

A única esperança pendia em sua pele morna.

Sua pele ardente.

- Não... Meu deus, não... - Charles murmurava embaixo do próprio fôlego em meio a incompletas orações que proferia ao passar as mãos pelo rosto do primogênito.

Angela Ashwood e Blanche Balthazar foram as últimas, acompanhadas pelos Vigilantes que a pouco tempo atrás caçavam os outros dois rapazes do grupo.

Agatha e Alexzander esperavam por ela na calçada, mas a menina decidiu se manter no gramado que separava o bueiro da calçada interditada pelo público.

- Será que eles vão ficar bem? - Angela perguntou entre uma tossida e outra.

- Não sei - Foi a resposta de Blanche, que assistia os paramédicos carregarem Catherine Carlile por entre a multidão crucificadora - Eu... Espero que sim. Eu deveria ter sido mais cautelosa.

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