Capítulo 12: Não Salvou O Dia

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Galatia assoprou a nuvem de fumaça que escapava de seu chocolate quente antes de se sentar em uma das duas poltronas paralelas da varanda do pequeno e muito bem decorado hotel no centro da cidade

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Galatia assoprou a nuvem de fumaça que escapava de seu chocolate quente antes de se sentar em uma das duas poltronas paralelas da varanda do pequeno e muito bem decorado hotel no centro da cidade.

Na outra poltrona, que estava ligada à sua por um largo cobertor peludo que envolvia as duas pessoas sentadas, Colt tentava tomar a sua bebida sem queimar a língua.

Os dois observaram a paisagem em um silêncio rico. Observaram as casinhas e as crianças apostando corrida no calçadão, o casal de idosos voltando para casa e os jovens passeando seus cachorros.

- Me conte sobre hoje - Galatia pediu. O vapor quente da bebida avermelhando o rosto.

- Bem... Acho que antes tenho que te contar sobre o que aconteceu há uns anos atrás... - Colt recolheu os pés cobertos por meias para cima da poltrona - Depois que minha mãe... Faleceu, meus irmãos e eu racionalmente ficamos bem abalados. A Catherine brigou com meu pai quando ele se casou denovo poucas semanas depois e antes do final do ano se mudou para Nova-Iorque. O Cedrick começou a andar com outro grupo de ''amigos'', se metia em um monte de brigas em festas e começou a mexer com coisas erradas... Nós não achamos que daria tanto problema na época, até que ele fez uma coisa que... Bem...

- Se não quiser falar sobre isso agora, nós podemos deixar para depois.

- Não, tá tudo bem - Colt assegurou - Não sei se você se lembra da reforma que a prefeitura fez na Praça dos Lustres há uns quatro anos atrás.

- Lembro! O Alexzander sempre anunciava os projetos mas ele fez a reforma de surpresa! Eu lembro por que meus pais acharam o máximo.

- Bem... Essa reforma só aconteceu por que meu pai pediu para o Alexzander fechar a praça depois que... Meu irmão, supostamente, colocou fogo nela.

- O quê!? - Galatia arregalou os olhos. Um incêndio na Praça dos Lustres que ela nunca tinha ouvido falar?!

- Pois é... Meu pai pagou todo mundo que viu para ficar quieto, todos os nossos vizinhos. Aconteceu em uma noite de sábado. Fazia menos e um mês que nossa mãe tinha falecido e meu pai tinha acabado de anunciar o noivado dele com a Camille. Meu irmão não absorveu bem a idéia... Com raiva, ele saiu de manhã cedo e só voltou começo de noite, e assim que a Catherine abriu a porta para receber ele de volta, ela reparou o começo de um incêndio na praça de frente para a nossa casa.

- Que loucura!

- Pois é... Ele tava bem alterado também, e mais tarde depois que os bombeiros controlaram as chamas eles encontraram o isqueiro do Cedrick perto do parquinho das crianças. Era um isqueiro preto, cheio de arabescos, que ele tratava como um filho.

- E aconteceu alguma coisa com alguém!? Alguém se feriu no incêndio!?

- Ai que está... Tinham duas crianças na praça dos lustres brincando no parquinho, quando aconteceu. A praça pegou fogo bem rápido porque na época a estrutura que envolvia ela era toda feita de madeira, mas os bombeiros conseguiram chegar a tempo. Graças a deus não aconteceu nada com nenhuma das crianças. Mesmo assim, meu pai ficou uma fera, principalmente por que do jeito que as coisas aconteceram o incêndio pareceu ter sido totalmente proposital... Meu irmão até hoje jura que não foi ele que fez aquilo, mas eu não sei... Ele estava realmente muito mal quando chegou em casa, só conseguiu responder nossas perguntas no dia seguinte depois que dormiu.

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