A cidade de Bexley esconde verdades de seus cidadãos que a própria verdade desconhece. Isso, até que um suposto suicídio força tais segredos a sairem das sombras para o bem da população não tão pacata desse misterioso município de Vermont. Consequen...
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Galatia Gray inflou os lábios tingidos de rosa na frente de seus espelho, ajeitou as ondulações douradas que ela fabricou nos cabelos em uma sessão desajeitada e cheia de queimaduras com seu babyliss e abriu um botão a mais que de costume em sua camiseta.
Depois da última sexta-feira, quando se reuniu com Colt Carlile no telhado do vizinho, os dois adolescentes planejaram começar pelo começo, que, no ideal deles, era descobrir o que Bay Bachmann estava fazendo perambulando pela região do suposto suicídio na hora do mesmo.
Ambos, Colt e Galatia, haviam entrado em um consenso óbvio de que Bay era inocente e aquilo tudo era só um mal-entendido, mas também era evidente que o Bay estava escondendo alguma coisa que poderia ser fundamental para aquela investigação.
A começar pelo fato de que, embora extremamente pressionado, até o momento presente Bay estava se recusando a dar uma explicação para seu flagra melhor que um "não consegui dormir então fui caminhar".
Desculpa que ninguém em Bexley High engolia.
E embora a maioria das pessoas estivessem crentes de que o tal de Z3r0 não passava de um bagunceiro lunático e ao que tudo indicava não havia sequer a possibilidade de outra pessoa ter sido responsável por tirar a vida de Pao-Tsu, que não fosse ela mesma, a acusação exibida no telão do anfiteatro colocou a reputação de Bay Bachmann de cara com o precipício.
Portanto, se mesmo com sua moral sobrevivendo só com auxílio de máquinas, Bay Bachmann não abria a boca, era por que provavelmente estava escondendo algo cabuloso.
Mas Galatia Gray sabia exatamente como fazê-lo falar. Pelo menos ela acreditava que sabia.
A loira, então, fitou-se uma última vez no espelho. Talvez ela estivesse enlouquecendo, mas algo dentro de si dizia que não. Uma força no âmago de sua alma pedia para que a garota revisasse aqueles acontecimentos.
No dia anterior, Z3r0 havia dito que ninguém conhecia Pao-Tsu para assumir que ela tinha depressão. Galatia à conhecia. Galatia convivia com uma menina que embora fosse tímida, era cheia de vida, e de sonhos e vontades.
Galatia faria aquilo em nome daquela Pao que emanava luz por todo o seu ser. Pois era na versão dos fatos dela, que Galatia Gray acreditava.
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- Marina... Preciso que me ensine a flertar.
Marina Muller levou os olhos da sua tela de celular até Galatia Gray de forma curiosa. Então espaçou os lábios carnudos em um sorriso divertidíssimo.
- Gala, quem você tá querendo pegar e o que você quer saber?! - Disse apoiando seu celular na mesona de madeira do gramado estudantil - Então é por isso que você está toda arrumada!
Galatia até pensou em explicar quais eram seus verdadeiros planos, mas nas poucas vezes em que tentou tocar no assunto de Pao e na possibilidade, os amigos rejeitaram céticos e agiram como se ela só estivesse emocionada com a situação e imaginando coisas.
