Chegamos à porta do colégio.
— Tchau papai, eu te amo, se cuide ok?
— Tchau minha estrelinha, eu também te amo, irei me cuidar sim, e espero o mesmo de você. - Ele me beija na testa e sorrir, retribuo o sorriso e então desço do carro esperando que o dia de hoje não seja tão cansativo.
Primeiro dia de aula é sempre a mesma coisa, criamos expectativas em conhecer pessoas novas e interessantes, porém são as mesmas pessoas inconvenientes e chatas de sempre. As únicas pessoas com quem tenho proximidade no colégio são os meus melhores amigos de infância (Nicollas e Lexy), estudamos juntos na mesma sala desde que entramos no colégio, espero sinceramente que nesse ano as coisas não mudem.
Ouço um grito no corredor:
— PIRANHAAAAAAA!
Penso que é a voz de Lexy e tenho a confirmação logo depois que ela vem por trás pulando nas minhas costas.
— Osso pesa Lexy! - dou risada, mas ao mesmo tempo sinto minha coluna doer. — Sai de cima, retardada. — Ela sai das minhas costas e me abraça forte. — Também estava com saudades. — Digo sorrindo.
— Também?! Eu nem senti sua falta! — Ela rir.
— Uau Lexy, tudo bem!
— Larga de drama piranha, tu sabe que eu estou brincando.
— Você sabe que eu levo pro coração.
— Que coração? Ops, desculpa, foi mais forte que eu!
— Ata, fofa. – falei ironicamente
No mesmo momento sinto braços quentes me entrelaçando por trás.
— Pensei que não viria hoje Nicollas. — Falei já sabendo quem está atrás de mim.
— Cê não disse que não estava se sentindo bem? — Queria lhe fazer uma surpresa, minha princesa. — Ele sempre me chama assim, desde quando erámos mais novos.
Virei para ele e sorrir, logo dei-lhe um abraço apertado.
— Já não era para vocês estarem na sala de aula?!- ele falou.
— Meu Deus, A AULA! – falo me lembrando do que eu realmente fui fazer naquele lugar.
Fomos então até a sala, e ao entrar disse a mim mesma revirando os olhos:
Que ótimo, os dias de tortura voltaram!
10:00 AM
Depois dos três primeiros horários, finalmente soou a sirene para o intervalo.
— Pensei que aquela aula nunca mais acabaria! – Bufo com a boca.
— Nem me fale, exatas me cansa! – Diz Lexy.
— Cadê o Nicollas? — Perguntei, percebendo que o mesmo não estava mais atrás da gente.
— Olha ele lá. — Apontou com a cabeça para o nosso lado.
Assim que olho, o vejo conversando com uma menina, de cabelos loiros, pele clara e sorriso largo, largo até demais!
— Quem é essa? - Pergunto levantando a sobrancelha.
— Não faço ideia. — Responde Lexy.
Ao perceber que nós estávamos olhando na sua direção, Nicollas retorna.
— Voltei bebês.
— Nem percebi que tinha ido. —Falo friamente.
— Ah, sério? Não foi isso que eu notei. — Ele está se referindo a me ver olhando para ele. Sério que ele notou?
— Não teve como não notar, não da forma que estava olhando. — Ele fala lendo os meus pensamentos. Às vezes o Nicollas me assusta, como me conhece tão bem? Parece o meu pai, Deus me livre!
— O quê? — Me finjo de desentendida.
— Isso mesmo o que cê entendeu, meu anjo — pisca para mim.
Eu reviro os olhos.
— Essa viadagem de vocês dois já acabou? — Lexy diz estalando os dedos para chamar a nossa atenção. - Vocês falam demais e, eu só quero comer. - Fala nos puxando em direção a fila da merenda.
Voltando da fila, quando Nicollas foi falar com os amigos, Lexy me pergunta:
— Ciúmes do Nicollas?
— Ciúmes?! Não! Só queria saber quem era ela porque nunca tinha a visto no colégio.
— Aham... Pode deixar que eu descubro pra ti. — Ela pisca para mim.
— Não vem com essa, da última vez que você fez isso, não deu certo!
— Eu nem me lembro disso.
— Óbvio que não, foi comigo que aconteceu! Na época tu conseguiu achar o facebook do menino que eu estava crushando, o do ensino médio, fui falar com ele animada e sabe? Até hoje aguardo resposta.
— Será que não era porque você tinha uns dez anos, do ensino fundamental, ainda usava roupa da Barbie e ele era um adolescente de dezoito anos, no último ano do ensino médio? — ela fala gargalhando.
— Cala a boca Lexy, eu era uma fofa!
— Uma criança! Ah! Ainda tinha as fotos que cê tirava com a linguinha para o lado de fora.
— Aquilo era sexy, tá?!
— Super! — Ela diz ironicamente.
A sirene toca e interrompe a nossa conversa.
"Era a hora de voltar ao inferno" pensei, e lá estava eu, indo novamente para a "sala da tortura".
CZYTASZ
A Busca Pela Verdade (EM REVISÃO)
AkcjaO livro A Busca Pela Verdade é dividido em três fases: a adolescência de uma menina chamada Megan Marshall, que com seus dezesseis anos tinha uma vida perfeita ao lado de seus amigos e seus pais, mas sempre na nossa adolescência enfrentamos problema...