Parte 2

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Chegamos à porta do colégio.

— Tchau papai, eu te amo, se cuide ok?

— Tchau minha estrelinha, eu também te amo, irei me cuidar sim, e espero o mesmo de você. - Ele me beija na testa e sorrir, retribuo o sorriso e então desço do carro esperando que o dia de hoje não seja tão cansativo.

Primeiro dia de aula é sempre a mesma coisa, criamos expectativas em conhecer pessoas novas e interessantes, porém são as mesmas pessoas inconvenientes e chatas de sempre. As únicas pessoas com quem tenho proximidade no colégio são os meus melhores amigos de infância (Nicollas e Lexy), estudamos juntos na mesma sala desde que entramos no colégio, espero sinceramente que nesse ano as coisas não mudem.

Ouço um grito no corredor:

— PIRANHAAAAAAA!

Penso que é a voz de Lexy e tenho a confirmação logo depois que ela vem por trás pulando nas minhas costas.

— Osso pesa Lexy! - dou risada, mas ao mesmo tempo sinto minha coluna doer. — Sai de cima, retardada. — Ela sai das minhas costas e me abraça forte. — Também estava com saudades. — Digo sorrindo.

— Também?! Eu nem senti sua falta! — Ela rir.

— Uau Lexy, tudo bem!

— Larga de drama piranha, tu sabe que eu estou brincando.

— Você sabe que eu levo pro coração.

— Que coração? Ops, desculpa, foi mais forte que eu!

— Ata, fofa. – falei ironicamente

No mesmo momento sinto braços quentes me entrelaçando por trás.

— Pensei que não viria hoje Nicollas. — Falei já sabendo quem está atrás de mim.

— Cê não disse que não estava se sentindo bem? — Queria lhe fazer uma surpresa, minha princesa. — Ele sempre me chama assim, desde quando erámos mais novos.

Virei para ele e sorrir, logo dei-lhe um abraço apertado.

— Já não era para vocês estarem na sala de aula?!- ele falou.

— Meu Deus, A AULA! – falo me lembrando do que eu realmente fui fazer naquele lugar.

Fomos então até a sala, e ao entrar disse a mim mesma revirando os olhos:

Que ótimo, os dias de tortura voltaram! 

Que ótimo, os dias de tortura voltaram! 

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10:00 AM

Depois dos três primeiros horários, finalmente soou a sirene para o intervalo.

— Pensei que aquela aula nunca mais acabaria! – Bufo com a boca.

— Nem me fale, exatas me cansa! – Diz Lexy.

— Cadê o Nicollas? — Perguntei, percebendo que o mesmo não estava mais atrás da gente.

— Olha ele lá. — Apontou com a cabeça para o nosso lado.

Assim que olho, o vejo conversando com uma menina, de cabelos loiros, pele clara e sorriso largo, largo até demais!

— Quem é essa? - Pergunto levantando a sobrancelha.

— Não faço ideia. — Responde Lexy.

Ao perceber que nós estávamos olhando na sua direção, Nicollas retorna.

— Voltei bebês.

— Nem percebi que tinha ido. —Falo friamente.

— Ah, sério? Não foi isso que eu notei. — Ele está se referindo a me ver olhando para ele. Sério que ele notou?

— Não teve como não notar, não da forma que estava olhando. — Ele fala lendo os meus pensamentos. Às vezes o Nicollas me assusta, como me conhece tão bem? Parece o meu pai, Deus me livre!

— O quê? — Me finjo de desentendida.

— Isso mesmo o que cê entendeu, meu anjo — pisca para mim.

Eu reviro os olhos.

— Essa viadagem de vocês dois já acabou? — Lexy diz estalando os dedos para chamar a nossa atenção. - Vocês falam demais e, eu só quero comer. - Fala nos puxando em direção a fila da merenda.

Voltando da fila, quando Nicollas foi falar com os amigos, Lexy me pergunta:

— Ciúmes do Nicollas?

— Ciúmes?! Não! Só queria saber quem era ela porque nunca tinha a visto no colégio.

— Aham... Pode deixar que eu descubro pra ti. — Ela pisca para mim.

— Não vem com essa, da última vez que você fez isso, não deu certo!

— Eu nem me lembro disso.

— Óbvio que não, foi comigo que aconteceu! Na época tu conseguiu achar o facebook do menino que eu estava crushando, o do ensino médio, fui falar com ele animada e sabe? Até hoje aguardo resposta.

— Será que não era porque você tinha uns dez anos, do ensino fundamental, ainda usava roupa da Barbie e ele era um adolescente de dezoito anos, no último ano do ensino médio? — ela fala gargalhando.

— Cala a boca Lexy, eu era uma fofa!

— Uma criança! Ah! Ainda tinha as fotos que cê tirava com a linguinha para o lado de fora.

— Aquilo era sexy, tá?!

— Super! — Ela diz ironicamente.

A sirene toca e interrompe a nossa conversa.

"Era a hora de voltar ao inferno" pensei, e lá estava eu, indo novamente para a "sala da tortura".

A Busca Pela Verdade (EM REVISÃO)Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz