20:40 PM
Após um dia longo, eu e Lexy fomos até sua casa, logo depois de termos passado em um supermercado e varrido praticamente o local inteiro "comprando várias coisas que nos fizessem engordar", e principalmente, muitas pizzas. Passados tantos anos, hoje — depois de Lexy me implorar, alegando que "preciso relaxar um pouco mais" - será a nossa noite de pijama, como costumávamos fazer quando éramos crianças.
Passamos praticamente à noite inteira assistindo filmes clichês de adolescentes e não poderíamos deixar de assistir o que mais amávamos: "meninas malvadas".
— Nas quartas-feiras nós usamos rosa. — Falamos em uníssono.
— Só faltou o Nicollas. — Ela fala a rir.
— Realmente...
Como se eu estivesse em um transe, me desligo do mundo real e mergulho em lembranças adolescentes, e todas elas tinham o Nicollas.
16/07/2009
21:09 PM— Nas quartas-feiras nós usamos rosas. — Falamos em uníssono.
— Meu Deus Nicollas, você é péssimo imitando uma garota! — falo a rir.
— Me respeita piranha, fala isso porque sou melhor que você, não aceita! — afina a voz tentando imitar uma mulher ao mesmo tempo em que balança seus cabelos longos e imaginários. — Vou ao banheiro. — Comenta ao sair da sala enquanto rebola com os quadris.
Depois de tanto estranharmos a demora do Nicollas, gritamos por ele:
— VAI DESCER PELO VASO É?
—Ei! Não fale assim com uma dama! — Ele fala ao sair do quarto de Lexy
— NÃO NICOLLAS! — Lexy grita enquanto estou com meus olhos arregalados, aquilo com certeza é a visão mais escrota do mundo!
—Vida de mulher cansa! - boceja falsamente.
— Tira a minha lingerie! AGORA! — ela corre atrás dele, à tropeçar nas almofadas que estão no chão.
Ele foge dela ao mesmo tempo em que rir, com seus lábios pintados de vermelhos e seus cabelos lotados de xuxinhas, cada uma delas com cores diferentes.
— VOLTA AQUI, EU VOU TE MATAR! — vejo o semblante de Lexy endurecer e a mesma ferver de raiva.
Dias atuais:
O som da campainha toca, me fazendo despertar.
— Abre para mim. - Lexy pede.
— Vai você, tenho que tomar um banho, estou acabada! - preciso refrescar a mente e tentar fazer com que essas lembranças vão embora.
— Aproveita então para abrir a por...
— Tchau Lexy. — A interrompo correndo em direção ao banheiro.
Ouço seus gritos a me xingar. Logo depois, escuto o barulho da porta à abrir e ela à gritar pelo nome que eu tanto conhecia:
— NICOLLAS!
Sem acreditar no que ouvi, saio à andar do banheiro em direção à sala, e ao chegar, encontro o Nicollas, ali, bem na minha frente. No mesmo instante, quando ouve passos no piso da sala, ele olha em minha direção, e vejo seus lábios formarem um sorriso, o meu sorriso! Meu coração erra uma batida, fico imaginando o que falar, porém não consigo pronunciar nenhuma palavra. Quando dou um passo à frente, em sua direção, a toalha que está enrolada ao meu corpo — toalha essa que nem percebi que estou a usar. — Cai no chão, e o meu constrangimento toma conta do ambiente, a boca deles formam um "o" e, meu rosto fica da cor dos meus cabelos ruivos. Aquela situação seria engraçada se, não fosse trágica.
Maldita toalha!
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A Busca Pela Verdade (EM REVISÃO)
ActionO livro A Busca Pela Verdade é dividido em três fases: a adolescência de uma menina chamada Megan Marshall, que com seus dezesseis anos tinha uma vida perfeita ao lado de seus amigos e seus pais, mas sempre na nossa adolescência enfrentamos problema...