Capítulo 23. Será que é bom mesmo mentir por um bem maior?

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— Agora, como iremos fazer isso? — pergunto.

— Infelizmente, no Brasil com dinheiro se compra tudo, até mesmo a morte. O dinheiro entra, seu corpo sai! Entraremos em acordo, com a equipe médica responsável pelo seu caso e a funerária.

— Esse é o problema meu amigo, dinheiro! Eu não terei meu dinheiro se, estou morto. Como pagarei por isso?

— Não se preocupe, deixe isso comigo.

— Não! Não quero pedir mais de você, muito menos em questão financeira!

Andrew, você mesmo disse que, não poderá voltar, não temos outro jeito há não ser forjar a sua morte, e sem o meu dinheiro, isso não acontecerá! Assim que concluirmos a investigação para acharmos o culpado, você poderá voltar para casa e se quiser, me devolve o dinheiro, numa boa, cara!

— Você desistirá se eu não concordar contigo?

— Você sabe que não!

— Então... já que entramos nessa, vamos até o fim, não é mesmo?!

— Esse é o Andrew que eu conheço! - dá um leve tapa no meu ombro.

— Cara, qual é o seu problema com meu ombro?!

Ele dá um leve sorriso e, então muda de assunto:

— Precisamos te tirar logo daqui, sua família já deve estar vindo.

Eu nunca pensei que, eu mentiria para elas desse jeito que as magoassem tanto, mas... eu não encontro outra opção, ou as faço pensar que, eu morri, ou as coloco em perigo junto a mim e, isso é algo que não farei!

— Preciso de mais um favor... — digo-lhes com lágrimas nos olhos

— Fale, meu amigo.

— Elas irão querer ver o meu corpo, principalmente minha Meghy... ela é mais impulsiva e determinada, ninguém consegue tirar uma ideia de sua cabeça à não ser eu, por isso, preciso que lhes diga que, eu fiz um pedido para elas antes de morrer e, que era meu último. Diga-lhes que... eu não quero ser visto nesse estado, quero que guardem uma boa lembrança minha, e não essa.

— Isso vai parecer...

— Egoísta?! — interrompo-o. — sim, mas não é... seria ruim para elas também, me ver desse jeito as torturariam e, é isso que você vai falar para elas... tudo bem? — falo entre soluços.

— Cara, se vai ser difícil para mim, imagina para você... — respira fundo, enquanto lágrimas deslizam pelo seu rosto. — Eu faço isso por você!

— Obrigado, irmão!

— Você irá reencontra-las em breve.

— Espero que sim!

A Busca Pela Verdade (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora