Capítulo 28. O quão perto da verdade você acha que pode chegar?

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— Porra... porra, porra! — Pego o celular desesperada e ligo para Lexy.

Este celular está fora de área ou desligado.

Tento novamente e ouço a mesma voz eletrônica irritante!

— Mas que caralho! — grito.

— O que foi Meghy? — Thomas pergunta ainda perplexo.

— Minha m... Sophie, ela não está aqui em casa, ela saiu Thomas, ela só pode ter ouvido nossa conversa. Eu estava certa, quem tentou matar ele vai querer matar de novo... ela foi atrás de meu pai. — Coloco as mãos na cabeça. — Não você. — Sussurro, mas não baixo o suficiente para ele não ouvir.

— Como assim não eu? — pergunta confuso até sua ficha cair. — Meghy... você achou que fosse eu? — ele me olha em um misto de descrença e decepção.

— Desculpa Thomas, é que...

Começo a contar o porquê de termos suspeitado dele, antes de te pedir desculpas de novo por ter pensado isso do mesmo.

— Tudo bem... era realmente suspeito, eu te entendo Meghy... é seu pai e você estava desesperada, nunca poderia imaginar quem realmente fosse o culpado...

— A minha própria mãe. — Concluo. — Vamos atrás dela, vamos pro ferro velho!

— Eu vou com vocês!

— Não! Eu não quero você perto de mim! — o impeço.

— Meghy, eu sei que errei, e se que não quer me ver mais em sua frente, entendo isso tudo, mas, também sei que posso ajudar. Em todo esse tempo que trabalhei para Sophie, consegui conhecer a forma do seu raciocínio, sei que ela não estará lá no ferro velho, ela deve ter os levado para outro lugar e, eu tenho uma sugestão.

Iria negar novamente, mas antes das palavras saírem da minha boca, Thomas me interrompe a tocar no meu ombro:

— Sei que é difícil, eu mesmo quero socar a cara dele... mas vamos ser racionais e não sentimentais, ele realmente pode nos ajudar.

Respiro fundo, contraindo todo ódio que sinto.

— Ok. Mas, se você falar um "a" no meio do caminho, eu soco sua cara! — falo.

André balança a cabeça em afirmativo.

André balança a cabeça em afirmativo

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04:30 AM

Depois de termos ido ao ferro velho e realmente termos constatado que André estava certo, ao chegarmos lá e só encontrarmos o celular de Lexy no chão junto com um pedaço pequeno de madeira sujo de sangue, que provavelmente foi usado para nocautear alguém. Fomos então para o local sugestivo de André, uma cabana em Mutuípe, um município da Bahia. Exatas cinco horas de viagem. Não sabia que minha mãe tem uma cabana aqui e estou focada demais em achar meu pai e Lexy para perguntar a André como ele sabe disso, mas é provável que ele tenha investigado já que, esse também é o papel de um policial. Vamos lá que ele não levava muito ao pé da letra o que é ser um policial de verdade, já que foi corrupto ao entregar assuntos confidenciais para uma mulher que não era da polícia, por dinheiro... por seu pai, ele fez isso por seu pai... assim como eu fiz coisas pelo meu, mas... eu não estraguei a vida de ninguém para conseguir isso e, ele fez isso mesmo indiretamente.

A cabana. Mesmo sendo nome de um filme religioso, isso está parecendo mais um filme de terror. Um lugar tomado por mato e com uma cerca em sua frente. Pude sentir o clima pesado. A cabana caindo aos pedaços, sem vizinhança, realmente um ótimo lugar para se levar alguém ou exatamente duas pessoas que foram raptadas.

Dá para vez o carro de Sophie estacionado na sua porta e agora sim, a ficha cai... foi ela mesmo, não tem para onde correr, a verdade está bem na minha frente e está sendo difícil de engoli-la. Entro junto com Thomas e André, andando com passos leves e silenciosos para não chamar sua atenção. Tentamos abrir a porta da frente, mas ela está trancada, nunca pensei que uma porta fodida dessa tinha tranca, mas é isso mesmo, as aparências enganam, assim como a de Sophie enganou. André pegou alguma coisa pequena no seu bolso e colocou na tranca, tentando abrir habilidosamente a porta e, conseguiu. Tentamos abri-la o mais devagar possível para não chamar atenção, mas ainda assim essa porra velha fez uma zoada desgraçada.

— Quem está ai?! — ouço o grito de Sophie. Sem resposta ela continua — Seja quem for, não se aproxime... se não mato os dois!

Com o coração doendo e os olhos cheios de lágrimas, sigo em frente à chama-la com os meninos logo atrás, enquanto André está com suas armas em punho:

— Mãe!

A claridade é pouca pois, ainda é madrugada, mas tem uma lâmpada malmente funcionando no teto, o que é suficiente para ver o seu rosto, que se entristece ao me ver, ao mesmo tempo em que ela olha para Lexy e meu pai amarrados juntos em cadeiras diferentes, enquanto um se encontra de costas para o outro. Lexy ainda está sonolenta, mas balança seu braço que está preso na mesma corda que o braço do meu pai, fazendo-o despertar.

— Não chegue perto minha filha... — ela chora. — Se não eu os mato. — Fala enquanto aponta a arma para a cabeça de Lexy.

A Busca Pela Verdade (EM REVISÃO)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora