Capítulo 16. Uma visita ao passado.

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17:10 PM

Assim que entro pelo portão, vejo que a casa ainda está sendo bem cuidada

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Assim que entro pelo portão, vejo que a casa ainda está sendo bem cuidada. Dalva continua vindo, toda semana para limpá-la, mesmo que, ninguém more por aqui. Podíamos vendê-la ou alugá-la, porém não aguentaríamos ver outra família na casa que marcou nosso passado, também, não posso ficar aqui enquanto estou no Brasil, com cada cômodo me fazendo lembrar todos os dias de tudo que eu vivi. Seria uma completa tortura, acordar e não ver o meu pai à tomar café, sentar-me ao sofá para assistir algo e lembrar que era ali, que ficávamos assistindo Supernatural à comer pizza. Mas hoje, não tinha como ignorar a minha vontade de vim até aqui, pelo menos uma vez, uma única vez, quero ver como tudo está, quero me lembrar, me lembrar dele, porque só assim, mesmo que, sejam só lembranças, posso tê-lo comigo.

Logo depois do portão, tem um pequeno jardim, jardim esse que nós mesmos fizemos. A lembrança daquele dia vem de um jeito que, parece ser tão recente...

Papai?

Oi meu sunshine.

Eu não estou conseguindo. Está muito difícil! — falo deixando a pazinha de lado, retirando ao mesmo tempo as minhas luvas.

Eu te ajudo. Pega minhas mãos a guiá-las. Você consegue, meu amor, só não desista de tentar!

Andrew! minha mãe o grita da sala. Você está atrasado para o trabalho!

O restaurante pode esperar um pouco. diz passando a mão pelos meus cabelos, ao mesmo tempo em que lhe dou um sorriso.

Ele sabia que aquilo era importante para mim, pode parecer besteira, mas, quando eu era pequena, sonhava em fazer o meu próprio jardim, e ele me motivou e acreditou que eu seria capaz. Esse dia se marcou em minha memória, não por eu ter realizado meu sonho, mas, por ele ter deixado tudo de lado e, até mesmo o seu trabalho, para ajudar-me a realizá-lo. Nesse mesmo dia, depois de estar atrasado por duas horas, meu pai saiu às pressas para o trabalho e, com terra por toda sua roupa, mas quem diria que, todo aquele esforço, daria em um lindo jardim?! Cada flor de uma cor diferente, de uma espécie diferente, tudo bem do jeito que eu queria, que nós queríamos.

Ando pelo meio do jardim, por uma passagem de madeira que dá direto à porta de entrada para a sala.

Logo ao entrar, dá para perceber como a casa é grande, tendo em si três andares. A sala, sala de estar, cozinha e banheiro ficam aqui no térreo.

Em uma das estantes na sala, tem nossos retratos. Fotos de minha mãe, Thomas e meu pai de quando eram jovens. Dos piqueniques na Barra, das festas em família, entre tantos outros momentos, o que me fez pensar em, como uma tragédia com uma pessoa, pode mudar tantas vidas.

Depois de analisar todos os retratos, vou em direção às escadas que dão ao primeiro andar, onde se encontra o meu antigo quarto em uma divisão, e, o de meus pais em outra.

Após encontrar o meu quarto exatamente igual como eu deixei, com o seu designer de constelações, visito os outros andares da casa, onde fica os quartos de hóspedes — terceiro andar — e o salão de jogos — quarto andar — salão esse onde aprendi a jogar sinuca, com a ajuda de meu pai e, fiquei tão boa que ele, o mesmo que me ensinou, começou a perder para mim.

A Busca Pela Verdade (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now