Parte 2

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— Mas que porra é essa?! O que você fez?? — falo ao ver André na frente do corpo, com a sua arma na mão.

Corro em direção ao corpo de Lorenzo.

— Não! Acorde!! — falo sacudindo-o.

— Eu não fiz nada! Alguém atirou nele!

— Quem?? Quem atirou nele?! — pergunto a gritar.

—Mantenha a calma, Megan! — Lexy chega a falar, tentando controlar a situação. — De onde veio o tiro?!

— De lá. — Aponta para sacada de um prédio à nossa frente.

Ao olharmos, vemos o vulto de uma pessoa a sair.

— Todas as unidades, repetindo, todas as unidades. Precisamos de reforços, agora! Rua São Carlos, Edifício Bela Vista. — Fala pelo rádio na sua mão, enquanto corre em direção ao prédio com uma arma na outra. - Você! - aponta para André. - Proteja-a.

Logo, vejo carros da polícia cercarem todo o local.

Tudo à minha volta parece estar em câmera lenta, minha cabeça dói e a única coisa que eu consigo pensar é que, estive perto de consegui saber o que aconteceu naquela noite, quem e por que armaram para o meu pai. Depois do que aconteceu... eu só preciso relaxar um pouco, essa tensão está acabando com meu psicológico, eu só preciso respirar.

Assim que volto para realidade, percebo que tem uma praia há alguns metros dali. Vejo soldados com coletes e armas na mão, correndo para o prédio e, estou andando no meio deles, porém, seguindo em direção oposta, seguindo em direção à praia.

— Megan! Para onde está indo?! — André pergunta.

Depois de andar um pouco, chego onde eu queria. Ao colocar os pés na praia, sinto-me afundando em cada grão de areia.

O choro e soluços tomam conta de mim, é como se até o ar, naquele momento me sufocasse. Me relembro mais uma vez que preciso ser forte, forte pelo meu pai, ele e eu, merecemos saber a verdade. Limpo as lágrimas que estão a cair e, percebo que as minhas mãos estão sujas de sangue, o sangue de Lorenzo. Ando em direção à beira do mar, para limpa-las. Assim que as coloco na água, sinto alguém atrás de mim e, logo ouço a sua voz:

— Megan... - é André.

Me viro em sua direção quando, o mesmo continua a falar.

— Eu sinto muito...

— Está tudo bem... — fico cabisbaixa.

— Eu percebi uma coisa em você, desde que te vi com esse teu jeito desaforado a me enfrentar. — Me foge uma risada ao lembrar. Ele segura a ponta do meu queixo, puxando-o para cima. —Percebi o quanto se impõe quando algo realmente lhe interessa e, por isso, sei que iremos encontrar outro jeito de resolver essa quebra — cabeça, acredite! — pega em minha mão e a acaricia suavemente com o seu polegar. — Irei me dedicar ao máximo à esse caso, não só porque é minha obrigação, mas porque sei que é importante para você.

Vou dizer que, por essa eu não esperava. Não é que o cretino sabe ser gentil.

— Por que é importante para mim?! Pensei que não gostasse de mim.

— E não gosto, nem um pouco! — fala sorrindo de canto.

A Busca Pela Verdade (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora