Parte 3

33 7 0
                                    

Hoje
09:30 AM

Eu sonhei tanto com esse nosso reencontro, mas eu preciso que me diga: o que aconteceu naquela noite? Como conseguiu sobreviver até hoje e por quê... Por que não nos procurou?

Ele começa a contar cada detalhe do ocorrido, fazendo-me sentir como se, naquele dia eu estivesse lá.

23/04/2010
23:16 PM

Olho para tela do meu celular:

6 Chamadas perdidas de Meu amor.

Estava tão ocupado a arrumar a cozinha do restaurante e não percebi que Sophie tinha me ligado. Retorno então sua ligação.

Amor?

Onde você está e por que não atendeu às minhas ligações? pergunta furiosa do outro lado da linha.

Calma meu amor, estou no restaurante a organizar algumas coisas, e esse também é o motivo por não te atender, estava tão ocupado que não ouvir tocar.

Você e essa mania insuportável de ser o último a sair do restaurante. Sempre tem algo para resolver, certeza que estava limpando a cozinha pela décima vez no dia.

Está bem... você venceu. Eu realmente estava dando uma checada na cozinha antes de ir embora. - Falo enquanto dou risada da situação.

Sai daí e vem logo para casa! Já estou com saudades.

Vou fazer isso agora, meu bem, até já. Eu te amo!

Eu te amo, meu amor!

Espero ela desligar o telefone, já que eu nunca consigo fazer isso.

Assim que ela desliga, meu celular me avisa:

Bateria fraca

Droga! Sophie me xingaria essa hora se soubesse, pelo tanto que ela me avisa para sair com carregador. Maldita teimosia!

Quando estou a pegar a chave do carro na bancada da cozinha, ouço um barulho vindo do salão. As coloco novamente onde estava, e pego o celular que está no meu bolso. Com a tela em brilho no mínimo, já que está descarregando, disco o número "190", assim que aperto para chamar...

Desligando...

Puta merda!

Procuro por algo à minha volta até que encontro... uma vassoura, claro! Bela opção para se defender, sendo que você está em um restaurante, onde se tem facas!

Foda-se! Vamos em frente, Andrew e sua vassoura assassina!

Assim que chego ao salão principal, vejo um homem saindo da central de ar-condicionado.

Mas que porra?! Como ele entrou? Eu tranquei a porta! Tranquei?

Ei, o que está fazendo aqui?! O estabelecimento está fechado! grito.

Ele olha em minha direção com o semblante assustado e, corre em rumo à saída.

Volta aqui! corro ao seu sentido.

Alcanço - o e com um impulso do meu corpo, consigo derruba-lo no chão. Ele consegue me tirar de cima do seu corpo se levantando com certa dificuldade, assim que me ergo para confronta-lo, sinto um soco certeiro no meu queixo.

Fico atordoado com a força do seu golpe e, a última coisa que vi antes de desmaiar, foi seu sorriso doentio.

A Busca Pela Verdade (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now