Capítulo 22: Aquele Aonde A Vida Amorosa de Angela Salva o Dia

Começar do início
                                    

Leon também correu em sua direção, seguido por Angela.

- Foi ela quem fez isso tudo? - Colt passou na frente, envolvendo Galatia pelas costas e compensando toda a tensão com sua voz concentrada e calma - Ela está fugindo, é isso? - Deduziu.

- É... - Rogers confirmou com uma assentida - Ao que tudo indica...

Galatia sentiu-se prestes a vomitar. Sua visão era turva e tunelada. Ao seu redor o mundo parecia estar perdendo as cores.

Não.

- E vocês acharam prudente não avisar ela?!

Não.

"Isso poderia ter comprometido a missão"

"Poderia ter comprometido a vida dela!"

Não.

Vida.

Marina? Não.

Galatia não conseguia mais distinguir seus cinco sentidos. Estavam todos borrados em um âmago caótico.

Só conseguiu lembrar da imagem de Marina na distância antes de apagar contra o concreto, antes que os braços de Colt ou o grito de Angela pudessem a aparar.

Só conseguiu lembrar da imagem de Marina na distância antes de apagar contra o concreto, antes que os braços de Colt ou o grito de Angela pudessem a aparar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Duas semanas depois.

Haviam se passado duas semanas desde que e a denúncia de Aiden Azura se tornou pública.

A população de Bexley que já não tinha mais meios para se reerguer, entrou em estado de alerta e aproveitou do recesso da primavera para cancelar de vez as aulas e a economia.

As ruas estavam desertas, as portas trancadas, as cercas agora tinham toldos elétricos e o clima ainda não tinha esquentado.

Mas ninguém ligava. Ninguém pedia por chuva, calor, aulas ou empregos. Só queriam de novo o espírito pacato e tedioso que reinava aquele pequeno município. Só queriam de novo o que todos acreditavam que a jovem Marina Muller tinha roubado; a paz e a segurança.

Galatia ajustou o corpo mole no sofá de sua sala. Estava ali a incontáveis horas e incontáveis dias. Não se sentia capaz de pensar nem manifestar nada do que guardava dentro de si, então escolheu sua sala como casulo por tempo indefinido.

Foi quando respondeu um falhado "Não, obrigado" para a oferta que o pai fez de um chocolate quente que percebeu que não escutava a própria voz em uma boa porção de tempo.

Bexley Tales Onde histórias criam vida. Descubra agora