- Bem... Não - Leon confessou com as mãos entrelaçadas atrás das costas. Bay concordou com a cabeça, igualmente ressabiado.
- É sério? Nós viemos até aqui só para entrar dentro do lago e vocês não trouxeram uma toalha? Vai me dizer que ninguém pegou um calção, também.
Bay e Leon se entreolharam culposos, fazendo Colt espalmar as mãos contra a própria cara.
- Eu não acredito nisso. O que é que você colocou dentro dessa mochila então? - Colt apontou para a que estava pendurada em Bay.
Leon tomou a de seus braços e passou a investiga-la.
- Só tem carteira, uns papéis de bala e uma caixa de camisinha... - Disse, com as sobrancelhas apertadas em desconforto. Leon e Colt então devolveram a Bay um olhar confuso como quem diz ''Que merda é essa?''.
- Nunca se sabe, cara - Ele deu de ombros, confiante - Vai que alguma mina me chama para a casa dela depois que a gente sair daqui? Esse ganso precisa dar uma afogada em outro lugar mais quentinho - Bay riu sozinho, apontando para a própria virilha.
Leon revirou os olhos e Colt balançou a cabeça.
- Eca, mano - O primeiro disse - Não era você que era o religioso da vez?
- Vamos começar pelos pés - Colt ordenou, em uma tentativa desesperada de acabar com aquele assunto e voltar a atenção dos três à missão.
Com um salto ágil Galatia Gray pulou o portão da escola pela ala oeste. Seguida dela, Angela fez o mesmo. Blanche, foi a última, que com certa dificuldade precisou que as outras companheiras a puxassem.A estrutura de três andares do colégio junto aos pilares que o rodeavam só eram visíveis pela luz fraca vinda dos postes de rua.
Galatia engoliu a seco. Já tinha ficado algumas vezes à noite no colégio, especialmente depois que começou a fazer natação. Mas a madrugada junto ao assovio do vento pareciam colocá-la dentro de um filme de terror.
As três, então, a passos gatunos entraram dentro da escola e atravessaram o escuro e bem polido corredor até a sala de informática.
Ao chegarem na portinha de vidro do local, Galatia não foi capaz de conter um arrepio ao lembrar-se daquela mesma sala isolada por fitas amarelas e envolvida por Vigilantes no dia do assassinato de Jennevive Jones.
- Tá trancado - Angela apontou, sacudindo a porta de forma irritada. Não estava acostumada a ser contrariada nem por homens idiotas e muito menos por maçanetas.
- Licença - Blanche meteu-se entre as duas companheiras e soltou de uma madeixa castanha de cabelo uma presilha amarela-mostarda. Com destreza a menina abriu o acessório e colocou sua ponta mais fina dentro da fechadura.
YOU ARE READING
Bexley Tales
Mystery / ThrillerA cidade de Bexley esconde verdades de seus cidadãos que a própria verdade desconhece. Isso, até que um suposto suicídio força tais segredos a sairem das sombras para o bem da população não tão pacata desse misterioso município de Vermont. Consequen...
Capítulo 17: Trio Parada Dura
Start from the beginning