Capítulo 13: O Começo Da Investigação Sobre Um Fim

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- Vem aqui.

Em seguida a menina atravessou o gramado de sua casa a passos gatunos. Cruzou o gramado aonde pequenas flores brancas se espalhavam de maneira aleatória até que chegassem na traseira da casa vizinha à sua, cujas paredes também eram verdes e a telha bege-escura.

Com pouco esforço, empurrou um largo vaso de plantas desgatado do meio do gramado até uma das paredes. Então pulou sob ele e se alavancou com os braços para cima do telhado vizinho.

Sem muitos questionamentos, Colt Carlile acolheu Minnie em um dos braços e com o outro fez o mesmo.

- Foi mal, mas se meus pais me vissem lá na porta eles iriam fazer algumas perguntas - Galatia se explicou enquanto esticava as pernas sob a telha.

- Não tem problema. Eu gostei da vista - Respondeu enquanto assegurava sua gatinha em seu colo - Ninguém mora nessa casa?

- Não, tem uma família que mora aqui.

- E eles deixam você subir aqui?

- Eles nem sabem.

- Como assim? - Colt soltou uma risadinha engraçada. Não era todo dia que fazia um mal-feito - E se eles virem eu e você aqui em cima?

- Eles nunca me viram nos catorze anos em que eu venho fazendo isso, mas qualquer coisa é só sair correndo - Galatia disse, antes de voltar a sua expressão séria de antes - Sim, eu acho que tem alguma possibilidade do que aquele Zero falou ser verdade...

- Eu não a conhecia tão bem, mas ela não me transmitia a imagem de uma pessoa depressiva - O garoto opinou - Para ser franco, eu sinto que tenho alguma responsabilidade com essa história toda de um jeito ou de outro. Se aquilo realmente foi obra de alguma pessoa, eu e você estávamos lá junto com ela, então nós temos meios de ajudar com o que escutamos. E se isso foi realmente um suicídio, isso também me envolve por que, bem... Foi por minha causa que a Angela começou a atormentar ela, e...

Sua postura se tornou cabisbaixa e seus olhos cinzas escureceram junto com o céu do começo de noite.

- Colt, você não tem culpa nessa história. Tipo, nenhuma - Galatia transmitiu uma confiança que ela mesma não sentia - Em nenhuma das hipóteses.

- Mesmo assim - Ele voltou seu rosto na direção da garota sentada ao seu lado - Não vou ficar me remoendo com o que aconteceu, eu nem tenho direito de me sentir desse jeito. Você, seus amigos e a família dela, sim. Eu não. Por mais louco que isso soe, eu estou disposto a ver se realmente existe alguma possibilidade dela ter sido... Assassinada - ele passou as mãos pelas raízes do cabelo antes de dizer algo que anularia a carga de dramaticidade daquela fala - Eu sei que as chances são mínimas, mas... Se existe uma possibilidade...

Seu rosto, parcialmente iluminado pela lua reluziam o mesmo brilho determinado de seus olhos cinzas, agora lustrosos. Galatia prendeu o fôlego por alguns segundos. Não haviam conversado tantas vezes, mas o pouco que havia experienciado de Colt Carlile era suficiente para mostrar um garoto muito diferente do que caminhava os corredores de Bexley com uma aparência arrogante, e acompanhava a filha do prefeito com sua aura fria.

Ao invés dele, uma figura tímida de um jeito incomum, consideravelmente inocente, surpreendentemente dócil e estonteantemente bonita se revelava.

Colt, de forma definitiva, não tinha noção do quão fácil poderia influenciar uma pessoa. Nem quanto sua verdadeira personalidade doce era, em disparada, mais atraente e manipuladora que sua persona rei-gelado.

- ...Se existe uma possibilidade ela deve ser revista - Galatia murmurou, e Colt abriu um sorriso esperançoso que embaraçou a garota, e a loira envergonhada só tinha um comportamento; - Se você estiver disposto a fazer um juramento de escoteiro. Em nome da nossa investigação - Ela estendeu a mão.

A expressão um pouco confusa de Colt fez com que ela se arrependesse amargamente de compensar sua vergonhisse com humor. Poxa, eles estavam falando de um assunto tão sério e ela fazendo piadas idiotas como se tivesse no jardim de infância.

Mas aí, o garoto cuspiu na palma das próprias mãos e a estendeu até que a ponta de seus dedos se encostassem.

- Se formos fazer um juramento de escoteiro, ele vai ter que ser o mais sério possível - Colt afirmou com um sorriso delicado no rosto.

Galatia não conseguiu conter uma risada antes de cuspir na própria mão.

- Eca - Soltou entre risadas no momento em que as mãos se selaram em um som de "plaft".

Sob a testemunha dos grilos barulhentos, dos incontáveis gatos de rua, das famílias naquelas casinhas verde-limão, da pequena Minnie e, se você quiser apelar para o descritivismo, da noite de um pequeno município que se diferencia de todas as outras noites pela calmaria onipresente, Colt Carlile e Galatia Gray haviam feito um pacto.

Que oficializado por toda aquela saliva, havia se tornado irreversível.

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xoxo

Verdadeiramente grata pelas 800 leituras em pouco tempo! Espero que estejam gostando dessa história que planejei com muito carinho ❤️

Não esqueça de votar nesse capítulo e deixar seu comentário se tiver gostado! Como autora me ajuda e motiva demais ❤️

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