Grunny entrou na arena, na sessão dos magos, como no dia anterior. Samantha estava a sua frente explicando o que representava o símbolo inscrito na runa que havia recebido.
O mago a esperou concluir, até ser chamado.
- Ah, você veio? E, então, qual a sua pedra rúnica? - perguntou o avaliador agora que já havia dispensado Samantha.
- Senhor, minha runa tem origem dracônica, ela representa o elemento fogo que tem a principal função de aumentar a força física do objeto em que for equipada.
- Correto e se for equipada em uma criatura humana, qual o seu efeito?
- Ela poderá causar o efeito berserker, embora apenas bárbaros poderiam ter êxito em tal operação, um guerreiro comum poderia ser consumido pelo fogo se tentasse equipá-la.
- Muito bem. E quem poderia gravar uma runa com essa magia?
- Bem... - pensou Grunny - dragões que tem habilidades mágicas desconhecidas, feiticeiros dragones que são descendentes diretos do poder dos dragões e...gravadores, geralmente anões que fazem essas inscrições em runas de fogo.
- Excelente Grünnyer, discípulo de Füe, você irá para a próxima etapa, a outra aprendiz o está aguardando para seguirem juntos.
- O que? Juntos?
Grunny foi levado para uma sala circular escura, em que havia uma mesinha central redonda, com uma garrafa e dois copos, assim como Samantha parada olhando por uma das estreitas janelas.
- Aqui estão vocês! Essa é a segunda parte do desafio e pode ser decisiva! - dizia o velho mago de túnica escura e cintilante. Ele pegou a garrafa sobre a mesa, repartiu o líquido grosso nos dois copos, de forma igual, e ofereceu aos magos. - Bebam!
Grunny e Samantha se entreolharam e obedeceram a ordem do homem.
- Esse líquido que vocês beberam é o veneno de Pandora, vocês terão um tempo até que ele faça efeito... então, não percam tempo! Sigam pela porta e encontrem o antídoto, vão!
- Veneno... veneno... veneno... - repetia Grunny enquanto descia as escadas tentando assimilar tudo o que tinha acabado de ouvir.
- O que foi Grünnyer, faltou a esta aula? - disse Samantha, também com suor na testa.
- Pandora! Esse veneno é chamado assim porque mistura três tipos de substâncias tóxicas, o veneno de escorpião, veneno de aranha e de víbora, cada um age em uma parte do organismo do infectado, o que quer dizer que temos em média quinze a vinte minutos até que o veneno nos mate! - Grunny parou nas escadarias.
- Venha seu tolo, eu que quero matá-lo. Precisamos achar os antídotos para cada um dos venenos e fazer uma composição, isso nos curará. Olha, a saída logo ali, deve ser onde teremos aos antídotos.
Os magos visivelmente agitados, abriram a porta no final da escadaria. O clarão da luz que se fez quando a porta foi aberta os cegaram por um instante. Gritos e palmas foram ouvidos em grande intensidade. O cômodo retangular a frente estava dentro da arena de batalhas.
- Droga! - foi o que a maga disse.
- Ali! Um caldeirão! - disse Grunny apontando à chama acesa e o caldeirão de ferro pendurado no meio do cômodo.
Samantha olhava para cima, Grunny não precisou perguntar o que ela estava vendo quando o urro da fera que sobrevoava os dois foi ouvido, um rugido de leão estrondoso. O animal que sobrevoava acima deles, tinha cabeça e o corpo de leão, asas de dragão e cauda de escorpião.
- Uma quimera... Grunny procure os antídotos enquanto eu o distraio! Rápido! - falou a maga, enquanto ondas de gelo emergiram de suas mãos e se projetavam na direção da fera voadora.
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As Aventuras de Flippo e o Trinustempus
AdventureHá quase um ano do desmoronamento que soterrou sua mãe nas minas anãs de Bedaürinde, Flippo toma conhecimento de um torneio que tem como prêmio viajar no tempo. Instigado pela lembrança da mãe, o pequeno parte rumo à essa aventura. Na companhia do...