21. A quimera

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Grunny entrou na arena, na sessão dos magos, como no dia anterior. Samantha estava a sua frente explicando o que representava o símbolo inscrito na runa que havia recebido.

O mago a esperou concluir, até ser chamado.

- Ah, você veio? E, então, qual a sua pedra rúnica? - perguntou o avaliador agora que já havia dispensado Samantha.

- Senhor, minha runa tem origem dracônica, ela representa o elemento fogo que tem a principal função de aumentar a força física do objeto em que for equipada.

- Correto e se for equipada em uma criatura humana, qual o seu efeito?

- Ela poderá causar o efeito berserker, embora apenas bárbaros poderiam ter êxito em tal operação, um guerreiro comum poderia ser consumido pelo fogo se tentasse equipá-la.

- Muito bem. E quem poderia gravar uma runa com essa magia?

- Bem... - pensou Grunny - dragões que tem habilidades mágicas desconhecidas, feiticeiros dragones que são descendentes diretos do poder dos dragões e...gravadores, geralmente anões que fazem essas inscrições em runas de fogo.

- Excelente Grünnyer, discípulo de Füe, você irá para a próxima etapa, a outra aprendiz o está aguardando para seguirem juntos.

- O que? Juntos?

Grunny foi levado para uma sala circular escura, em que havia uma mesinha central redonda, com uma garrafa e dois copos, assim como Samantha parada olhando por uma das estreitas janelas.

- Aqui estão vocês! Essa é a segunda parte do desafio e pode ser decisiva! - dizia o velho mago de túnica escura e cintilante. Ele pegou a garrafa sobre a mesa, repartiu o líquido grosso nos dois copos, de forma igual, e ofereceu aos magos. - Bebam!

Grunny e Samantha se entreolharam e obedeceram a ordem do homem.

- Esse líquido que vocês beberam é o veneno de Pandora, vocês terão um tempo até que ele faça efeito... então, não percam tempo! Sigam pela porta e encontrem o antídoto, vão!

- Veneno... veneno... veneno... - repetia Grunny enquanto descia as escadas tentando assimilar tudo o que tinha acabado de ouvir.

- O que foi Grünnyer, faltou a esta aula? - disse Samantha, também com suor na testa.

- Pandora! Esse veneno é chamado assim porque mistura três tipos de substâncias tóxicas, o veneno de escorpião, veneno de aranha e de víbora, cada um age em uma parte do organismo do infectado, o que quer dizer que temos em média quinze a vinte minutos até que o veneno nos mate! - Grunny parou nas escadarias.

- Venha seu tolo, eu que quero matá-lo. Precisamos achar os antídotos para cada um dos venenos e fazer uma composição, isso nos curará. Olha, a saída logo ali, deve ser onde teremos aos antídotos.

Os magos visivelmente agitados, abriram a porta no final da escadaria. O clarão da luz que se fez quando a porta foi aberta os cegaram por um instante. Gritos e palmas foram ouvidos em grande intensidade. O cômodo retangular a frente estava dentro da arena de batalhas.

- Droga! - foi o que a maga disse.

- Ali! Um caldeirão! - disse Grunny apontando à chama acesa e o caldeirão de ferro pendurado no meio do cômodo.

Samantha olhava para cima, Grunny não precisou perguntar o que ela estava vendo quando o urro da fera que sobrevoava os dois foi ouvido, um rugido de leão estrondoso. O animal que sobrevoava acima deles, tinha cabeça e o corpo de leão, asas de dragão e cauda de escorpião.

- Uma quimera... Grunny procure os antídotos enquanto eu o distraio! Rápido! - falou a maga, enquanto ondas de gelo emergiram de suas mãos e se projetavam na direção da fera voadora.

As Aventuras de Flippo e o Trinustempus Onde as histórias ganham vida. Descobre agora