Harry Potter e o Mentor das Trevas

Capítulo 33

Betado por @smjkbien.
Muito obrigada.

“Creia em si, mas não duvide sempre dos outros.”
- Machado de Assis

Não foi nenhum choque quando a notícia da fuga em massa de Azkaban saiu no profeta e menos chocante ainda foi a reação das pessoas na escola. Harry podia quase provar a tensão no ar, o medo. Em cada corredor sussurros exasperados podiam ser ouvidos, havia rumores de que alguns pais queriam retirar seus filhos da escola, leva-los para casa onde era seguro, o moreno quase não podia se impedir de revirar os olhos sempre ouvia algo assim, era como se pensassem quem os comensais iriam invadir a escola a qualquer momento, e tudo que Harry ficava se perguntando era porque diabos eles iriam querer atacar crianças.
Havia uma entrevista com Cornelius Fudge na matéria e o homem culpava Sirius Black pela fuga, e Harry simplesmente não conseguia entender porque, ele sabia que Tom tinha pessoalmente invadido a casa do Ministro e roubado sua varinha, não tinha nenhuma forma de Cornelius não saber que Lorde Voldemort tinha orquestrado a fuga. Mais tarde, na sala comunal com Hermione e os gêmeos, Harry falou sobre isso, sem entrar em muitos detalhes porque todos os três ainda pareciam um pouco irritados com a coisa toda, e Hermione disse que o ministro estava provavelmente tentando evitar o pânico geral da população, e isso despertou uma fúria terrível em Hermione, pois agora ela sabia que o ministro estava mentindo deliberadamente para todos e se ele estava fazendo isso agora, não havia nada garantindo que não fez antes. Depois disso sua irritação com Harry pareceu diminuir um pouco e ele ficou bastante agradecido por isso, ele não gostava de brigar com Hermione.
Apesar da tensão obvia de todos, o dia seguinte correu quase normalmente, os alunos falavam menos durante as aulas e os professores pareciam mais no limite. Finalmente chegou o dia em que Harry falaria com Tom de novo, ele passou todo o dia agitado, mal podia se concentrar em suas aulas e não parava de se remexer inquieto na cadeira, ganhando vários olhares curiosos de seus colegas e por pouco não recebeu uma detenção de McGonnagal. Hermione olhava para ele com uma mistura de exasperação e diversão.
- Tente se controlar. – Disse ela durante o almoço – Com você se comportando assim quase esqueço que é mesmo você.
- Estou com excesso de energia... Eu tenho usado magia muito mais avançada e com muito mais frequência nos últimos dias, praticar tão pouco nas aulas me deixa agitado. – Ele se esforçou para não pensar na forma que ele consumia essa energia extra antes, ele e Draco estavam conseguindo falar quase naturalmente um com o outro, pensar no que tinham antes apenas colocaria tensão desnecessária entre eles.
- Você deveria fazer uma sessão de treinamento hoje depois das aulas. – Falou Hermione, trazendo ele de volta para a conversa – Neville também tem estado cada dia mais inquieto e Blaise está entediado. Tenho certeza que qualquer um deles ficaria feliz de treinar com você.
- Você não quer? – Perguntou Harry remexendo sua comida sem realmente comer nada, Hermione olhou para ele de forma acusadora, o rapaz fingiu não perceber e ela bufou desgostosa.
- Diferente de você, eu vou fazer os exames finais, então... Já comecei minhas revisões
- Talvez eu também faça os exames, você sabe, se eu estiver por aqui. – Ele disse baixinho, Hermione olhou ao redor preocupada, mesmo que eles estivessem protegidos por um feitiço silenciador ela sempre fazia isso, Harry achava engraçado.
- Você percebe que está praticamente abandonando a escola para estar com ele, não é?! – Sussurrou a menina, Harry revirou os olhos.
- Não é como se ele não estivesse me ensinando coisas muito mais avançadas do que aquilo que aprendemos aqui.
- Duvido que vocês sigam a linha acadêmica da escola. Quer dizer?! Não é como se você precisasse entregar redações a ele sobre os assuntos que você aprende.
- Na verdade eu tenho. – Disse o moreno pegando a amiga de surpresa, ele riu de sua expressão chocada – Ele é pior que a professora McGonnagal com seus ensaios de transfiguração, se eu cometo um erro gramatical por exemplo, ele me manda fazer o trabalho todo de novo e dessa vez explorando um ângulo diferente... E nem me fale sobre Aritmância, ele parece ter um prazer doentio em me deixar horas mofando no quarto para resolver aquelas coisas irritantes.
- Você nem cursa Aritmância. – Objetou ela.
- Não curso aqui. Eu nem sei o que vocês têm em suas aulas, mas qualquer dia desses eu te mostro meus ensaios, eles são simplesmente impossíveis. – Reclamou Harry, mas não havia nada negativo em seu tom de voz, apenas afeto e talvez um pouco de saudade.
- Isso é inacreditável. – Disse ela, os olhos arregalados como se algo em sua mente se recusasse a se encaixar com as informações que estava recebendo, ela costumava se parecer assim durante as aulas de Adivinhação no início do terceiro ano, era sempre uma expressão engraçada de ver.
- Sinceramente, o que você achava que ficava fazendo o tempo todo?
A menina corou um pouco, parecendo constrangida, mordendo os lábios.
- Pensei que ficava aprendendo magia das trevas. – Admitiu ela em um sussurro, sem ter coragem de olhar para Harry, como se pensasse que ele ficaria irritado com ela, mas o rapaz continuou sorrindo.
- Isso também, mas ele tem um currículo bel diversificado. – O moreno sorriu pensando na forma apaixonada com que Tom ensinava alguns assuntos, na forma que ele gesticulava e falava com o corpo inteiro quando se perdia em alguma explicação – Você ia gostar, ele é um professor incrível.
- A forma com que você fala dele... – Começou a menina, ainda parecendo incerta de suas palavras – Ele parece uma pessoa incrível.
- E ele é. – Argumentou Harry, não havia qualquer gota de dúvida em sua voz quando falava – Existe muito mais sobre ele do que aquilo que os livros contam... Eles falam sobre as atrocidades e os horrores da guerra, mas não falam sobre todas as outras coisas. Não falam sobre como ele não permitia qualquer menor de idade em suas linhas, não importa o quanto os pais insistissem para isso. Ou como ele ordenava a todos os seus comensais que não deixassem órfãos, que se precisassem matar no campo de batalha, que tentassem ao máximo poupar as mães. Ou como ele punia qualquer um que ferisse uma criança... Ele não gosta realmente que falem sobre essa parte dele, acha que o faz parecer fraco, mas eu o conheço, eu sei que ele não é fraco sob qualquer luz e que ele se importa, mesmo quando está fingindo que não.
- Eu gostaria de conhecer esse homem de quem você fala. – Diz a menina com um sorriso compreensivo em seu rosto – Tornaria mais fácil entender o que você faz se conhecesse.
- Talvez você possa um dia. – Respondeu ele – Talvez quando isso acabar, as pessoas possam conhecer o homem por trás da imagem.
Eles não conversaram muito depois disso, Hermione conseguiu convencer Harry a comer pelo menos um par de batatas antes de seguirem para a aula, onde Harry mais uma vez teve problemas em se concentrar, tudo parecia tão chato e desinteressante.
Depois do jantar Harry não parava de olhar para o relógio, mas o tempo parecia estar zombando dele, insistindo em passar muito lentamente. Eram oito e dez quando ele decidiu escutar o conselho de Hermione, mandou uma mensagem a todos, chamando para participar do treino, mas deixando claro que não era obrigatório, no fim os únicos que compareceram foram mesmo Blaise e Neville, os gêmeos e Hermione alegaram que precisavam estudar, Draco e Nott ainda estavam cumprindo detenções e Barty disse apenas que estava ocupado e não entrou em detalhes sobre isso.
Dentro da sala precisa logo os três estavam duelando ferrenhamente enquanto Gael circulava por todo o ambiente saboreando o ar repleto de magia residual. Blaise estava em desvantagem obvia, pois Neville tinha muito mais magia disponível quando retirava o anel, Harry não retirou o anel, mas ele não precisava mesmo tirar.
- Isso é tão injusto. – Reclamou Blaise, ofegante e suado – Eu também quero fazer essa coisa que vocês fizeram, não dá para competir com vocês assim.
- Harry nem tirou o anel. – Disse Neville sorrindo, ele também estava ofegante.
- Não tenho qualquer pretensão de vencer Harry, mas você... – Começou Blaise, apoiando-se nos joelhos enquanto respirava profundamente tentando se estabilizar – Tenho certeza que sem essa trapaça eu poderia vencer você com um pé nas costas.
- Não é trapaça. – Objetou Neville, mas não negou o que Blaise disse, afinal o Sonserino conhecia uma gama muito maior de magias ofensivas.
- Vamos continuar... – Disse Harry prendendo os cabelos, se livrando dos óculos e tirando a camisa para enxugar o suor, seus músculos estavam vibrando com a necessidade quente de continuar usando magia – Vocês dois contra mim.
- Eu sou autoconfiante o suficiente da minha própria capacidade para admitir que não teríamos qualquer chance. Você esqueceu que eu sei com quem você costuma treinar?!
Harry riu, porque era verdade. O moreno estava treinando em metade de sua capacidade durante toda a sessão.
- Você tem uma tatuagem agora?! – Perguntou Neville olhando as linhas escuras na lateral de Harry, acima do quadril direito, o moreno tinha esquecido que ela estava ali.
- Isso não é uma tatuagem. – Blaise respondeu por ele, se aproximando para analisar melhor – É um conjunto de Runas Ritualísticas. Minha mãe tem uma para retardar seu envelhecimento. Para que serve a sua?
- Agora eu entendo porque ela continua sendo tão linda. – Implicou Harry e Blaise lhe lançou um feitiço de cocegas que ele sabia que Harry podia defender sem nem levantar a varinha – Para nada importante. – O moreno deu de ombros e os outros dois reviraram os olhos.
- Vai chegar o dia em que você vai responder claramente a alguma de nossas perguntas? – Perguntou Blaise, tirando a camisa também e pegando uma garrafa d’agua para cada um deles sobre a mesa no fundo da sala.
- Provavelmente não. – Respondeu o moreno, aceitando a garrafa e bebendo quase tudo de uma vez.
- É o Lorde das Trevas que não deixa você nos contar as coisas? – Dessa vez foi Neville quem perguntou, tentando soar descontraído, mas era obvio que estava inseguro – Ele te ameaça ou algo assim?!
Harry não conseguiu impedir o sorriso de se espalhar pelo seu rosto. No fundo, Harry entendia que todos desconfiavam de sua segurança, mas agora era difícil imaginar que Tom poderia fazer qualquer coisa nociva contra ele. Como ele poderia temer Tom quando ele o obrigava a comer de forma apropriada e dormir de forma decente?! Quando ele tinha lhe dado um quarto confortável em sua mansão e lhe dado a liberdade que ele sempre desejou?! Pensar em Tom machucando-o agora era algo completamente ridículo.
- Não, ele nunca precisou fazer algo assim. – Disse o moreno encarando os outros dois – As coisas que eu não digo... elas realmente não são importantes ou uteis para vocês. Não tem porque contar tudo. Eu só acostumei tanto a guardar as coisas para mim que nem passa pela minha cabeça compartilhar com ninguém.
Ficaram em silencio por alguns instantes, Harry ficou observando Gael se arrastar para fora da sala, provavelmente indo buscar algo para comer, ele estava a ponto de sugerir que eles também fizessem uma pausa para comer e restaurar suas energias quando Blaise falou outra vez.
- Minha mãe escreveu sobre um novo conhecido. – Disse o Sonserino e os outros olharam para ele, esperando que continuasse – Um bruxo fino e muito poderoso. Alguém cujo o patrono é um Basílisco. – Harry olhou para o colega inquieto – Esse é o tipo de coisa que você não acha importante compartilhar?
- Seu patrono é um Basilísco?! – Alarmou-se Neville, em seus olhos havia uma mistura engraçada de surpresa e admiração.
- Esse é um ótimo exemplo de informação inútil.
- É, nós não precisamos realmente saber disso, mas é legal falar sobre esse tipo de coisa com seus amigos... Meu patrono dificilmente se torna corpóreo, mas nas duas vezes que eu consegui, o meu era um leopardo. – Falou Blaise.
- Como o da sua mãe. – Acrescentou Harry e o Sonserino acenou afirmativamente.
- Qual é o seu Neville? – Perguntou Blaise e Neville corou, mordendo os lábios, mas dando de ombros como se não fosse importante para ele.
- Eu nunca consegui conjurar um... nem em fase de véu. – Admitiu ele ainda envergonhado.
- Por que a gente não treina isso então...?!Não sei você, mas eu particularmente estou cansado de ter a bunda chutada pelo Harry essa noite.
Treinaram o feitiço até quase a hora do toque de recolher, Neville acabou não demorando nem duas tentativas para conseguir um patrono corpóreo, um leão, Blaise implicou com ele, dizendo que não tinha como ele ser mais ridiculamente Grifinório. Quando estavam voltando para torre, Neville contou a Harry que sua lembrança feliz era a primeira conversa que ele teve com seus pais, Harry não ficou surpreso, mas ficou feliz que o amigo tivesse contado a ele, então disse a sua lembrança feliz também, apenas para praticar dizer a um amigo algo que eles não precisam saber.
Harry encontrou-se com Hermione e Ron no salão comunal, e participou de seus estudos por um par de horas e então subiu para tomar banho e fingir que ia dormir até a hora de se esgueirar para fora do dormitório outra vez. Enquanto tomava banho, sentiu a energia ansiosa que gastou horas antes encher seu corpo outra vez. Era a primeira vez que falaria com Tom desde que saiu da mansão, ele estava ansioso para contar a Tom sobre o labirinto e saber como o Lorde estava se saindo em sua missão, seja lá ela qual fosse.
Ele se fechou em sua cama e ficou tentando, inutilmente, se concentrar no livro de Runas complexas que Hermione lhe emprestou. Aos poucos ele ouviu seus colegas entrarem e prepararem para dormir, alguns ainda conversaram um pouco, mas logo o quarto mergulhou em silencio profundo. Faltava pouco mais de meia-hora para as 2am, quando finalmente saiu da cama, ele seguiu até a sala precisa, chegando ao corredor quase deserto ele viu a imensa figura negra de Gael enrolada próximo a tapeçaria, Harry imaginou o que aconteceria se alguém a visse rastejando pelo castelo, ele se divertia ao pensar no que de rumores absurdos que começariam a circular pelos corredores.
Ele entrou na sala para encontrar o ambiente conhecido, com o tapete e as enormes almofadas, a lareira magica trepidando. O jovem olhou para o relógio outra vez. Três minutos. Ele se jogou no tapete e puxou uma das almofadas para posicionar sua cabeça de forma confortável.
- A sua ansiedade está impregnando o ar Harry. Acho que todas as criaturas do castelo estão fugindo do seu cheiro. – Implicou Gael enquanto ela se ajeitava ao seu redor, parando enrolada próximo ao rosto de Harry.
- Essa noite você não vai conseguir me irritar com nada. – Informou Harry com um sorriso tão grande poderia estar machucando suas bochechas.
- Pare de sorrir desse jeito, está me envergonhando. – Ela balançou a cabeça como se o estivesse recriminando, mas Harry podia sentir sua animação através da conexão – Ele está pronto, tente não parecer tão ansioso. – Harry bufou para a serpente e ficou esperando, logo os olhos dela se tornaram vagos de forma que ele sabia que significava que ele estava falando com Tom – Olá, pequeno. Como vai?
- Tom, estou bem. Estou sentindo falta da mansão, as aulas me entediam, mas fora isso estou bem. – Disse Harry incapaz de conter o sorriso – E você? Tudo está correndo como você planejou?! Você pode me dizer onde você está?
Harry pode ouvir a risada sibilada de Tom através da serpente, ele percebeu que estava sentindo falta de poder vê-la no rosto do mais velho.
- Pode-se dizer que sim, quem vim encontrar ainda está um pouco resistente em colaborar comigo, mas ainda não estou preocupado. – Disse ele displicentemente e Harry podia imagina-lo abanando o ar com as mãos, da forma que fazia as vezes quando soava assim – Estou em uma cidade na Romênia. Aqui é muito bonito Harry. Tem um parque próximo ao meu hotel, Nagine está se divertindo passando o dia por lá, você iria gostar, é tão quieto que dá para esquecer que existe um mundo ao seu redor.
- Queria poder ver. – Murmurou Harry, fechando os olhos e imaginando o lugar, ele gostaria de estar lá também, de ver a beleza do parque com Tom.
- Eu comprei uma daquelas câmeras trouxas... – Falou Tom, parecendo desgostoso, Harry abriu os olhos outra vez, confuso com a forma que ele soava – Eles fazem parecer tão fácil... eu tirei várias fotos e não sabia como tira-las de lá... A atendente da loja trouxa riu de mim quando eu perguntei e eu quis amaldiçoa-la, mas realmente precisava das fotos para mostrar a você, então tive que esperar ela terminar de rir e resolver meu problema...
- Você fez algo para ela depois? – Harry tinha certeza que ele tinha, só esperava que a pobre trouxa não estivesse muito mal.
- Nada sério. – Disse Tom, havia uma risada em sua voz, o que só confirmou o que Harry tinha pensado antes – Algo preocupante aconteceu no castelo? – O mais jovem sabia que Tom estava tentando desviar do assunto não muito sutilmente, mas não era importante, então Harry não insistiu.
- Não preocupante, mas eu recebi uma pista da próxima prova.
- E o que é?
- Pelo que eu entendi vai ser um labirinto e alguém com uma forte conexão comigo vai ter que me guiar através dele.
- Uma forte conexão?! – Perguntou Tom pensativo – Será que precisaremos tirar o menino Malfoy do castelo outra vez?
Harry corou com a implicação daquela pequena frase mesmo que não houvesse qualquer razão real para estar corando. Isso só o fazia lembrar que ele nunca tinha dito a Tom que ele e Draco não estavam mais juntos, na verdade ele nunca tinha mesmo dito que eles estiveram em algum momento.
- Não acho que esse seja o significado... não é alguém importante para mim... é alguém com uma forte conexão... A escolha de palavras parece importante.
- Você pode estar certo. – Concordou Tom, mais ainda parecia um tanto incerto enquanto falava – Talvez fosse uma boa ideia falar com os outros campeões, talvez eles tinham alguma outra pista. – Harry se sentiu estupido por não ter pensado nisso por si mesmo, ele acenou afirmativamente e Tom pareceu entender o que Harry estava pensando mesmo que o menino não tenha falado nada – Você ainda está aprendendo a lidar com esse tipo de coisa pequeno, não se martirize pelas coisas que não pensou, você não está sozinho, estou aqui para você.
Harry sorriu outra vez, sentindo-se melhor, passaram o resto da noite falando sobre tudo e nada, e Harry adormeceu ouvindo Tom descrever as belezas da Romênia, dessa vez Tom não o mandou para o quarto na torre, ele ficou assistindo seu pequeno dormir até que Gael e Nagine não conseguiam mais mantes a conexão.