Capítulo 5

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  P.S. Esse capitulo contem descrições de carácter sexual envolvendo dois homens. Se essa não é sua praia eu realmente não sei como você veio parar aqui...Se é...Divirta-se...Se você não sabe se é...bom, você é bem-vindo a descobrir.  

P. S². Betado por @smjkbien. Muito obrigada.



“É absurdo dividir as pessoas em boas e más. As pessoas ou são encantadoras ou aborrecidas”
- Oscar Wild

A partir daquela conversa, Neville começou à passar mais tempo com o Trio de ouro, Hermione pareceu hesitante por alguns dias, se perguntando se era sensato deixar o outro tão próximo, quanto mais próximo ele estivesse maiores às chances de descobrir os segredos de Harry, mas o moreno não podia abandonar o amigo, não depois de ouvir sua história, ele precisava estar pronto assim como Ron, os dois estavam muito abaixo dos conhecimentos de Harry e Hermione naquele momento e isso seria um problema no futuro, portanto além das aulas regulares, ambos os rapazes também treinavam com Harry e Hermione na sala precisa, o ruivo protestou e reclamou durante mais de uma semana, mas vendo que ele não tinha escolhe se quisesse passar algum tempo com os amigos e temendo o afastamento do ano anterior se repetisse ele passou à colaborar.
As primeiras duas semanas vieram e passaram sem que Harry tivesse qualquer notícia de Voldemort ou de seus movimentos, o moreno ainda se encontrava inquieto com o que aconteceu na copa mundial e precisava de algumas respostas. Decidiu então que não conseguiria ficar parado, estava perdendo tempo, à guerra estava vindo outra vez e ele não sabia nada sobre ela, em uma quinta à noite Harry decidiu que era a hora de começar a se mover por conta própria.
- Mione, preciso falar com você, tem um minuto? – Perguntou Harry desconfortável com os olhares que recebia das meninas sentadas ao redor da amiga, ela piscou antes de se levantar e acompanhá-lo até um canto afastado onde tivessem relativa privacidade.
- Aconteceu alguma coisa nova? – Perguntou à menina ansiosamente, ela também se encontrava uma pilha de nervos nos últimos dias.
- Não, mas não podemos simplesmente esperar sentados. Quero chamar “nossos novos amigos” para uma conversa amanhã à noite e gostaria que você estivesse lá também.
- Acho ótimo. Mandará bilhetes como no ano passado? – Perguntou ela.
- Dessa vez sim, mas precisamos pensar em algo mais discreto, se bilhetes começarem a cair no colo deles frequentemente vai começar a chamar atenção. Tem alguma ideia?
- Não, mas posso pesquisar sobre isso, tentar achar algum jeito.
- Parece ótimo. – Disse ele sorrindo fracamente – Tem mais uma coisa que eu gostaria que você fizesse, você conhece a biblioteca muito melhor do que eu...preciso de informações sobre a última guerra, sei que as informações de lá são parciais, mas é um começo. Pode conseguir os livros para mim?
- Seria suspeito se de repente começássemos a procurar livros sobre à guerra, não é como se fosse uma busca comum e eu não tenho certeza que a Sr. Pince não contará ao diretor. – Disse a castanha preocupada.
- Então apenas consiga os nomes para mim, darei um jeito de pegá-los sem levantar suspeitas.
Os dois se separaram logo depois, à menina foi procurar as informações solicitadas e o moreno foi se comunicar com os Sonserinos.

Às dez e trinta da noite de sexta-feira, Harry e Hermione esgueiravam-se pelos corredores cobertos pela capa de invisibilidade do moreno e munidos do mapa encantando de Hogwarts, quando chegaram ao banheiro da Murta, não podiam ver ninguém, ainda assim o mapa lhes mostrava que não estavam sozinhos, se aproximaram dos companheiros e Harry sussurrou as palavras que abririam a câmara, nenhum deles disse nada até que estivessem seguros sob o terreno da escola.
- Oi Cabeçuda, há quanto tempo hein? – Disse Blaise assim que todos se livraram de seus esconderijos.
- Já disse para não me chamar assim. – Reclamou Hermione, a face corada, Harry não soube dizer se era de irritação ou constrangimento, mas resolveu deixar o assunto cair.
- Vamos logo.
Caminharam então até o escritório confortável que lhes aguardava com bolinhos e chá sobre a mesa, sentaram-se então nos lugares habituais, Harry e Draco em um dos sofás e Hermione e Blaise no sofá a frente.
- Antes de qualquer coisa eu quero saber o que vocês sabem sobre o ataque a Copa Mundial de Quadribol.
- Não sei nada além do que estava no Profeta, eu sequer sabia que aconteceria algo, minha mãe por outro lado não pareceu nenhum pouco surpresa com as notícias... Tentei fazê-la me contar qualquer coisa, mas ela sempre desconversava. – Disse o italiano recostando-se no acolchoado e cruzando um dos calcanhares sobre o joelho para totalmente confortável.
- Não sei nada além do que já disse a você. Não foi um ataque visando qualquer violência propriamente, apenas um aviso simbólico de que as coisas começariam a acontecer...
- Sem violência? Apenas um ataque simbólico? Uma família de trouxas foi morta naquele ataque. – Empertigou-se Hermione surpreendendo todos os presentes.
- A intenção não era essa, ninguém deveria ter ficado muito ferido, menos ainda morrido. – Disse o loiro encolhendo-se no sofá ao lado de Harry – o Lorde das Trevas ficou muito irritado com às coisas como aconteceram, castigou todos os envolvidos.... Não estava nenhum pouco satisfeito com a desorganização de seus comensais...
- Isso não é importante agora. – Disse o moreno ao ver o rosto contrariado de Hermione – Draco, você sabe se ele já voltou?
- Meu pai não disse nada a esse respeito nas cartas que me enviou, mas não acho que ele diria qualquer coisa do tipo agora, todos aqueles que tiveram a mais remota participação com o lado do Lorde das Trevas na última guerra está sendo severamente vigiado.
- Então quer dizer que a partir de agora você e Blaise estarão no escuro. Ótimo, isso é realmente ótimo. – Disse Harry irritado jogando um dos braços sobre o encosto do sofá – Blaise, você sabe algo sobre criaturas equinas guiando as carruagens de Hogwarts? Não encontrei nenhuma informação sobre algo assim nos livros que pesquisei...Elas existem não é?
Blaise sentiu-se atordoado por alguns segundos e empalideceu visivelmente enquanto se sentava mais ereto no sofá.
- Bom, elas...eu nunca ás vi, mas...Você pode vê-las? – Perguntou ele tropeçando nas palavras como não era comum para ele, Harry revirou os olhos.
- Sim, eu posso, embora aparentemente eu seja o único. Por que ninguém mais às enxerga, o que elas são?
- São Testrálios, eu presumo, minha mãe me contou no primeiro ano que eram eles quem puxavam as carruagens, mas eu nunca pude vê-los.
- Bom, por que? – Continuou Harry com impaciência, mas levemente aliviado, às criaturas existiam afinal, isso significava que ele não estava realmente perdendo à cabeça.
- Porque só alguém que já matou pode vê-las. – Disse o sonserino de olhos arregalados e todos na sala engoliram em seco – Apenas alguém que tirou uma vida de forma consciente pode ver os Testrálios, são criaturas consideradas fúnebres e agorentas e pelo que eu li não são nada bonitas.
- Não, não são mesmo. – Disse o moreno pigarreando desconfortável – Eu gostaria que você pedisse a sua mãe alguns desses livros emprestados, como eu disse não encontrei qualquer coisa sobre...
- Quem você matou? – Perguntou Blaise incapaz de se conter por mais tempo – Quando você matou? Por quê?
- Você não pode só deixar isso pra lá Blaise?! – Resmungou Draco pegando a atenção do amigo.
- Você sabia. Vocês dois sabiam. – Percebeu Blaise ao observar as expressões contrariadas dos outros ocupantes da sala – E não iam me dizer nada?!
- Por que essa informação seria relevante para você Zabini? – Perguntou Harry visivelmente irritado, o italiano engoliu em seco.
- Porque pelo que eu entendi estamos do mesmo lado agora. Eu acho que entendo porque você não confia em mim o tanto que confia no Draco ou na Hermione, mas mesmo assim não acha que eu deveria saber esse tipo de coisa? Eu te conto absolutamente tudo que eu sei a respeito do que quer que você me pergunte e mesmo assim você me trata como se eu fosse trair você a qualquer momento. Para quem diabos eu te trairia, afinal?!
Blaise estava de pé e gritando antes de perceber que estava fazendo isso, Hermione tentou puxa-lo de volta para o sofá ao mesmo tempo que Draco tentou impedir Harry de se levantar e caminhar até o amigo, parando a uma distância mínima de seu rosto, os dois morenos agora podiam se encarar exatamente da mesma altura, mas qualquer um que visse aquilo percebia o quanto Harry estava em vantagem, a magia rodopiava selvagem ao seu redor e ainda que fosse invisível poderia ser facilmente sentida.
- Escute uma coisa Zabini, eu vou te dizer aquilo que eu achar que você deve saber, se eu não te dei essa informação é porque você simplesmente não precisa dela, quanto à para quem você me trairia, existe sempre alguém disposto a receber esse tipo de informação. Essa é a última vez que você vai gritar comigo, você me entendeu bem?! – O sonserino trancou os maxilares e acenou afirmativamente, mas Harry não estava satisfeito – Diga!
- Sim, eu entendi Potter. – Disse ele, uma gota de suor escorrendo de sua têmpora devido à pressão mágica que era aplicada sobre ele.
- Ótimo, agora sente-se, nós não terminamos ainda. – O outro sentou-se obedientemente e Hermione segurou sua mão assustada, Harry não soube dizer se estava assustada por Blaise ou assustada com ele. – Sei que seus pais estavam do lado das Trevas na última guerra então eles devem ter contado a vocês o que aconteceu nela, quero que vocês dois escrevam para mim tudo que puderem se lembrar de ouvir seus pais dizerem, por que ela aconteceu, o que o lado de Voldemort defendia que outras famílias estavam envolvidas...
- Você deveria falar com o Nott então. – Disse Blaise sua voz fraca, quase como se não quisesse ser escutado, mas no momento em que Harry fixou os olhos nele ele pigarreou antes de continuar – A família dele é composta por vários historiadores mágicos, e mesmo que eles não pudessem exatamente publicar um relato imparcial sobre o que aconteceu na última guerra eles certamente podiam catalogar.
- Nott? – Harry perguntou erguendo uma sobrancelha.
- Theodore Nott. – Esclareceu Draco – Ele está no nosso ano.
- Entendo. Vou pensar a respeito. Vocês podem ir agora... – Disse Harry acenando para Blaise e Hermione que o encararam vagamente surpresos – Gael vai levá-los até a saída, como sempre não digam nada a ninguém. Leve-os até lá encima Gael, pode caçar, depois disso chamarei você se precisar.
- Sim, mestre. – Respondeu a cobra deslizando de sua confortável almofada em direção a porta do escritório.
- Aqui Hermione. – Disse Harry estendendo a capa de invisibilidade para à amiga – É provável que eu demore aqui, não me espere.
A menina ainda estava confusa, mas assentiu aceitando a capa, o casal então lhe deu às costas e começou a seguir Gael em direção à saída, Malfoy tentou se levantar do sofá para segui-los, mas foi firmemente detido pela mão de Harry em seu ombro.
- Não, eu ainda preciso falar com você.
Quando finalmente se encontraram sozinhos no escritório, com à porta fechada e o único som além de suas respirações sendo o trepidar da lareira, Harry puxou o rosto do loiro em direção ao seu e tomou seus lábios de forma selvagem e predatória, o outro demorou alguns segundos para compreender o que acontecia e então pegar o ritmo, beijaram-se até o ar se fazer necessário.
- Suas mudanças de humor me deixam um pouco desorientado. – Disse Draco sorrindo ainda sem ar.
- O que você pode me dizer sobre Nott? – Disse o moreno com um sorriso arrogante que aos poucos se tornava tão presente em seu rosto.
- Completamente desorientado. – Murmurou o menor antes de fechar os olhos tentando organizar seus pensamentos – Ele é um bom aluno, não tão inteligente quanto eu ou Granger, mas definitivamente inteligente o suficiente. Sua família não tem grande prestígio e nem uma extensa fortuna, mas estão espalhados por vários cargos do ministério, principalmente cargos ligados diretamente a execução das leis mágicas, são muito mais ligados a livros e conhecimento do que a trabalho braçal. Na última guerra foram ótimos espiões para o Lorde das Trevas e conseguiram manter suas posições, principalmente alegando estar sob à influência da Maldição Imperius.
- Um ótimo relatório. – Disse o moreno puxando Draco para si, fazendo-o sentar entre às suas pernas e descansar às costas em seu peito, o loiro não questionou ou reclamou da nova posição, principalmente quando Harry começou a beijar a pele exposta de seu pescoço – Mas eu preciso de algo um pouco mais comprometedor, algo que posso usar contra ele Draco...
- Mn. – O loiro murmurou incoerentemente, deleitando-se com os beijos que o moreno distribuía em seu pescoço, Harry aspirou o aroma de shampoo que se desprendia de seu cabelo suave.
- Draco, estou esperando... – Provocou o moreno, surpreendendo a si mesmo com essa parte tão lasciva.
- Ele...eles...Venderam documentos importantes do ministério durante toda a última década...também...destruíram vários relatórios que incriminavam Comensais em grandes cargos...
- Bom, muito bom, Draco. – Murmurou Harry, agora se concentrando em lamber a pele pálida exposta todo para si – Você está indo realmente muito bem...
- Harry, pare com isso... – Suspirou o outro – Assim não posso me concentrar.
- Você já me disse o suficiente. Não precisa se concentrar agora... – O moreno segurou o queixo do menor forçando-o delicadamente a inclinar o rosto em sua direção deixando seus lábios à uma distância confortável dos seus – Pode apenas relaxar.
O beijo que se seguiu foi mais quente e carregado de desejo do que todos os outros que trocaram até aquele momento, Harry provocava os lábios do menor, sugando-os até que estivessem doloridos e então lhes acariciava com a ponta da língua. O moreno de alguma forma conseguiu virá-los no sofá, pressionando o corpo do outro sobre o acento, sua boca deixou a dele e começou a explorar todo caminho que tinha livre entre seu queixo a parte aberta de seu uniforme, sentiu vontade de rasgar o uniforme do outro para que este parasse de incomodá-lo.
- Harry... – Era tudo que o loiro podia suspirar, como se não conhecesse qualquer outra palavra, à magia que emanava do moreno o estava inebriando, ele se sentia flutuar com todo aquele estímulo e uma parte muito específica do seu corpo latejava e doía a cada movimento que o maior fazia sobre si.
- Você disse alguma coisa Draco? – Implicou o outro, forçando seu corpo para baixo e friccionando a área sensível do loiro.
- Você vai...assim você vai... – Draco tentou dizer mas os dentes de Harry se fecharam com força em sua clavícula cortando sua linha de raciocínio e enviando uma corrente elétrica até seu baixo ventre – Mn.
- Você faz cada som delicioso Draco... – Disse o moreno, não reconhecendo os próprios atos, mas entretido demais para se preocupar com algo tão sem importância.
- Desse jeito eu vou... – O loiro engasgava-se com as próprias palavras devido a todo o prazer que sentia irradiando de si.
- Vai fazer o que? – Perguntou Harry, não se contendo e finalmente abrindo desesperado a camisa do outro, o peito pálido subia e descia rapidamente, implorando por uma marca que Harry estava mais do que disposto a oferecer, à boca do moreno fechou-se em um mamilo duro e rosado e ele ficou deliciado com o sabor daquele pequeno pedaço de carne – Vai o que Draco?
- Eu vou...Mn. – O loiro não conseguiu responder, tudo aquilo foi muito para ele, muita magia, muita dor, muito estímulo e finalmente muito prazer para que seu corpo adolescente pudesse aguentar, ele se derramou nas próprias roupas com um suspiro resignado e constrangido, seu corpo parecia mole como seiva de Mandrágora recém colhida e ele não se sentia capaz de mover um único músculo.
- Bom, isso foi lindo Draco. – Disse Harry que tinha atingido o próprio ápice quando o loiro assumiu aquela expressão de puro deleite – Você foi lindo.
- Eu...eu não...você...- Draco não sabia o que dizer, suas palavras saiam arfantes e pouco compreensíveis.
- Fique quietinho sim? – Disse Harry capturando seus lábios entre os dentes com força o suficiente para arrancar uma gota de sangue, mas com o corpo sensível como estava tudo o que Draco conseguiu fazer foi gemer, o moreno sorriu um pouco mais e se levantou do sofá – Isso foi interessante.
- Interessante? – Perguntou Draco tentando - se posicionar de forma mais digna no sofá, mas a sensação agora fria e melada em suas calças tornava qualquer aparência de dignidade quase inalcançável para ele.
- Sim. – Disse o moreno calmamente jogando seus cabelos suados para trás e retirando uma varinha negra e lustrosa que Draco nunca tinha visto antes em sua mochila ao lado do sofá, com um movimento hábil e algum feitiço silencioso que Draco desconhecia o moreno limpou à bagunça que os dois fizeram em si mesmos – Quero que traga Nott até aqui assim que achar que pode fazê-lo sem suspeitas, faça da mesma forma que fez com Zabini, traga Blaise também.
- Sim, claro. – Disse o loiro ainda confuso com a velocidade com que às coisas estavam acontecendo ali – A gente...eu devo sair agora?
- Vou levar você, Gael está caçando e não quero atrapalhar. Não precisa se desiludir, com o mapa posso cuidar para que nenhum professor ou monitor nos pegue.
Harry apanhou sua mochila e seu mapa e caminhou em direção à porta sem sequer olhar para Draco, o loiro ficou parado por alguns segundos, sem acreditar no que estava acontecendo, engolindo o aperto que sentiu no peito ele seguiu o moreno em silêncio, até que estivessem diante da entrada da Sonserina, Draco ainda estava atordoado quando Harry se virou para ele sorrindo e lhe roubou um beijo leve e rápido.
- Boa noite, Draco.
- Boa noite. – Respondeu ele e então assistiu enquanto Harry partia, o aperto se tornando mais forte a cada passo que o maior dava para longe de si – Merda, o que diabos foi tudo isso?

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