Capítulo 19 - Bônus

1.9K 247 30
                                    

Betado por @smjkbien.
Muito obrigada.

“Tudo no mundo é sobre sexo. Exceto Sexo. Sexo é sobre poder.”
- Oscar Wild

Haviam muitos momentos em que Tom se perguntava porque dava ouvidos a Nagine. A serpente tinha o costume irritante de estar certa e de saber exatamente o que ele estava precisando, mas é claro, as vezes ela lhe mandava pro caminho errado, e quando isso acontecia era desastroso, e o homem estava com a impressão de essa seria um daqueles momentos.
A música ao seu redor era alta e desconexa, centenas de pessoas convulsionavam umas contra as outras em cenas repugnantemente despudoradas, o ar estava impregnado com algum vapor pesado de cheiro enjoativo o que tornava muito mais difícil enxergar qualquer coisa a mais de um metro da distância. Ele não costumava odiar clubes trouxas quando estava na idade de frequenta-los, mas sem dúvida os odiava agora, ele já tinha perdido a conta de quantas vezes durante a noite alguém o tocou sem sua permissão.
- Quer um refil, amor? – Perguntou a mulher que servia o bar, sua voz arrastada e doce, um flerte descarado que não o atraia em nada, contudo ele aceitou o refil, a bebida ao menos era melhor do que na sua época.
- Você não dança?! – Perguntou um homem sentando no banco vazio ao seu lado, Tom estava prestes a dispensa-lo sem qualquer delicadeza quando seus olhos encontraram os dele. Verde esmeralda. O moreno piscou longamente, dando mais atenção aquele homem do que tinha dado a qualquer outra pessoa durante a noite, analisou-o melhor, ele era bonito de uma forma clássica, seu corpo era trabalhado na medida certa e ele tinha a mesma altura de Tom, aparentava estar entre os vinte e os trinta anos, seu cabelo castanho escuro era ondulado e jogado para o lado de forma descuidada, e olhando de perto, Tom podia ver que seus olhos não eram realmente verdes, ele estava usando aquele tipo estranho de vidro que o trouxas usavam para mudar a cor dos olhos, o lorde bufou, perdendo quase completamente seu pouco interesse – É um desperdício enorme ser tão lindo e ficar sentado ai sozinho durante toda a noite.
- Tenho certeza de que a noite inteira foi um desperdício do meu tempo. – Respondeu Tom, bebendo o que restava em seu copo e olhando significativamente para a moça do bar, a mulher foi rápida em pegar a dica e encher seu copo outra vez.
- Ei, não precisa ser... – Disse o homem, inclinando-se mais próximo de Tom – Eu poderia fazer sua noite valer a pena.
Tom riu gostosamente da arrogância do homem, era quase divertido.
- Você acha?! – Respondeu Tom, não era como se ele estivesse flertando de volta, estava apenas mantendo a conversa em movimento, sua noite era estava sendo completamente desinteressante, responder ou não aquele homem não mudaria nada.
- Tenho certeza. – Continuou o outro, agora pressionando seu corpo dentro do espaço pessoal de Tom, sussurrando em seu ouvido de forma quente e sedutora – Eu seria inesquecível.
Tom pensou a respeito, o homem era definitivamente bonito, e sua autoconfiança era um pouco excitante, Tom sempre gostou de quebrar aquele tipo de homem, reduzi-los a uma massa de sensações, faze-los implorar por mais como nunca pensaram em fazer nada vida. Ele não tinha mesmo nada de melhor para fazer naquela noite, e se ao menos voltasse para mansão com cheiro de sexo Nagine pararia de lhe importunar por algumas horas.
- Veremos. – Respondeu Tom, sorrindo de forma predatória, ele chamou a atendente pedindo sua guia, pagou a conta com o cartão magico que conseguiu no Gringotes, aquela coisa era definitivamente útil, dado que ele não fazia ideia do valor da moeda trouxa – Para onde vamos?
O homem pareceu extasiado, e enquanto caminhavam para fora do Clube, Tom notou a forma como as pessoas o olhavam com inveja, ele sorriu, não importa onde fosse ou quanto tempo passasse, aquela era sempre a reação que causava. Se lembrou dos bailes que frequentou quando saiu de Hogwarts, como cada um dos homens e mulheres com quem interagiu o olhava com desejo expectativa, implorando para ser escolhido naquela noite, de repente ele se sentiu velho, era obvio quanto tempo tinha se passado desde o último baile que frequentou e mesmo os anos não fossem visíveis em sua aparência, ele ainda os sentia pesando em sua alma.
Os dois encontraram um hotel a alguns quarteirões dali, era bonito e bem iluminado, o homem sorriu para ele quando se dirigiu a recepção e ordenou seu melhor quarto. Queria impressiona-lo, Tom sorriu para si mesmo, tão previsível, bom não importava, serviria ao seu propósito. Foram conduzidos por um dos funcionários, que não parava de lançar olhares cobiçosos para ambos, ele foi muito educado quando entregou a chave e se despediu. O quarto em si não tinha muito para ser notado, não era demasiado ostentoso, o que agradou a Tom. Havia uma cama enorme próxima a uma janela, um sofá, uma mesa de centro e vários outros moveis que não mereciam atenção, sobre a mesa de centro havia uma garrafa de champanhe e um par de taças, Tom preferia Uísque, mas não ia reclamar.
Quando Tom virou de costas encontrou o homem de braços cruzados, seus olhos falsamente verdes o estavam bebendo, cobiçando cada detalhe de forma despudorada, melhor assim, o moreno não estava no clima para flertes preliminares. Sentou-se então no sofá, servindo para si mesmo um copo de champanhe.
- Tire suas roupas. – Ordenou ele, o homem sorriu erguendo uma sobrancelha.
- Direto ao ponto, então?!
- Isso é o que você queria, não?! Não há qualquer razão para fingir outra coisa agora. Tire suas roupas ou vamos acabar logo com isso, não estou no melhor dos humores hoje.
Com um suspiro longo e um sorriso devasso o outro começou a se despir, Tom mantinha os olhos fixos em cada pedaço da pele bronzeada que aparecia, saboreando o champanhe de boa qualidade. Quando o homem terminou ele continuou a encarar, o olhar predatório em sua face fazia o corpo do parceiro se aquecer, fazendo uma coloração avermelhada cobrir seu peito bronzeado.
- Então... – Perguntou o homem, colocando as mãos para trás, expondo-se completamente.
Não era uma imagem ruim, Tom admitiu em sua mente. Aquele era um maravilhoso espécime de homem, claro, ele preferia uma pele mais clara e leitosa, talvez feições mais suaves e olhos que fossem realmente verdes e não apenas uma imitação.
- Você tem um belo corpo. – Concedeu Tom e o homem encheu o peito com orgulho, o lorde quase revirou os olhos - Venha mais perto. – Obedientemente o homem de cabelos castanhos se aproximou até que seus joelhos encostassem nos do moreno, Tom inclinou-se para frente apenas o suficiente para alcançar seu rosto e puxa-lo para baixo, fazendo o outro ajoelhar-se entre suas pernas, Tom encostou a taça nos lábios entreabertos do outro, inclinando apenas para que um gole se forçasse para dentro – Você parece nervoso. Se arrependendo?
Tom sabia que não era o caso, ninguém nunca se arrependia de acompanha-lo, mas aparentemente o homem estava se dando conta naquele momento da posição que ele ocuparia naquela noite, o lorde quase sorriu, era obvio que esse não era o desfecho que o outro esperava.
- Pareço arrependido? – Perguntou o castanho, sorrindo nervosamente e espalhando as mãos sobre as coxas de Tom, o moreno sentiu o calor da excitação começar a preenche-lo.
- Parece hesitante. O que foi?! Nunca ficou de joelhos para outro homem? – Provocou Tom e o leve rubor que coloriu as bochechas do homem era alguma indicação, ele estava certo, Bom, isso vai ser mais interessante do que supus, pensou Tom, arrastando os dedos sobre o maxilar alheio, apreciando a forma como suas pupilas estavam dilatando apenas com aquele toque - Mas alguém já fez isso para você. – Não era uma pergunta, então o outro não se preocupou em confirmar, apenas lambeu os lábios de forma gulosa – Então você sabe o que fazer.
O moreno encostou-se no sofá outra vez, separando mais as pernas, dando livre acesso ao outro, hesitante o homem estendeu as mãos para abrir a calça de Tom, encontrando rapidamente seu membro ainda flácido, ele começou a acariciar o moreno tentando arrancar alguma reação, e Tom suspirou, mas era puro desgosto.
- Eu esperava mais de você. Esperava um verdadeiro amante, dada a sua atitude, mas as aparências enganam, eu suponho. – O homem entre suas pernas, corou de vergonha ou irritação ele não sabia dizer e na verdade não se importava.
A provocação não o fez desistir, ao invés de disso o colocou em movimento, o homem encostou os lábios quentes e úmidos contra o membro do moreno sugando levemente, sem realmente introduzi-lo em sua boca, Tom fechou os olhos e se permitiu apenas sentir, com os olhos fechados ele podia simplesmente imaginar que era outra pessoa ali, um rapaz corado de constrangimento, mas incrivelmente determinado em lhe agradar, o carinho e as risadas compensariam a falta de técnica e o comportamento desajeitado. Tom estendeu a mão para alcançar os cabelos sedosos e ditar um ritmo, quase suspirou de desagrado quando percebeu as madeixas muito mais curtas do que aquelas em sua imaginação. Puxou o cabelo irritado, sem se importar se estava machucando ou não.
- Hn. – Lamentou o outro, seus lábios ainda acariciando a parte mais sensível de eu corpo, o homem sugou com mais força, e Tom percebeu que ele tinha gostado da dor, então repetiu o gesto – Ahn.
- Gosta disso? – Perguntou Tom, puxando seus fios castanhos e buscando seus olhos, onde mal se via o verde indigno além do preto da luxuria – Gosta de sentir dor?
- Gosto se for você. – Respondeu o outro ofegante, Tom sorriu.
- Bom saber. – O moreno então segurou os cabelos curtos da nuca do homem, forçando seu rosto contra sua ereção finalmente desperta, ditando um ritmo impiedoso e duro que depois de alguns momentos ele conseguiu se acostumar, Tom sentia seu membro tocar a garganta do outro seguidas vezes, fazendo-o engasgar - Ahn. Ainda está gostando?!
- Sim. – Respondeu o outro quando Tom lhe deixou livre por alguns momentos, seus lábios estavam vermelhos devido ao abuso e o prazer de Tom escorria levemente pelo queixo, o moreno ainda não tinha gozado, mas o liquido pré-seminal foi o suficiente para marcar o rosto do outro.
- Mostre-me o quanto você está gostando. Se toque para mim. – O homem escorregou uma mão entre as próprias pernas, mas Tom o deteve, acenando para que se levantasse, o outro encarou confuso, enquanto o moreno puxava a mesa de centro para mais perto do sofá, deixando-a a pouquíssima distancia – Sente-se aí.
- E agora? – Perguntou o homem ofegante.
Tom posicionou as pernas do homem abertas, seus pés apoiados no sofá, de forma que o moreno podia ver absolutamente toda a área intima do outro, o membro inchado e gotejante, os testículos duros, as nádegas redondas e avermelhadas e principalmente entrada pulsante que parecia lhe convidar. O homem parecia desesperado, completamente perdido na nevoa de prazer e na humilhação de se expor daquela forma para Tom.
- Agora você pode começar. E não ouse afastar os olhos de mim.
O moreno observou o outro se contorcer, a palma da mão espalhando o próprio gozo sobre seu pênis, dando puxões lentos e firmes enquanto se esforçava para manter os olhos abertos apesar do prazer, Tom o deixou se contorcer por longos minutos, até que ele se encontrasse a um passo do orgasmo, só então o moreno fez algum movimento, tirando a gravata que estava vestindo enrolou o membro gotejando do homem, detendo a ejaculação eminente, ele choramingou de desespero e necessidade. Tom riu maliciosamente.
- Não vou deixar você acabar tão cedo. Ainda temos a noite toda. – Garantindo que ele não conseguiria chegar onde seu corpo ansiava Tom começou a tocar o homem, puxando dolorosamente, forçando longas fitas peroladas para fora do membro do desconhecido – Não vamos desperdiçar nada, certo?!
O moreno então arrastou seus dedos melados até a entrada do homem deitado sobre a mesa, ainda sem permitir que o outro afastasse seus olhos verdes circundou o anel apertado de músculos por pouquíssimos segundos, antes de forçar o indicador impiedosamente dentro do corpo quente a sua frente, o outro se viu incapacitado de manter os olhos abertos devido a dor, ele gemeu e se contorceu, apertando o indicador de Tom de forma quase dolorosa.
- O que eu disse sobre afastar os olhos dos meus?! – Alertou Tom, torcendo seu dedo e fazendo o homem se contorcer, ele abriu os olhos e encontrou os rubis raivosos de Tom fixos em seu rosto.
-Des-Desculpe. – Gemeu ele, Tom sorriu e depois de torcer o dedo um pouco mais, acrescentou um digito, o outro mordeu os lábios para se conter, mas dessa vez manteve os olhos abertos.
- Bom, muito bom, você aprende bem rápido. – Disse Tom, tesourando seus dedos para alargar a entrada que chamava por ele, nesse meio tempo sua outra mão arrastou-se sobre o corpo do outro, acariciando a barriga lisa antes de se instalar sobre um de seus mamilos, o moreno torceu-o com força, apenas a um passo de ser mais doloroso do que prazeroso – Meu nome é Tom, a propósito. É bom você saber a quem vai implorar.
- Ahn...Tom. – Gemeu ele, seu interior se contraindo enquanto Tom adicionava mais um dedo, forçando-os contra o feixe de nervos em seu interior – Por favor, por favor, eu-eu não aguento mais...
- O que você quer? Seja mais especifico.
- Qualquer coisa... – Implorou o homem, os olhos semicerrados de prazer, quase incapaz de mantê-los abertos e encarando Tom como o moreno queria – Me toque...
- Estou te tocando. – E como que para provar seu ponto, Tom estocou o feixe de nervos com os dedos juntos.
- Por fa-favor...
- Por favor o que? – Implicou Tom, se divertindo imensamente ao assistir aquele homem perder completamente a pose arrogante com a qual se apresentou antes – Você precisa ser mais claro.
- Me fode...- Lamentou ele quando Tom torceu seu outro mamilo – Me come, por favor...Eu vou fazer qualquer coisa, só...por favor.
Tom não era exatamente um fã de palavreado chulo na cama, mas aquilo foi direto e assertivo o suficiente, então ele relevou. Não era de todo ruim, ele admitiu para si mesmo.
- Muito bem. Vou dar um fim a sua miséria. - Tom então segurou o próprio membro negligenciado, que estava agora tão duro em suas mãos que chegava a doer, com alguns puxões ele lambuzou seu próprio pênis com o liquido choroso, lubrificando-o como podia antes de puxar o homem para seu colo, posicionando sua entrada abusada sobre seu membro gotejante, Tom sorriu – Foi você quem pediu.
- TOM! AAAAAAAAAAAAAAAAAH! - O Grito foi tão alto e desesperado que Tom acreditou que podiam ouvir até mesmo do saguão, sem esperar que o outro se acostumasse com a invasão Tom investiu contra ele, sentindo a entrada apertada e quente se contrair em protesto a cada movimento.
Era exatamente essa distração que ele estava precisando, aquele frenesi entorpecedor, aquela falta de pensamentos racionais. O moreno estocou contra o corpo do outro ignorando completamente seus gemidos, não se preocupando nenhum pouco em saber se eram de dor ou prazer, estava ocupado demais perseguindo a própria liberação para realmente se importar. Se aquela dança sincronizada e luxuriosa levou horas ou minutos ele não percebeu, quando finalmente alcançou seu ápice ele estava incrivelmente bêbado de prazer.
- Harry! Meu pequeno... – O moreno sibilou o nome do rapaz enquanto enchia o corpo de outro homem com a seu prazer, com respirações longas e pesadas Tom abrandou seus movimentos.
- Tom... – O gemido do outro era um lamento sonolento e quando Tom olhou para ele viu que o outro ainda estava contido por sua gravata, o moreno finalmente estendeu a mão e libertou o pênis inchado do homem, longos fios de gozo lançaram-se contra seu corpo conforme o membro do parceiro sofria espasmos, um dos jatos acertou o rosto do próprio homem, mas ele não pareceu sequer perceber aquilo, seu corpo desfalecendo nos braços de Tom, exaurido de qualquer energia depois daquele ato.
O moreno continuou naquela posição por alguns momentos, deixando seu corpo descer do alto do orgasmo. Aquilo foi agradável, não ia negar isso, mas ele ainda não se sentia satisfeito, como poderia?! Aquele não era o corpo que queria possuir, aqueles não eram os olhos que ele queria ver nadando em prazer, e aquela definitivamente não era a voz que ele gostaria de ouvir quando atingisse o orgasmo.
Saiu de dentro do corpo do homem e deixou-o deitado no sofá, ele não parecia prestes a acordar e mesmo que estivesse Tom não estava no humor pra outra rodada. Ele queria voltar para mansão, queria tomar um longo banho quente e deitar sozinho na própria cama, ele não conseguiria mesmo dormir ao lado de outra pessoa.
Tenho certeza que conseguiria dormir ao lado de Harry. Sua mente forneceu contra a sua vontade e aquela voz era irritantemente parecida com a de Nagine.
- Por que eu ainda a escuto?! – Perguntou-se ele enquanto executou um feitiço de limpeza sobre si, limpou o homem também, não havia qualquer razão para não fazê-lo, não é como se ele fosse ficar e assistir seu prazer escorrendo por entre as pernas do outro mais tarde.
Ele sequer se preocupou em caminhar para fora do hotel, aparatou de volta a mansão direto do banheiro. Nagine estava na sala como sempre, mas assim como ele supôs não fez nenhuma pergunta ao sentir o cheiro de sexo exalando de seu mestre. Depois de limpo, o homem se jogou ainda completamente molhado sobre a cama, ele realmente não queria dormir sozinho naquela noite, mas a companhia que ele queria definitivamente não estava disponível para si. Harry provavelmente estaria dormindo naquela hora. Talvez ele esteja tendo exatamente o mesmo tipo de diversão com o menino Malfoy. Importunou sua mente e Tom rosnou para afastar o pensamento. Ele preferia pensar que o garoto estava descansando, ele deveria estar, afinal Tom tinha dado uma missão realmente importante para o seu menino, e ele realmente esperava que ele estivesse se preparando de acordo.
O lorde virou para o lado e puxou um travesseiro contra seu corpo, deliberadamente abraçando-o, era estupido, mas ele estava desejando que apenas uma vez ele pudesse se deitar com Harry daquela forma, não haveria necessidade de toca-lo de forma inapropriada, apenas aquilo serviria. Era patético, mas Tom adormeceu imaginando exatamente isso, apenas dormir com os braços em volta de Harry Potter.

Harry Potter e o Mentor das TrevasWhere stories live. Discover now