Capítulo 19

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Betado por @smjkbien.
Muito obrigada.


“O homem é menos ele mesmo quando fala na sua própria pessoa, dê-lhe uma máscara e ele te dirá toda a verdade. ”
- Oscar Wild

Duas semanas de muito trabalho se passaram, e finalmente era o dia de colocar o plano em pratica.
- Mione, isso não é um bom plano! – Anunciou Harry olhando-se no espelho dentro da sala precisa, a grande faixa de tecido preto firme em uma de suas mãos – Você tem certeza que essa coisa vai distorcer minha voz?
- Eu já disse que sim! Quando foi que você começou a duvidar de mim? – Perguntou Hermione irritada – Nós não temos exatamente outras opções temos?!
- Ok. – Disse o garoto resignado ao envolver todo seu rosto com a faixa, olhando-se no espelho ele pensou que estava realmente aterrorizante, Sirius estava ao seu lado de braços cruzados parecendo incrivelmente mal-humorado, sua roupa era praticamente igual à do moreno mais novo, o couro negro, a capa longa e o rosto coberto por uma faixa negra que era a única coisa que os diferenciava, pois a do Animago deixava seus lábios a mostra – Todos sabem exatamente o que fazer certo?!
- Já repassamos o plano um milhão de vezes Mordred. – Disse a menina esfregando as têmporas – Não sei do que você tanto reclama se quem vai atrair nossos amigos sou eu...
Harry se encolheu ao ouvir sua alcunha, mesmo que já fizessem semanas ele ainda não conseguira se acostumar. Olhou para os companheiros avaliando-os por um minuto, em outro momento da vida ele não poderia imaginar um grupo tão improvável reunido ali e principalmente aguardando suas ordens, apesar do orgulho ele também se sentia inseguro de uma forma que nunca se sentiu, hoje seria a primeira parte de uma verdadeira missão confiada a ele por Tom, era algo importante em que ele não poderia falhar.
- Muito bem então. Vamos começar.
Vários minutos depois Hermione e Draco (agora polissucado como o próprio Harry) entraram na ala precisa aparentemente vazia acompanhados de Neville, Fred e George, eles estavam sorrindo e pareciam animados, Harry quase se sentiu culpado pelo que faria a seguir, mas se consolava com a ideia de que se tudo corresse como planejado, talvez ele pudesse contar a verdade a eles dentro de pouco tempo.
Com um gesto largo Harry apagou todas as luzes cômodo e garantiu que a porta se fechasse, a partir dali não havia volta. O moreno não estava surpreso por enxergar os amigos perfeitamente no escuro enquanto eles pareciam confusos e na defensiva, ele deu um suspiro longo e cansado que não era totalmente atuação.
- Ate-os. – Demandou o moreno mais jovem.
- Sim. – Disse Sirius e seu Tom de adoração era algo que ele nunca se acostumaria, ainda que entendesse a necessidade de tal artificio quando personificava Mordred – Incarcerous.
Cordas invisíveis rapidamente envolveram todos, inclusive Hermione e Draco/Harry. Sirius manteve todos suspensos no ar enquanto Harry religava as luzes.
- Quem são vocês? O que estão fazendo? – Perguntou um dos gêmeos aos berros – Nos dessa daqui agora.
- Temo que não possa fazer isso. – Disse Mordred, demonstrando toda a calma que Harry não sentia – Preciso conversar algo com vocês antes.
- Nos solte e pensaremos sobre isso. – Disse Draco, fazendo o possível para soar como Harry teria soado.
- Vocês não têm muita escolha além de me ouvir. Se vocês se acalmarem posso deixar que se sentem, mas infelizmente precisarão continuar atados. Eu lamento. – E ele de fato lamentava.
- Quem diabos é você?! O que quer? – Perguntou o outro Weasley olhando para Harry com fúria pura nos olhos azuis.
- Você pode me chamar de Mordred. Eu quero lhes contar uma história, e então fazer uma proposta.
- Estamos meio velhos para historias você não acha?! – Ironizou um dos gêmeos e o moreno quase riu com o gracejo.
- Isso será muito mais rápido se vocês se calarem para me ouvir, não quero ser obrigado a cala-los a força. – Quando ele viu todos serrarem os lábios se sentiu aliviado, talvez aquilo não precisasse ser tão desagradável quanto ele previu – Sente-os.
Obedientemente Sirius desceu os amigos, sentando-os em cadeiras materializadas na sala imediatamente, eles ainda não pareciam nenhum pouco confortáveis, mas era sem dúvida uma posição melhor do que pendurados no ar.
- Estamos ouvindo. – Disse Hermione a apreensão em sua voz era real demais para o moreno acreditar que era uma atuação.
- A história que vou lhes contar esta noite é parcialmente conhecida por ao menos dois de vocês, e embora ela lhes vá deixar desconfortáveis peço que me escutem até o fim... – O moreno respirou fundo antes de começar - Alice e Frank Longbottom foram grandes feiticeiros e lutaram ferrenhamente pelo lado da luz na última grande guerra bruxa...
- Ora seu!! – Começou Neville, seu rosto corado de pura irritação.
- Neville, não. – Alertou Hermione e o rapaz mordeu os lábios para se conter, Harry continuou como se não tivesse sido interrompido.
- Na noite da queda de Voldemort eles foram encontrados por um grupo de comensais da Morte... – Neville ficou pálido, mas Harry se forçou a continuar – Estes comensais estavam em busca de seu mestre e não pouparam esforços em sua procura, recorrendo a dúzias de maldições e por fim a uma das imperdoáveis...Contudo, devido a força de seus espíritos eles sobreviveram ao terrível incidente, infelizmente não sem sequelas...Os Longbottom foram esquecidos e abandonados no Saint’ Mungus depois da guerra, descartados por um Senhor da Luz que não encontrava nenhum uso para eles em tempos de paz, um Senhor da Luz que nunca se preocupou em tentar ajuda-los.
- Isso é mentira! – Gritou Neville com lagrimas nos olhos – Não ouse falar dos meus pais...Não ouse...
- Agora que a guerra se aproxima novamente eles correm perigo. – Disse Harry ignorado o rompante do amigo – Alice e Frank eram grandes amigos de Lilian e James Potter, e esses quatro amigos detinham naquela época um importante segredo que Dumbledore mataria para manter guardado.
- Dumbledore nunca feriria meus pais. Nunca feriria ninguém! – Disse o rapaz.
- Sim ele faria. Pois seus pais são atualmente a única prova de seu crime. Dentro de suas mentes destruídas está a verdade sobre aquela noite, sobre a noite de Triunfo da Luz.
- Que verdade é essa?! – Perguntou um dos gêmeos.
- Eu não poderia simplesmente dize-la a vocês poderia?! – Disse o moreno sorrindo sem qualquer humor – Não, vocês precisam vê-la com seus próprios olhos... precisam ver Dumbledore por quem ele realmente é.
- Nós nunca vamos acreditar em você! – Anunciou o outro gêmeo, recebendo um aceno afirmativo de Neville e do irmão.
- Antes de fazer minha proposta a vocês, eu tenho uma pergunta. Se Voldemort planejava atacar os Potter naquela noite, por que seus comensais invadiram a casa dos Longbottom procurando por ele?
Todos ficaram em silencio contemplando aquela nova questão, Neville foi surpreendentemente o primeiro a dizer algo.
- Por que?
- Atacar os Potter não foi algo planejado. – Disse o moreno, sentindo novamente o peso daquela verdade como quando a ouviu pela primeira vez – Voldemort nunca planejou matar Harry Potter.
- Então por que os pais dele estão mortos?! Vai dizer que foi um acidente?! – Gritou o Weasley.
- Não. Outra pessoa planejou a morte daquela família naquela noite, a mesma pessoa que vem tentando matar Harry por todos esses anos.
- Você-sabe-quem quer mata-lo. – Disse o outro ruivo nervosamente.
- Ele não quer. Nunca quis.
- Você é apenas um mentiroso. Um maldito comensal. Voldemort matou minha irmã, matou meus tios...ele é um assassino. – Acusou um ruivo.
- Sim, ele é. Mas era a guerra, ainda é a guerra. Ambos os lados têm sangue nas mãos.
- Nós não torturamos e matamos! – Afirmou com determinação o ruivo.
- Ele está dizendo a verdade Neville? – Perguntou Harry se aproximando do amigo – O lado da luz é tão bom quanto ele alega?! Clara e Berta Carrow, Abraxás Lestrange, Eleonor Black, Bartolomeu Crouch Jr., ...Belatrix Lestrange, Aleto e Amico Carrow...
- Quem são estes? – Perguntou Hermione verdadeiramente confusa, ela não tinha aquela informação.
- Neville?! – O rapaz engoliu em seco, sua palidez aumentando até uma tonalidade quase doentia.
- São os nomes dos comensais mortos pela ordem na última noite da guerra, outros estão presos em Azkaban com os dementadores pelos últimos treze anos... Muitos nem foram a julgamento. – Respondeu o rapaz, a voz por um fio.
- Você tem certeza que não matam e torturam?! – Continuou Harry sua voz repleta de frieza e ironia – Não existem santos em uma guerra. Sinto lhe informar.
- Por que está nos contando isso?! – Perguntou Neville – O que você quer?
- Eu já disse. Quero lhes fazer uma proposta. Entendam, eu sei que vocês não vão simplesmente acreditar nas palavras de um completo desconhecido, mas há duas pessoas que eu sei que poderão convence-los.
- Quem?
- Frank e Alice Longbottom.
- Que brincadeira de mau gosto é essa?! Meus pais estão internados na área psiquiátrica, como você obviamente sabe.
- Sim, e para isso preciso de vocês.  Tenho que tirá-los de lá. – Disse Harry segurando a respiração.
- Você é louco. - Acusou Neville e o moreno se aproximou ainda mais do menino.
- Talvez eu seja, mas se eu não for...você não gostaria de realmente conversar com seus pais?! Você não acha que eles adorariam conversar com você?!
- Pare com isso. - Gritou o rapaz em agonia - Meus pais nem sabem que tem um filho...
- Eles saberão.  E saberão também que seu filho é um grande bruxo, que salvou suas vidas, que os livrou de uma prisão terrível... - Disse o moreno - Eu conheço alguém que pode ajudar seus pais.
- É mentira. - Gritou um Weasley - Se isso fosse possível Dumbledore já teria feito.
- Dumbledore visitou seus pais sequer uma vez em todos esses anos?! Pense Neville, como ele poderia sequer tentar ajudar seus pais se nunca foi vê-los?! - O moreno podia ver a dor e a confusão nos olhos de Neville, e ele lamentou pelo garoto, era tanta coisa para assimilar, em tão pouco tempo e o verdadeiro problema sequer tinha começado - É claro que eu poderia estar mentindo, mas se eu não estiver, se houver uma chance mesmo que ínfima de que o que estou propondo funcione, não vale a pena tentar?!
- E como faríamos uma loucura dessas?! - Perguntou o rapaz confuso.
- Neville, você não pode estar falando sério. Olha para esse cara, ele não inspira qualquer confiança...
- Se fossem seus pais?! - Gritou o rapaz - Você não tentaria? Se você tivesse visto durante toda a sua vida eles serem alimentados por enfermeiros, dois dos melhores aurores de sua geração usando fraudas?! Você não iria? Por menor que a chance fosse?
Um silêncio pesado inundou a sala, cada um dos presentes preso em suas próprias dúvidas e ponderações, não importava qual escolha fosse tomada ali, algo mudaria drasticamente dali para frente, se para melhor ou pior só o tempo poderia dizer.
- Como vamos fazer isso? - Perguntou Hermione, seu rosto manchado pelas lágrimas, a menina parecia ter se esquecido completamente que ela própria havia planejado a situação.
- Precisa ser feito está noite. - Disse o moreno sentindo-se aliviado pela forma como as coisas estavam correndo - Há alguém esperando por nós em Saint'Mungus, teremos exatos dez minutos para entrar e sair com Frank e Alice Longbottom.
- Isso é impossível.  - Disse um dos ruivos - Não há como entrar e sair do hospital sem que ninguém nos veja.
- Nós seremos vistos. - Afirmou Harry - Metade da equipe falhará alarmantemente na tentativa de roubar todo o suprimento de poção de reposição sanguínea, enquanto a outra parte extraí os Longbottom.
- Como quem pegar os remédios vai fugir?! É impossível aparatar no hospital. Como sairíamos?
- Eu cuidarei disso, vocês só precisarão estar aqui às duas e vinte da manhã.  Eu lhes diria para não contar a Dumbledore, mas não acho que Neville vai permitir que vocês destruam a chance dele ajudar seus pais. Vejo vocês as duas. Nox.
Com a sala novamente mergulhada na escuridão Harry trocou de lugar com Draco, que já estava começando a ter seu cabelo clareado, feita a troca ele dispensou Draco e Sirius e soltou os nós que os atavam. Então teria início a próxima encenação.
- Esse cara sabe fazer uma cena! Vocês estão bem? Fred?! - Perguntou o ruivo.
- Ok. Confuso, mas ok. E você?
- O mesmo! - George se levantou estalando os ossos do corpo e olhando para os amigos que permaneciam sentados - Mione, já ouviu falar desse cara, esse Mordred?! Como ele conseguiu entrar na escola de qualquer forma?
- Mordred foi o assassino de rei Arthur. E ele entrou, provavelmente da mesma forma que vocês saem. - Respondeu a menina mordendo o lábio e olhando para Harry - O que vamos fazer?
- Eu duvido muito que um personagem histórico com séculos de idade viria até aqui e tentaria convencer cinco estudantes a sequestrar os pais do Neville.  - Disse Fred encarando o aludido, que por sua vez permanecia na mesma posição desde a partida de seus atacantes, como se ainda estivesse amarrado - Neville, você está ok?!
- Não, não estou. - Disse o rapaz, seus olhos estavam inchados e a voz grossa e pesada - Como esse cara sabe dessas coisas?! Ninguém na escola sabe. Ninguém além dos professores eu acho.
- É verdade? As coisas que ele disse sobre os comensais mortos? - Perguntou Fred, perturbado com a possibilidade.
- Sim. Minha avó me contou muitas coisas sobre a última guerra, várias famílias foram despedaçadas, muitas delas eram famílias afiliadas as trevas. - Admitiu Neville, resignado - Era uma guerra afinal.
- Mas... mesmo assim. Nós não torturamos.  - Disse o ruivo, mas parecia incerto como se tentasse convencer a si mesmo.
- Você já ouviu falar sobre Veritasserum?! - Começou Hermione chamando a atenção de todos para si - É uma poção da verdade. Não importa em que você acredite ou o quanto você queira, você contará absolutamente todos os seus segredos se alguém perguntar...Acontece, que muitos bruxos faziam feitiços de fidelidade para proteger segredos, acordos mágicos que causam dor extrema, perda da magia, até mesmo a morte se quebrados.  O ministério ignorava esses acordos e usava o Veritasserum para forçar os prisioneiros a dizer a verdade, um número incontável de bruxos morreram após o interrogatório, muitos mais se tornaram abortos ou enlouqueceram...
- Isso é terrível.  - Disse George parecendo enojado - Onde você ouviu tudo isso?
- Eu não ouvi, eu li. - Disse a menina que de repente parecia muito mais velha do que realmente era - Sempre achei os livros da biblioteca muito vagos quando o assunto era a guerra, muito parciais. Então procurei livros fora daqui, Krum tem um livro realmente interessante sobre a guerra, quando eu o li... digamos que eu fiquei um pouco confusa sobre qual dos lados era o verdadeiro vilão.
- Mione, você está falando como se acreditasse que Você-sabe-quem estava certo. - Rebateu Fred, visivelmente preocupado com a sanidade da amiga.
- Não TOTALMENTE certo. Mas...você já ouviu falar sobre a grande queima de bruxas?!
- Sim, aquela em que a Bruxa louca Eleonora foi queimada milhões de vezes porque se divertia com as chamas. - Riu o ruivo lembrando-se da história, mas Hermione não estava rindo.
- Sim, mas Eleonora não foi a única condenada a fogueira. Os trouxas queimaram milhões e milhões de pessoas acusadas de bruxaria, muitas crianças que diferente de Eleonora não sabiam se defender das chamas, muitas famílias de nascidos trouxas foram condenadas junto com seus filhos e principalmente muitas famílias condenaram seus próprios filhos.
- E o que tem isso haver com Você-sabe-quem?
- Lord Voldemort queria a separação total do mundo bruxo e trouxa. Queria que nascidos trouxa fossem retirados de suas famílias de sangue quando ainda pequenos e que a mente dos pais e conhecidos fossem apagadas para que assim não se lembrassem da existência deles. Para que coisas como a caça às bruxas nunca voltasse a acontecer.
- Mas isso absurdo?! Você queria ser tirada de seus pais? - Perguntou George, Hermione corou olhando o chão.
- Meus pais me amam. Acharam que foi um incrível presente ter uma filha bruxa, mas não é sempre assim. Os trouxas temem o que não entendem...e destroem o que temem.
- Sim. Meus tios me trataram pior do que a um elfo doméstico durante toda a minha vida, só porque eu sou um bruxo, algo que eu nunca escolhi ser. Se eu pudesse ter escolhido entre ficar com eles ou viver no mundo bruxo com meus iguais eu não teria pensado duas vezes. - Disse Harry com muita sinceridade -  O que eu estou querendo dizer, é que ambos os lados da guerra tinham ideias a defender. Uma guerra só acontece quando dois querem lutar.
- Mas nada disso quer dizer que devemos acreditar nesse maluco mascarado. - Disse George cruzando os braços - Tá, a guerra foi horrível e ninguém está livre de pecados, mas o que isso tem a ver com sequestrar os Longbottom.
- Vocês não estão nenhum pouco curiosos a respeito desse segredo?! O que Dumbledore mataria para manter... - Perguntou a menina euforicamente.
- Nem sabemos se esse segredo existe mesmo Hermione. - Rebateu Fred.
- Nada disso importa. - Disse Harry quando todos pareciam não ter o que dizer - A escolha é do Neville, são os pais dele depois de tudo. O que você quer fazer Neville?
Neville e Harry encararam se por vários segundos.  Harry não forçaria o amigo a nada, desde o princípio ele tinha escolhido respeitar completamente sua decisão.
- O que você faria?
- Qualquer coisa. - Respondeu o moreno com um suspiro cansado - Eu faria absolutamente qualquer coisa para ter meus pais de volta.
- Eu também.  - Afirmou Neville com um sorriso tristonho.
- Então está decidido, nós vamos tirar seus pais do Saint'Mungus.  - Harry estava se sentindo muito alegre e aliviado, talvez tudo daria certo, talvez Neville pudesse verdadeiramente conversar com seus pais em menos de um mês.
- Não posso pedir a vocês para fazer essa loucura comigo. - Disse o garoto.
- Não pode nos impedir de fazê-la.  - Disse Fred.
- Pois é.  O mascarado disse onde nos esperaria. - Completou George.
- Você é nosso amigo Neville, ir sem nós não é uma opção.  - Disse Harry e então Neville sorriu.
- Obrigado. Muito, muito obrigado.

Harry Potter e o Mentor das TrevasWo Geschichten leben. Entdecke jetzt