Viagem para a França - Cénevière

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Jess

Passado mais uma semana Jonathan finalmente teve alta, nem passamos em casa, do hospital fomos direto para o aeroporto entrando pela área VIP para não sermos fotografados ou alguém ver e dar o alarde que estávamos saindo do país. Iriamos desaparecer de Boston por uns dias até toda essa confusão passar.

Ajeitei uma coberta sobre John quando o coloquei sentado na poltrona, apertei seu cinto de segurança, acomodei a cadeirinha de Math na poltrona ao seu lado e Audrey ao meu lado e me sentei apertando o meu cinto, sorrimos um para o outro, menos Math que estava dormindo, esse nem sabia o que estava acontecendo. 

- É incrível como ele está crescendo rápido, não é? E a Aldy?! Está se tornando uma mocinha.

- Está... - Sorri para John. - Está bem? Não está com dor?

- Estou bem! O local dos pontos coça um pouco,mas já está tudo bem. E o seu ombro?

- Melhor... Eu só espero que isso não me impossibilite de voltar a dançar e fazer minha yoga.

- E o poli dance?

- Vai me dar trabalho em voltar a ganhar força, mas com exercícios eu consigo.

- Com a sua obstinação tenho certeza que sim.

- O que você e o Zack conversaram tanto, no dia que foi para o quarto? Tem algo de errado?

- O Sulivan ainda está solto. Ele fugiu!

- Droga. - soltei tapando a boca. - Então essa viagem não é apenas pra descanso?

- Essa viagem é para descansar. Vamos deixar que a policia resolva essa questão. Sim?

- Sim... Claro. Eu não quero me aborrecer com isso... Quero apenas vocês comigo.

- Vamos aproveitar nossos filhos, sobrinho e a linda casa do Heights.

- Dizem que é lindo.

- Estou ansioso como uma criança para chegar. -John riu

- Hummmmm... Meu bebê vai descansar muito. Vamos começar caminhadas matinais, ar puro... Vai ser bom, vou por você em forma.

- Não quero ficar em forma agora, Amor! Quero descansar e ficar bem preguiçoso.

Gargalhei.

- Eu não quero um marido barrigudo. Muito menos preguiçoso.

- Você jamais vai ter um marido barrigudo! Já preguiçoso. - ele riu.

- Hummm... Quero só ver!

- Dá um desconto, boneca! Eu quase morri. Acho que tenho o direito de ficar largado numa rede, olhando o tempo e tomando cerveja!

- Cerveja, Jonathan? Você nem pode sonhar em cerveja. - Disse pasma. - Mas deixo você ficar largado numa rede, descansando com o Matheus no colo enquanto eu e Aldy brincamos pelo jardim.

- Vinho? - o encarei séria- Suco de tomate?

- Suco de tomate? - Fiquei pensando. - Acho que é ácido demais.

- Ah! Vai à merda! - ele fez bico e riu.

- Que malcriado... - Estreitei os olhos para ele. - Uma taça de vinho acho que até pode, dentro de mais uma semana você deixará os remédios, aí vemos ver se pode ou não tomar uma taça de vinho.

- Tudo bem, Sra Patrick! Vou ser obediente.

- Muito bem meu marido, fico feliz por obedecer. - Rimos. - Feliz que está comigo... Não me canso de repetir... Ainda estou com aquela sensação ruim de perigo... Sei lá, está bem presente ainda... ainda estou com medo!

- Você foi sequestrada, trancafiada em um quarto num iate por vários dias. É natural a sensação de insegurança. Mas, Joy Miller não pode sair do túmulo. Ele jamais a fará mal novamente, meu amor!

- Eu sei que não. - Puxei o ar com força pela boca e olhei pela janelinha do jato, já estávamos alto, sobrevoando o mar. - Vamos ficar bem, não é?

- Agora vamos! Todos nós.

- John? - O encarei preocupada.

- O que foi?

- O que pretende fazer quando voltarmos? - Me soltei da fivela do cinto e me ajoelhei ao seu lado, passei a mão em seu rosto e o beijei. - Qual é o futuro que nos reservar? O que você vai fazer?

- Como assim? Quer saber o que eu decidi quanto ao concurso pra promotor?

- Sim... Quero! - Sorri amável, acariciando seu braço, eu queria poder me jogar em seu colo, mas não podia.

- Vou fazer o concurso. Mas, não para área criminal. Vou atuar em Vara de família.

- Jura? - Sorri abertamente. - Eu estou tão feliz por você, por nós... - Me ajoelhei para ficar mais perto dele e o beijei com paixão. - Estou com tantas saudades, tantas... Melhore logo, porque é como se estivesse tão distante.

- Logo estarei bom, prometo!

Descansei meu rosto em seu pescoço para sentir seu cheiro, funguei longamente, tocando com os dedos sua barba para fazer.

- Amo tanto você... Amo tanto a vida que está me proporcionando... Eu nunca mais vou te chamar de idiota... Vou te chamar de meu Herói.

- Nem mesmo quando Eu for um idiota? - ele afagou meus cabelos

- Vou fazer um esforço enorme... - Dei risada grudada em seu pescoço. - Meu idiota favorito.

- Todinho seu!

- Meu... E eu sou toda sua! - O encarei com um sorriso divertido. - Imaginou estar casado com uma patricinha?

- Nunca! E se alguém insinuasse eu chamaria de louco demente

- E se falassem que eu me casaria pela segunda vez, também diria que é um louco desvairado!

- Ainda não acredito que você aceitou mesmo se casar comigo.

- Acredite! - O beije mais uma vez. - Eu me casaria com você sempre que me pedir.

- Você é maluca, sabia? Sabe que quando você tiver a minha idade, eu serei um velho decrépito, não é?

Bom, talvez não tão decrépito. Quem sabe aos sessenta anos eu consiga ser um desses velhinhos sarados que as mocinhas babam por aí.

- As mocinhas não, pode parar... apenas essa mocinha aqui pode babar por você... E sou eu quem vou desfilar por aí ao seu lado. - Brinquei. - Pra sua sorte, as mulheres envelhecem primeiro que os homens, então vamos estar parecidos.

- Eu vou amar essa bocetinha quente, mesmo depois da menopausa. -mordisquei sua orelha e pescoço.

Dei risada tapando sua boca.

- Seu depravado! - Dei risada e o envolvi em meus braços, acariciando seus cabelos.

- Seu depravado! -ele repetiu divertido e levou a sua braguilha e me fez apertar - Seu, Inteiramente seu!

- Se comporte... - Disse apertando um pouco mais, eu vou cuidar disso assim que chegarmos, vou te por na cama... o resto eu não preciso dizer o que vou fazer, mas eu quero você bem quieto, apenas olhando meu traseiro... Subindo e descendo bem gostoso. - Apertei um pouco mais e o beijei.

- Que maldade! Acho que vou dormir um pouco. Me sinto exausto!

- Durma amor... - Passei a acariciar seu couro cabeludo com as unhas, bem de leve até que adormeceu.

A viagem foi longa, por sorte nenhuma das crianças deu trabalho.


REVENGE - FIXING YOU (completo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora