John chega em Nova York

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John

Depois de desligar o telefone fui para o meu quarto fazer as minhas malas, me sentindo mais leve. Pensei em ligar para Ellen e contar que chegaria a tempo pro nascimento da minha sobrinha, mas resolvi fazer surpresa.

Pela manhã fui até a ONG me desligar do pessoal e comunicar a minha partida.

- Como assim você vai embora, Jonathan? - Rejane esboçou surpresa.

- Está na hora de voltar, meu bem!

- Achei que você ficaria mais dois meses, John!

- Ficaria, querida! Mas, a minha sobrinha acaba de nascer. A minha irmã precisa do meu apoio. Não posso deixa-la sozinha num momento como esses.

- Mas, ela sabia quanto tempo você ficaria.

- Acho que alguém não quer deixar o bofe ir embora. - Roberto, um dos nossos companheiros esboçou. - A nossa Rej não está mais cultivando a lei do desapego.

Olhei de Rejane para Roberto e novamente para ela e haviam lágrimas em seus olhos, mas ela saiu antes de sucumbir ao choro, a segui e a interceptei no corredor.

- O que há, meu bem?! - Toquei o seu rosto.

- Acho que me envolvi demais com você, John!

- E isso é ruim?

- Quando você vai embora me deixando pra trás é.

A encarei, me sentindo o último dos homens e acrescentei de modo impensado.

- Por quê não vem comigo.

- Está me convidando pra morar com você nos Estados Unidos.

- Não! - Soei apressado e passei as mãos nos cabelos. - Quero que você vá passar um tempo lá comigo,como eu passei aqui com você. Vamos tentar um namoro de verdade. - Sorri pra ela e ela me abraçou.

- Eu não posso, John! - Um súbito alívio me invadiu, mas ela acrescentou. - Ao menos não ainda. Me dê mais umas semanas. Você vai na frente, preciso pedir férias, passo um mês com você e depois se eu gostar fico permanentemente e planejamos o resto.

- Claro, minha flor! - beijei sua testa e a abracei.

Três dias depois,estava decolando de volta para casa,ansioso e ao mesmo tempo cheio de esperanças. Ainda não sabia ao certo se Rejane viajaria mesmo ao meu encontro,e não sabia o que mais esperar de nós dois. Mas,já estava na hora de deixar de ser um lobo solitário!

***

Ellen

Estava em euforia ao receber um aviso por mensagem de que John, meu irmão estava voltando para mim, seu destino - Nova York. Quiz fazer uma surpresa para ele, seu que iria gostar depois de tanto tempo longe, estava com tantas saudades e queria-o pertinho de mim.

- Markus... nos leve ao aeroporto. - disse ao motorista assim que peguei o cestinho com Minnie e lhe entreguei aquele bendito carrinho de bebê que não conseguia fechar e muito menos abrir.

- Claro. - Ele fechou o carrinho com facilidade e saímos.

Já estava no portão de embarque quando vi que seu avião havia pousado, ansiosa me mantive o mais próximo do portão, Minnie dormia no carrinho e Makus estava ao meu lado para a nossa segurança.

Então finalmente o portão se abriu, duas mulheres saiu a sua frente e la estava ele, tão bonito. Abri os braços e gritei.

- Johnnnnnnnnnn... - E corri para seus braços. - meu irmão querido... que saudades. - Chorei de emoção ao revê-lo.

- Como você está linda, Ellen! - ele me apertou em seus braços e beijou meu rosto inúmeras vezes. - Mas, você está linda! - ele disse me afastando e me encarando. - A maternidade lhe fez muito bem.

- Você está dizendo isso só para me deixar feliz. - Agarrei em seu braço. - Vem conhecer sua sobrinha.

Peguei Minie no colo, ela era tão pequena, estendi para John segura-la.

- Essa é a Minnie... Sua afilhada. - Ele a pegou emocionado.

- Como é pequena e linda. - ele cheirou seus cabelos. - Ela se parece tanto com você, Ellen!

- Você acha? - Grudei em meu irmão. - Ela dorme demais... Eu já levei ela várias vezes ao pediatra para ver se ela não tem algum problema... não acorda a noite.. eu fico apavorada, não consigo dormir.

- Tenha calma, minha irmã! Talvez ela seja apenas um bebê muito calmo. O que o pediatra diz?

Que ela é uma dorminhoca! - Rimos. - mas não me sinto confiante... - Markus puxou o carrinho das malas de John e caminhamos para o estacionamento do aeroporto, fomos conversando e ele levando a minha pequena, antes de cruzar o portão do aeroporto, peguei a manta e lhe entreguei.

- No Brasil pode estar calor, mas aqui estamos no inverno.

- É tudo muito diferente!

- Me conte! - Ellen jogou meu casaco sobre meus ombros e saímos, tomando aquele ar gelado no rosto.

- Como eu já disse antes, as pessoas são bem amistosas e extrovertidas. Eu estranhei muito quando cheguei! O ar é mais quente, mesmo nos dias frios. E tudo é motivo para festa. - eu ri. - Mas, me conte e o padre?

- Para de chama-lo de padre. - Dei risada. - Ele está bem... Babando na filha. E agora a mãe dele cismou que Minnie tem que ser batizada o quanto antes. Então estou esperando Erin voltar de viagem e marcar o Batizado.

- E o Heights não ficou bravo porque a esposa dele vai subir comigo no altar da igreja?- eu ri- Não quero ter outro olho roxo!

  - A Erin não é a madrinha?  

- Não... Eu e Erin seremos as dindas de nossas filhas, isso é fato... Mas combinei com ela de chamar Jasmine, já que ela ama crianças e temos a certeza que será uma ótima madrinha.

- Você mal conhece a Jasmine! Deu a Minnie mouse para ela batizar? Me diga uma coisa,a sua sogra é muito beata?

- Sim... Porque?

- Fico imaginando como ela reagiria se soubesse que nossos pais eram ateus-a provoquei. - Acho que eu deveria contar,não é certo engana-la assim.

- Não ouse Sr. Advogado! - tentei soar como Jasmine dizia, mas acho que errei feio. - Esquece!!!

Paramos diante do carro, Markus abriu a porta para nós.

- entra, está muito feio aqui.

- Você falando como a Jasmine é engraçado! Sabe,estou com saudades dela.

- E eu desconfio que ela também esteja. - John ajeitou Minie no cestinho prendendo-a no cinto.

- Vão ficar lindos de padrinhos de Minnie.

- Espero que você não tenha mandados fazer roupas combinando.

- John... Eu não sou tão pó brega!

- Você é piegas, sim!

- Já fui! - dei de ombros. - Agora sou mãe, esposa...

- Agora você é mãe de uma personagem de desenho animado e esposa de um padre- John brincou e eu fiquei sério- Ei minha irmã,não se ofenda com as minhas piadas bobas. Eu estava com saudades de você,e louco pra pegar esse tesourinho no colo- ele cheirou os cabelos da minha filha.

- Eu também estava morrendo de saudades. - Segurei no braço de meu irmão apoiando a cabeça em seu ombro, meu anjinho dormia despreocupada em seu colo depois que John a tirou do cestinho.

REVENGE - FIXING YOU (completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora