Jess e sua determinação

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Jess

Eu tinha que ser forte, por mim e por Audrey. Praticamente não dormi, chorei a noite inteira e sabia que Jonathan também estaria sofrendo com a nossa distancia. Sei que fui dura com ele, sabia também que minha raiva iria passar e que num futuro próximo iríamos achar uma solução para nossas vidas, pois tudo estava muito recente e a confiança quebrada entre nós. Ver aquele homem saindo de casa com sua malinha surrada me deixou de coração partido, mas precisava deixa-lo ir. Aquilo era um castigo, por mais que dilacera-se meu coração, mas John precisada aprender a confiar em mim, me contar seus piores pesadelos e juntos achamos uma solução, caso contrário, iríamos ficar sempre nesta briga de vai e vem.

Foi uma noite longa e difícil, não ter o corpo forte de meu marido para me aconchegar nele me deixou em frangalhos.

John veio aqui no dia seguinte como o combinado, eu não falei com ele, preferi me trancar no escritório e fingir que estava trabalhando, logo foi embora.

Audy me encheu de perguntas e senti que ela tinha ficado muito triste com a nossa separação temporária, mas expliquei para ela que tinham questões que o tio John precisava aprender a lidar e reconhecer para que todos fossem felizes.

Ela não entendeu muito bem, mas sabia que o tempo lhe ensinaria do porque desta separação.

No dia seguinte, John me ligou dizendo que precisava ir a Nova York, Zack estava em Boston e os dois iriam juntos, voltaria no dia seguinte, ele foi formal, mas não deixou de dizer que me amava, eu fiz a mesma coisa, fui formal e confirmei o quanto o amava.

Depois do almoço, Audy foi descansar e eu fui terminar de por algumas mudas no jardim, o telefone passou a tocar insistentemente até que Arizona me trouxe o aparelho.

- Alô!

- Boa tarde, meu nome é Olga, sou da Maternidade Sta. Luiza... O Sr. Patrick se encontra?

- Ele está viajando, do que se trata?

A mulher suspirou longamente antes de dizer.

- Bem... A mãe do recém nascido abandonou o hospital poucos horas antes de receber alta e deixou a criança para trás, com um bilhete deixando este numero para que ligássemos e pedisse para o pai vir busca-lo.

Meu coração disparou, meu sangue fugiu e se eu já tinha raiva de Rejane, agora eu tinha em dobro, pois ela deixou o próprio filho para trás.

- Estou indo para aí... Vamos ver o que eu posso fazer.

- Muito bem... mas a criança só sai ou por liminar de tutela ou pelo registro do pai assim que ele estiver aqui.

- Tudo bem... Mesmo assim quero ver a criança e providenciar todos os documentos necessários para que meu marido possa ter a criança e registra-lo com calma, pois ele está trabalhando e fora da cidade.

- Tudo bem, Senhora! Aguardo sua chegada.

- Obrigada. - Desliguei o telefone entrando as pressas em casa.

Troquei de roupa rapidamente, peguei a chave do carro e avisei a Arizona para cuidar de Audy.

Fui no caminho pensando no porque Rejane fez isso com a pobre criança, ela não merecia ser esquecida assim.

No hospital procurei a Sra. Olga, descobri que ela era assistente social, paramos para conversar e ela me explicou a situação do bebê, ele estava liberado para ir para um abrigo, eu não poderia tira-lo do hospital.

- Então peço para que a senhora segure-o por mais um dia, eu consigo ainda hoje uma liminar para guarda provisária até meu marido chegar.

- A senhora sabia desta criança?

REVENGE - FIXING YOU (completo)Where stories live. Discover now