Jess descobre a verdade

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Jess

Assim que entramos, Jonathan foi para a cozinha e eu fui para o meu quarto com Audrey para tomar um banho. Jantamos e dormimos agarrados, o Domingo não foi diferente, eu e Audy continuamos a mexer no jardim, John nos ajudou com algumas mudas mais pesadas e o nosso jardim estava começando a ficar da forma que queríamos, eu e Audy.

A tarde fomos ao cinema, ao parque de diversões onde John comprou um urso do tamanho dela.

Foi interessante, praticamente fui o caminho inteiro olhando para ela dormindo e o ursão do lado dela.

Na segunda-feira, eu e John nos despedimos, segui para a loja, trabalhei a manhã inteira e resolvi fazer uma visita surpresa ao escritório, levar meu marido para almoçar, mas ao chegar, ele estava saindo de carro, e nem me viu parada para entrar no estacionamento.

Estranhei e o segui, o caminho não era estranho e vinte minutos depois, John parava o carro em frente ao seu antigo apartamento, entrou rapidamente, não ficou mais que dez minutos e saiu, passando as mãos nos cabelos parecendo nervoso.

Eu devia tê-lo seguido, mas não, curiosa e percebendo seu comportamento estranho a alguns dias, resolvi descer e ver o que estava de errado.

Por sorte, é um edifício que não tem porteiro, entrei sem dificuldades e subi para o terceiro andar.

Parei diante da porta e bati.

- Esqueceu o quê, John? - Ouvi uma voz feminina vinda do outro lado e logo a porta se abriu e uma mulata grávida se projetou a minha frente. - Ah, oi!

Apontei para ela. Eu me senti mal, enjoada e minha voz não queria sair.

- Quem é você?

- Você deve ser a Jasmine! - Ela ignorou minha pergunta. - Então, o John finalmente teve a coragem de falar sobre mim. Eu devo parir até o fim de semana.

- Coragem? - Dei um passo a frente, o topo da minha cabeça começou a ferver como uma panela de pressão. - Quem é você e o que é do meu marido!?

Ela me deu espaço.

- Entre, Jasmine! Acho que teremos uma longa conversa.

Entrei, reparei que o apartamento estava remodelado para alguém que iria ficar um bom tempo. Então a ficha caiu, John tinha uma amante. Me virei para ela.

- O bebê é dele?

- Sim! Claro que é dele. Eu sou a Rejane.

- Desde quando ele sabe?

- Sente-se, por favor! Quer um café?

- Não! - Eu queria gritar, sair correndo.

- Sabe! Quando o John deixou o Brasil, algum tempo depois eu descobri que estava grávida. Eu tentei uma dispensa do trabalho pra vir pra cá, mas Você pode imaginar. Eu também sou advogada. Trabalho dentro do Conselho tutelar e é difícil conseguir férias, ainda que seja um direito assegurado do trabalhador. Então eu só pude vir pra cá há três meses.

- Há três meses? Você tem certeza? - Minha voz além de rouca estava embargada, John estava mentindo para mim a três meses. - Sua atitude de vir para cá foi leviana...

- Leviana, por quê? John e eu planejávamos nos casar.

- Você é uma aproveitadora, acha mesmo que ele ficaria te esperando todo esse tempo? - Me levantei, as lágrimas desciam, estava revoltada. - Enquanto você dormia com ele... era a mim que ele pensava e me ligava, foi por mim que ele voltou correndo e nos casamos, então... você está sobrando, você e essa criança. - Meu coração estava acelerado, eu queria voar no pescoço dessa vadia.

- Eu não vim atrapalhar o seu casamento. Vim pelo meu filho! O John me fez promessas, mas eu já superei isso, só que um filho não se deixa para trás. Lamento que você tenha sido a última a saber. A Ellen está muito feliz com o sobrinho e até a Erin foi compreensiva com a situação. Você devia ser como a sua irmã.

- CALA A BOCA... CALA A BOCA SUA VADIA... - Minha garganta começou a doer. - Erin Nunca ficaria do seu lado... A minha irmã eu conheço e duvido que ela saiba da sua existência. - Me aproximei dela. - Você é uma aproveitadora, fez de propósito... Mas vou deixá-la bem informada. Jonathan Patrick é meu... - Mostrei a aliança. - vá para o inferno.

- Ei! Não precisa se exaltar! Eu só quis dizer que a sua irmã é mais centrada que você. E entendeu toda a situação.

Levei as mãos a cabeça, Erin nunca seria capaz de me trair desta forma, chorei desesperadamente na frente daquela mulher.

Eu precisava sair dali, abri a porta e saí correndo.

Entrei no carro as pressas chorando com a traição de todos, agarrei o volante com força e me esvai num choro compulsivo.

Liguei o carro e segui para a marina, me sentei num banco, liguei para casa para avisar que demoraria a chegar, para Arizona ficar com Audy até eu chegar. Desliguei e fiquei olhando as embarcações irem de um lado para o outro enquanto pensava no que iria fazer da vida. Meu futuro com John agora era inserto.

Três meses que essa mulher estava em Boston, John apresentou para todos, menos para mim. Como fui burra achando que ele nunca seria capaz de mentir para mim, me usar e enganar desta forma. Não esperava nem que minha irmã faria isso comigo, agora entendia porque ligava tanto para mim, não era para saber da minha saúde e melhora.

O entardecer caiu, era hora de voltar para casa, pegaria transito, mas estava decidida a ter uma boa conversa com John, e desta conversa eu decidiria sobre minha vida e a de Audrey.

REVENGE - FIXING YOU (completo)Where stories live. Discover now