53 | Noite juntos.

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Tem dias que você acorda e não quer ir contra o que a vida te impõe. Só aceita e pronto! Eu estava em um desses dias quando Connor segurou na minha mão e me arrastou para sua casa. A noite bela demais para ficar em casa sozinha, eu precisava estar com ele e não importava o lugar. Eu só queria estar com ele, entende?

Me sentia clichê.

Me vi como uma daquelas adolescentes que cai de amores pelo primeiro garoto ''bonitinho" que vê. Olhei para o lado, para o Connor, e sorri. Sorri porque me sentia bem com ele. Me senti da mesma forma que me sentia quando estava com Dexter, e sei que não há como comparar os dois levando em conta que eram diferentes mas, ambos me faziam bem na mesma proporção. Possuíam isso em comum.

— O que está olhando? — perguntou ao abrir à porta da casa. O lugar repleto de silêncio. Uma escuridão total.

Você. Não é óbvio?

Ele riu, me empurrando de leve para o lado.

— Eu sei disso! Mas por que está me olhando? — questionou, curioso.

Connor empurrou à porta e deu passagem para que eu entrasse primeiro.

— Gosto de te olhar. — confessei enquanto passava os olhos ao redor. Tudo continuava no mesmo lugar de sempre, intacto, como se ninguém vivesse ali. — Não se sente só aqui?

Ele deu de ombros, ascendeu às luzes, e fechou a porta.

— Gosto de estar só. É bom. — respondeu com calma. — Está com fome? É tarde e não vi você comendo nada enquanto estive lá na cafeteria.

Rolei os olhos.

— Pensei que estivesse ocupado demais olhando pra Hayla para reparar em mim. — retruquei.

— Pensou errado, garotinha. — Connor me puxou pela cintura. — Não consegui tirar os olhos de você a noite toda, e sei que você também não conseguiu.

— Não pense que isso é algo bom.

Trocamos um beijo rápido que rapidamente se tornou mais longo, quando demos por si, nos beijávamos como se precisássemos disso pra viver. Connor segurou minha cintura com mais força, mais intensidade, e cravei minhas unhas nas suas costas. Ele segurou meu cabelo de leve enquanto intensificava o beijo.

— Estamos indo rápido demais... — sussurrou com a respiração pesada.

— Não. Não pare. — pedi em um sopro.

Apesar da incerteza, eu queria. Seria minha primeira vez, então o medo que exibi em meus olhos o fez recuar. Connor esperou alguns segundos por uma outra resposta, ou um sinal que o fizesse desistir da ideia absurda de uma noite juntos. Mas eu queria ele. Precisava tê-lo.

Ele exibiu um sorriso nervoso.

— É sua primeira vez?

Desviei os olhos, envergonhada.

Droga, o que ele faria se soubesse a verdade?

Estaria mentindo se dissesse que entenderia se ele não quisesse continuar. Connor tocou meu queixo, me fazendo olhá-lo.

— Não precisa sentir vergonha. Todo mundo passa por isso. — disse, compreensivo.

— Isso é um problema pra você? — perguntei, receosa. Connor sorriu fracamente. Seus olhos brilharam.

— Está brincando? Porra, Ame... É bom saber que ninguém tocou em você. Mas não sei se deveria ser comigo. Tenho medo que possa fazer algo que te magoe.

Revirei os olhos e suspirei. Ele já tinha feito isso tantas vezes, com tantas garotas distintas que talvez comigo não fosse ser tão diferente.

— Não vai. — afirmei, mais alto que o normal. — Só não pare agora. Sei das possíveis consequências, estou ciente delas, e ainda assim eu quero.

Como Não Te Amar? (REPOSTANDO)Where stories live. Discover now