Prólogo

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E embora vocês já saibam eu devo avisar que:
Não, eu não possuo esses personagens, eles pertencem a J.K. Rowling, e isso é ótimo, pois se Harry Potter pertencesse a mim ninguém com menos de dezoito poderia ler. :x

Enjoy.
Ps. Betado por @smjkbien. Muito obrigada.


O homem caminhava em círculos pelo escritório, tão aparentemente distraído que quase se podia pensar que estava sozinho, parava, alisava a barba e prosseguia com a caminhada.
- Albus. – Chamou a outra ocupante do ambiente, cansada de observá-lo quietamente – Isso me parece mais do que precipitado, me parece perigoso... Este homem não está apto para estar perto de crianças...por Merlin, ele sequer está em condições de estar perto de pessoas... Ele vê ameaças em cada sombra.
- E é exatamente por isso que quero chama-lo. – Argumentou Dumbledore, sorrindo docemente para Minerva – Não tenho dúvidas de que Sirius Black invadiu o castelo durante às aulas, e tenho quase certeza de que foi ele que atacou o jovem Weasley no dia do jogo. Harry teve sorte naquele dia, não podemos contar com ela outra vez.
- Mas ele?! Tenho certeza de que existem outras opções... Kingsley talvez...
- Ele está ocupado, buscando provas do retorno de Voldemort! – Disse o homem incisivo – E não existe nenhum auror em quem eu confie mais do que Alastor.
- Bom, você já parece ter decidido. – Disse a professora entortando a boca com desgosto – Espero que saiba o que está fazendo.
Minutos depois o homem se encontrava sozinho, caminhou até sua mesa e se sentou, encarando profundamente seus artefatos brilhantes.
Ele estava preocupado. Mais preocupado do que tinha estado em muito tempo, até o ano anterior ele acreditava ter Harry Potter perfeitamente em suas mãos, uma arma habilidosa e descartável, um rapaz previsível e extremamente ansioso por aceitação, mas para seu desespero, não foi esse o rapaz que encontrou na enfermaria no fim do ano letivo. O rapaz agora não desviava seus olhos quando encarado e ainda assim ele não podia ler o que se passava em sua mente, sua magia parecia perfeitamente estável, muito mais estável do que a magia de qualquer adolescente deveria ser, ele tinha se tornado um aluno brilhante e mesmo seu físico, antes subnutrido tinha se tornado saudável.
- O que aconteceu com você?! – Se perguntou Dumbledore.
Ele tinha tomado precauções, enviou Harry aos parentes, acreditando que eles quebrariam seu espírito rebelde enquanto crescia, não poderia ter um rapaz tão poderoso se comportando como James Potter. E tudo parecia estar correndo perfeitamente como o planejado, embora o garoto ainda se mostrasse um sobrevivente nato, para seu desgosto.
Ele se levantou outra vez, caminhando até sua penseira e emergindo em suas lembranças com o rapaz, tentando localizar o exato momento em que algo tinha mudado, mas não poderia encontrar... Quando Ginny Weasley morreu o rapaz tornou-se mais introvertido, e isso não era surpreendente, o afastamento dos familiares da menina também era esperado. O diretor não conseguia ver em que momento o frágil Harry Potter que ele moldou tinha se perdido.
- Albus?! – Ele ouviu uma voz mal-humorada e grossa vindo de sua lareira.
- Alastor. – Respondeu ele, focando sua atenção em seu remetente.
- Não encontro nenhum sinal de Black, e há apenas mais duas propriedades para visitar...
- Continue procurando... Se Black chegar até Harry... Teremos problemas...
- O menino já sabe quem Black é?! O perigo que ele representa?
- Não achei uma boa ideia dizer a ele... Harry ainda é um menino, deixe-o acreditar que o mundo não é tão horrível por mais algum tempo...
- Você tem o coração muito mole. – Reclamou o homem – Desse jeito o garoto acabará morto.
Como se fosse fácil mata-lo. Pensou o diretor, mas disse ao ex-auror algo divertido enquanto dava um sorriso acolhedor, eles se despediram e Alastor partiu para continuar com sua busca.
Dumbledore olhou o vazio, pensando que não poderia arriscar que Sirius encontrasse Harry Potter, no momento em que o menino percebesse todo o poder que tinha, todos estariam perdidos. Ele massageou as têmporas, em sua mente correndo o mesmo pensamento que o corroía desde o momento em que a maldita profecia foi proferida: Preciso destruir o menino.

Harry Potter e o Mentor das TrevasWhere stories live. Discover now